°• capitulo 105 •°

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Lg havia feito uma proposta a nogal para a véspera de natal.

A noite, os dois teriam a ceia junto dos irmandaders que haviam sobrado, já que maioria estava com seus respectivos namorados e amores.

Os distinto casal estava sobre o carro em uma certa viagem.

O motivo nogal não sabia, era uma surpresa, mas o que era? Ela e ninguém jamais sabia, somente lg...

A música tocava sobre o rádio, a melodia ecoava sobre seus ouvidos. Ela observava a paisagem a fora, fazia bom tempo que ela já não via mais topcity ou vila várzea. Era impressionante, como o ser humano destruía a natureza naquele ponto? Ah, a vida talvez seria bem mais bela sem a presença de pessoas tão repugnantes.

Mas não bastava falar, não bastava expôr o erro, se não fazemos nada para arrumar. O acaso plantamos árvores? Ou deixamos de comprar e vender produtos que estragam o meio ambiente? Não! E somos hipócritas em pensar que com falas somos seres humanos melhores, por "se importar" com a natureza.

Nogal estava encostada sobre a porta do carro, com a janela aberta, sentindo o vento batendo sobre seus cabelos negros com as pontas pintadas de roxo.

Ela fitou lg e foi respondida com um sorriso carinhoso. A mão do garoto pousou sobre sua perna, a morena colocou a sua sobre a de lg.

-você vai me contar pra onde está me levando? Ele negou com a cabeça e voltou seus olhos a estrada.

Nogal voltou seus olhos a paisagem. A natureza intumescia silenciosamente, o sol aquecia-a daquele frio rigoroso vindo das montanhas, um vento frio e opressivo soprou do sudeste, carregando consigo a amargura e a pressão da sociedade. A menina via as diversas árvores aos seus arredores, todas araucárias ou pinheiros.

O carro finalmente para, nogal levanta a cabeça confusa. -chegamos? A garota arregalou os olhos. -sim. Sorriu e tirou a chave da ignição. Ele abriu a porta do automóvel e saiu, fechou-a e abriu a do lado de nogal. A garota pegou sua bolsa e se levantou. O moreno fechou a porta e trancou o carro, colocou a chave no bolso e a fitou. -onde estamos? Observou o vasto campo florido.

-atrás de topcity. Nogal virou seu corpo tentando achar a cidade, mas era óbvio que a tal estava muito longe. -ah, por isso demorou. Lg sorriu e assentiu com a cabeça. -sabe o que vamos fazer hoje? A morena negou com a cabeça. -não sei. Disse curiosa, ela analisou o campo florido, coberto de flores das diversas espécies, selvagens e semeadas, com diversas cores e estilos.

Várias como papoulas, margaridas, girassóis, lavandas, azaléia, botão-de-ouro, calêndula, cravo, rabo-de-gato, hibisco, gérbera, entre tantas outras, era um campo realmente bem florido.

-você vai ver. Segurou na mão da garota, e em passos longos porém devagares ele a levou até uma toalha xadrez exposta sobre o chão, velas, luzes de natal amarelas, dando um ar romântico, flores ao redor de toda a sua extensão, e alguns lanches e petiscos para comerem a luz do maravilhoso sol.

Nogal sorri deslumbrada. -ai meu deus, lg, é pra mim? O garoto assentiu com a cabeça. -é uma lembrancinha, como a palavra diz, lembrança, pra se lembrar desse natal. Analisou os olhos da garota que se mantinha deslumbrada com tanta luxúria.

Seu rosto tão meigo, parecia ser tão inocente, porém ninguém era, todos eram maus, inclusive ele mesmo, a perversão está em todos os olhos, sejais eles mais novos ou mais velhos, o pecado está no coração de todos, inclusive dos bebês, e ao momento que os diferenciamos, e seguimos no caminho errado, não somos mais inocentes.

-eu achei o lugar lindo. Observava as diferentes flores sobre o gramado. -eh, senta. Referiu-se ao piquenique, sentou-se sobre a toalha, nogal fez o mesmo se sentando ao lado do moreno.

Lg se manteve em silencio, seus pensamentos afobados tomando parte de seu corpo, alma e mente. -sabe aquela música do alecrim?  Nogal o fitou e franziu  sobrancelha. -da galinha pintadinha? Lg balançou a cabeça positivamente. -isso. afirmou. -alecrim, alecrim dourado, que nasceu do campo sem ser semeado. Cantou um trecho da música. -...foi meu amor, que me disse assim, que a flor do campo é o alecrim. Completou a melodia do moreno.

-a flor do campo é o alecrim... Lg repetiu a frase a analisando. -é romântico. Nogal arqueou um sorriso. -não é não. Afirmou. -foi meu amor- apontou para nogal -que me disse assim, que  a flor do campo é o alecrim. 

Nogal pousou sua mão sobre a de lg, abaixando-a. -não muito. Comentou. -claro que sim, o meu amor é você. Sorriu. -pode ser- revirou os olhos -mas acho que se essa rua fosse minha é bem mais romântico. Lg balançou a cabeça negativamente exageradamente. -essa musica me dá medo. Não mentiu, realmente, essa musica trazia medo a qualquer um, bastava prestar atenção na letra e no estilo musical, além das diversas vezes que a musica repetia palavras como uma manipulação aos mais jovens. 

...Nessa rua, nessa rua tem um bosque, que se chama, que se chama solidão...

Além das diversas partes onde o desconhecido vinha a aparecer, seja por meio de uma mensagem subliminar, ou até com as palavras presentes

...Que se chama, que se chama solidão...

Talvez a intenção dos criadores não fosse essa, mas a ideia de um bosque solitário onde um anjo ronda o local e roubou o coração da pobre protagonista, e agora ele a quer bem? Eh, cantiga de criança não tem nada, não basta ter inteligência, tem de ver o mal nas coisas pequenas, como uma cantiga infantil.

 -eu gosto. Cantou a melodia da música. -para, cantigas são assustadoras. Pousou as mão sobre os ouvidos. -então eu tenho agora uma bem romântica- limpou a garganta- pirulito que bate, bate. pirulito que já bateu, quem gosta de mim é ela- encostou seu dedo no peitoral de lg. Ele retirou as mão dos ouvidos. -quem gosta dela sou eu. As bochechas de lg criam uma tonalidade avermelhada. -não nego, quem gosta dela sou eu. retirou a mão da garota. -então vamos cantar atirei o pau no gato. Ignorou o olhar sedutor de lg, talvez fosse só coisas da morena, ele nunca fazia esse sorriso sexy.

 -não! não se pode tirar o pau do gato, coitado. Virou nogal sobre gargalhadas e deu um sorriso confuso. -atirei, não tirei, atirei. Lg riu. -ata, que susto. Pousou sua mão sobre o peito esquerdo. -mas igual. não podemos atirar o pau no gato. A advertiu. -ih, essa musica ainda não tem. Lg assentiu com a cabeça. -sim! tem sim! eu só não sei cantar. Nogal deu um sorriso meigo. -lg e suas atrapalhadisses. Se inclinou, pousou sua mão sobre o rosto de lg e selou seus lábios aos de lg em um selinho. 

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