°• capitulo 120 •°

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Apuh estava irritado, cansado, ele queria que ayu sumisse. Talvez ele devesse deixar de tentar se convencer de que um relacionamento com ela daria certo, a verdade era que ele jamais a aturou, mas enquanto sua brasa estava acesa, ele tentou, de fato se esforçou muito, mas ayu era egoísta, não via o que ele fazia, era ingrata, ela sempre queria mais. 

Apuh devia admitir, o grande problema era que a beleza não suportava todas as áreas, não adiantava ter seu corpo, usufrui-la de um pouco a outro, se o que ele precisa é de companhia, pra que se esforçar tanto para obter uma prostituta? É em vão! 

Ele se padeceu da sociedade sentenciosa irracionalmente para chegar a conclusão de que não era o suficiente. O que adiantava a tê-la, humilhar-se diante dela, para ser tratado como um animal perante seu dono, prestes a ser decapitado por seus atos inadequados perante uma sociedade que se diz vaidosa, ao contrário do que é dito, eles fazem das maiores irracionalidades pelo seu ego inflado, orgulho tomado, prazer próprio sem ao menos o gosto do próximo. 

O mundo só queria seu próprio amor, assim como ayu, todos farinha do mesmo saco, dispostos a uma única coisa: seu próprio prazer. 

Como apuh aguentaria toda essa pressão? Ele não podia amar, as consequências eram as mesmas:

Não concorda com nossas leis, então fique ereto que avaliaremos seu potencial. 

Quanto melhor fora seu corpo, mais prazer sentirão, o dinheiro caindo na conta da presa, a sociedade é uma droga, e parecia que ayu era também. 

Meu Deus, era tão difícil achar alguém com seus mesmos escrúpulos? Ele só queria sumir de todos, esquecer de toda aquela sociedade, não se encontrar mais pensando em ayu ou estando em sua cama, ele precisava fugir daquele ciclo, ele não iria se acostumar, jamais. 

Ayu jamais o preencherá, ele precisava se encontrar, ele não sentia mais amor por ela, era um ciclo viciante, ele precisava fugir, ela era problemática! O tempo todo falando sobre o quanto o corpo do ruivo era lindo, o quanto ela precisava de seu corpo, mas o resto? Tudo que ele fazia, era sempre em vão, apuh havia lhe mostrado um bem muito precioso a si, suas tardes eram depositadas naquele lugar, e ela mal ligou, os dois estavam perdidos e ayu ria, como se sua decepção fosse a felicidade de ayu. 

O som da água batia sobre as rochas, a frente dos dois estava o seu bem mais precioso, uma capela, onde os sentimentos mais preciosos de apuh haviam sido depositados ali, noites em claro ali, amarguras dadas para o local, tudo depositado para sua própria frustação. 

Ayu observou o local, as pinturas obscenas sobre as grossas paredes externas daquele local, era assustador. -era isso que queria me mostrar? Apuh ignorou seu desprezo. -bonito né? Fitou a loira, ayu sorriu negando com a cabeça. -eles estão transando na nossa frente. Seu sorriso desapareceu ao ver o rosto sério de apuh, ele havia achado bem desnecessário o comentário. 

Tudo em vão, tudo havia sido em vão. 

Ayu mal se importou com aquele local, eles eram muito diferentes, ele não a queria mais, mas é como dizem: Quem põe a mão no arado, não pode olhar para trás

Como desfazer toda a sua história? Como voltar ao tempo? Ele precisava agora mesmo, ele padeceu por muito tempo, precisava se encerrar. 

-transar não é um pecado. Virou o rosto, se retirando e direcionando-se ao santuário. Ayu arregalou os olhos, o seguindo. Apuh pousou suas mãos sobre as portas de madeira de carvalho revestidas com camadas grossas de ouro puro, empurrou as portas pesadas do templo, entrando no local, ayu o seguiu, entrando junto de seu namorado. 

Ela viajou com seus olhos sobre o recinto, era enorme, as paredes eram revestidas com lindos desenhos obscenos, representando diversos homens e mulheres, nus, com partes de seus corpos cobridos e alguns revestidos de finos panos de cetim. 

topcraft shipps (2.0)Onde histórias criam vida. Descubra agora