°• capitulo 97 •°

7 1 0
                                    

Poucos sentem, porém apuh sentiu, o sentimento de realmente amar uma mulher, compreendê-la, conhecê-la profundamente por dentro, ouvir cada pensamento, ver cada sonho, dar-lhe asas quando ela quiser voar, então quando ele se achar repousando, desamparado nos braços dela, realmente, ele descobriu, a ama, a adora, ayu é seu ídolo, e nada vai mudar isso, mesmo que ela tenha mentido até seu nome, ou seu rg, seu amor não vai mudar, ou talvez... não.

Mas o que importa? Ela realmente é desejada por apuh, ela é a única, dona de seus pensamentos. Apuh acorda pensando em ayu, e dorme pensando nela, se um dia ela partisse, o ruivo se encontraria perdido.

Ayu precisa de alguém para dizer-lhe que vai durar para sempre, mesmo que não vá. Ela precisa dele, e ele precisa dela. As metades de uma laranja. Eles são como dois irmão, amantes. Duas forças que se atraem, os opostos. É um sonho lindo de viver, pena que nada é eterno.

Ayu o segura, e apuh não se importa, ele não tem pra onde correr, está preso sobre seus braços. Ela precisa ser tocada, ela ama seus toques, e apuh precisa deles. Além de ama-la, precisa saboreá-la. Senti-la em seu sangue, e ver seus filhos não nascidos sobre seus belos olhos...um sonho dos dois, um amor que irá crescer, um paraíso, que jamais pode ter fim, pois se tiver, eles morreriam.

_________________

A cidade intumescia silenciosamente sob o sol escaldante, apodrecendo como as milhares pessoas que pediam piedade para o álcool sobre seus corpos. Ah, essa cidade estava corrompida, diariamente bares e boates eram abertas, e não havia um único dia onde não estivessem lotadas de pessoas. Um vento frio e opressivo soprou do sudeste, carregando consigo o fedor putrefeito da decadência, o cheiro de álcool era como amargura.

Os rebeldes riam e corriam como ratos diante das legiões. Eram quase como assassinatos, era terrível. A cidade se decaía a cada minuto, estavam todos em chamas, assim como topcity, porém, ninguém queria poder, eles só queriam esbanjar da liberdade, poder e fazer tudo o que quiser. Todos queriam uma única coisa: sexo, álcool, e mais sexo.

Apuh vagava sobre a cidade, vendo as prostitutas saindo das casas dos homens rebeldes e insensíveis que haviam destruído com tais corpos amadores, as jovens não se importavam, o que lhes era presenteado era uma grande quantia de valor que guardavam em suas bolsas caras.

Era uma manhã do dia 24/12. O ruivo estava a passear sobre sua maravilhosa cidade, ou melhor, péssima. Era véspera de natal, e apuh só via coisas repugnantes sobre a vila várzea, diferente de topcity, que estava perfeita. Que injusto! Por que apuh tinha de morar naquela cidade? Ele poderia se mudar, porém e seus amigos? O detestariam!

Apuh estava a dias em topcity, quase que de bagagem para morar lá, o ruivo não aguentava mais aquela podridão. Além de que sua amante morava naquela bela cidade.

Ayu combinava com topcity. A cidade era linda, e a loira também, era um lindo local, com bastante plantações e bem florido, além de que haviam diversos moradores simpáticos.

Do que adiantava ser o melhor da cidade, mas a sua tal cidade, ser horrível? Apuh não sentia nenhuma satisfação, estava anojado daqueles moradores, amigos, vizinhos, e até mesmo, de sua casa. Era tudo tão vazio, sem compaixão ou empatia, ficar ao lado de ayu era bem melhor.

-apuh, você tem um minuto pra falar comigo? Pedrux pede docemente para o garoto que estava sentado sobre um banco na praça principal de vila várzea. -bom dia, primeiramente. Disse áspero. -bom dia. Sorriu dando uma leve corada. -posso, posso. Fitou o moreno, vendo seus olhos sombrios e gelados. Pedrux tentava esconder todo o seu tédio com aquele sorriso fajuto, insensível! -eu preferia não discutir sobre isso aqui. Disse timidamente.

-ah, tá. Se levantou, empinando o nariz, mostrando autoridade. Pedrux por outro lado, mostrava inocência, gentileza, mostrava a vontade de mudar a situação dos dois, entretanto tudo passava de uma grande manipulação, por trás daquele jaleco fofo, mostrava um cara insensível, imbecil, pacóvio, maquiavélico, irritante, sem bom senso, torpe, infame, indecoroso, asqueroso, sinônimos de cólera, imoral...entre tantos outros defeitos que poderiam ser ditos.

-onde você quer ir? Disse secamente. -pode ser naquela doceria mesmo, eu só não queria falar em um lugar muito amplo, sabe? Gesticulava com as mãos. -tanto faz. Os dois foram até a doceria, se sentando em uma mesa a dois. -o que você quer falar? O ruivo disse cruzando os braços. -ayu...eu vim aqui para falar sobre ela. Mudou rapidamente seu humor, ficando totalmente sério.

-ah sabia, nada de bom vem de você. Tentou ofender pedrux, falhou. -você sabe quem é ela, certo? Apuh assentiu com a cabeça. -errado! Bateu a mão sobre a mesa, assustando apuh. Inclinou-se ao sentir os olhares julgadores. -a ayu...que garota danadinha, sei que fez atividade sexual com ela. Apuh arregalou os olhos. -eu falei para não se envolve com ela! Eu falei! Apuh assentiu com a cabeça, mostrando interesse.

-apuh, você tem noção do que fez? Pousou sua mão sobre a testa. -eu não sei...na real, sei lá, eu gosto dela. Pedrux revirou os olhos. -ela tá noiva de um cara. Apuh encurtou seus lábios. -sim, eu sei, mas ele morreu. O moreno negou com a cabeça. -não, ele não morreu. Ai apuh, você é muito besta. O ruivo se sentiu ofendido ao ouvir aquilo.

-você sabe que há dois pedrux, sabe né? Apuh assentiu com a cabeça. -assim como há dois pedrux, também há dois brunim, dois apuh, dois eokor, entre diversos outros. O noivo da ayu, era você. Apuh se encolheu sobre a cadeira. -não, eu sou eu, impossível. Pedrux soltou uma risada zombeteira.

-é muito possível, pensa no seguinte. Digamos, e o lg te deu essa sua camiseta, porém ele morreu, e você perdeu ela. O que faria? Iria comprar uma igual, e diria ser a de lg, próprio se enganando, correto? Apuh assentou com a cabeça. -é o que ela fez, achou uma outra camiseta igual, você e o outro apuh, é a mesma coisa. Encurvou os lábios sentindo-se anojado. -mas não tem problema, ela pode me amar melhor, ou não? Pedrux suspirou.

-não, você sempre será o segundo, pobre apuh... Você não sabe de nada da ayu, ela é uma criminosa... Apuh o interrompeu. -eu sei! Pedrux encurtou seus olhos irritado. -ela falsificou netherite, quase matou o dlet, entre diversas coisas que esta mulher fez. Para de ser hipócrita apuh, te liga, ela não te amava. Você é só uma peça de seu jogo! Se ela quisesse amar mais alguém, seria o forever, somente. Pousou sua mão sobre a mesa. -como acreditaria em você? Pedrux bufou. -eu não vou te provar nada, acredite, ou as consequências irão chegar. Apuh, eu te avisei diversas vocês, se não queres acreditar, ok, mas não diga que não te avisei. Lhe avisei e muito. Apuh virou seu rosto.

-mas... Pedrux o interrompeu. -sem mas! Continue se iludindo, e um dia seu noivo vai voltar, e você verá a merda que irá acontecer. Se levantou. -ele tá vindo apuh, ele tá vindo, e sabe quem vai o achar? Eu, hoje mesmo eu vou voltar a topcity para o procurar. Apuh arregalou os olhos. -não faz isso. Pedrux revirou os olhos. -ele é meu irmão, ayu é minha cunhada, nunca gostei dela, mas infelizmente, eu tenho um parentesco com ela, querendo ou não. Apuh assentiu com a cabeça. -o que eu poderia fazer? Pedrux o fitou. -foge, e nunca mais apareça nessa cidade, fuja para as montanhas, lute como um leão, mas nunca mais veja a ayu. Eu tolero isso a muito tempo, mas vocês não são mais adolescentes. Apuh engoliu em seco.

-mas e se eu não conseguir? A minha alma anseia por ela. Pedrux riu. -sua alma pode ansear profundamente, não morrerá, mas se quiser, a porta do inferno está aberta. Deu um passo a frente. -eu preferiria um sacrifício. Disse baixinho no ouvido de apuh, se retirando. Merda, ele tinha um natal para passar com ayu, e sem seguida? O que faria? Fugir não era uma opção, não agora, ele havia gastado todos os seus votos, choros, amarguras, dores, verdades e amores em ayu, o que faria agora?

topcraft shipps (2.0)Onde histórias criam vida. Descubra agora