°• capitulo 119 •°

10 1 0
                                    

Ayu virou seu rosto, tentando esconder sua vontade de chorar, gritar, discutir, sorrir, beijar... Ela não conseguia o ver, sem lembrar de tudo em que os dois haviam passados juntos, foi tão rápido, e agora parecia que tudo iria acabar, era tão estranho, parecia como se ela estivesse perdida nesses mesmos dias, e que jamais haveria um melhor, a brasa do amor havia se encerrado definitivamente, e não havia nada que a pudesse reacender. 

-bem, vamos logo para a minha casa. Virou o rosto. -não. Ayu franziu o cenho. -foi você que disse que queria. Apuh deu de ombros. -o que eu vou fazer lá? Ayu mal se importava com isso, ela somente queria se afogar em lágrimas e mágoas, ela só queria ir, deixá-lo, o esquecer somente, sua culpa estava estampada sobre o rosto, seus cabelos mostravam vergonha, suas vestes mostravam a apuh o que ela queria: seu corpo, seu dinheiro e nada mais. 

-eu não quero seu corpo, tola, quero te mostrar algo. Retirou delicadamente um fio de cabelo do rosto da loira. Ela se manteve em estátua, mesmo depois de todo o transtorno causado por uma sequência de falsos testemunhos ele ainda parecia atraente, seu charme era irrecusável, ela o queria, mas não sabia como o ter de volta. 

-o quê? Ah aquele seu jeito misterioso a mataria. -calma baby, você vai ver. Aquele apelido tão intimidador havia a feito tão bem, ela precisava ouvir mais. -pera...fala isso de novo. Apuh franziu o cenho. -calma, você vai ver. Ayu roçou os dentes irritada. -você disse baby, que merda é essa? Apuh arregalou os olhos. -ta, desculpa. Ayu revirou os olhos, ela esperava constantemente para que ele implicasse e falasse novamente, mas nada foi dito, ele se calou, somente. 

-não peça desculpas. Sorriu gentilmente. -eu ein, maluca. Sorriu de canto, sarcástico. -não enche que eu jogo isso na sua cara igual fiz com o danrique. Levantou o copo com milk shake. -não precisa, to de boa. Ayu riu revirando os olhos. -bobo! Chocou sua mão sobre o peitoral do ruivo, dando um soco grotesco, apuh estremeceu rindo, tomou de sua bebida.

-posso te mostrar um lugar? Perguntou após tomar de sua bebida. Ayu sorriu curiosa, assentando com a cabeça. -onde é? Apuh inclinou rapidamente a cabeça, fazendo ayu entender que ele não iria dizer apenas uma palavra. -vamos andar muito? Apuh a ignorou, jogou os dois milk shakes no lixo e a fitou. -eu tava tomando ainda! O advertiu. -foda-se. Deu de ombros, e começou a andar em passos rápidos, ayu arregalou os olhos o seguindo rapidamente, ela andava assim como um cão atrás do dono, apuh parou de frente a um rio, ayu franziu o cenho, o seguindo e parando ao lado. 

-era isso que você ia me mostrar? Apuh negou com a cabeça. -não? então onde... Apuh a interrompeu, virando-se rapidamente e colocando sua mão sobre a boca de ayu. -fecha um pouquinho a boca? eu não aguento mais você! Ayu se manteve parada em completo silêncio, ela queria gritar com ele, zombar, o machucar, ser arrogante, retirar-se, mas foi leal ao pedido e calou-se. 

Ayu fitou o rosto de apuh, ela via seu semblante triste, sem nenhum se quer motivo disso, não era remorso, culpa, insatisfação...era o vazio, seu coração estava oco, naquele momento, talez ele estivesse a beira da morte, na ponta de um precipício, que o levava para o meio do rio, era poderia e deveria partir naquele momento, mas suspirou e analisou. 

-só me acompanha. Ergueu sua mão para a garota, ayu pousou sua mão fria sobre a mão quente e suada de apuh, ele parecia bem nervoso. O garoto a levou até umas rochas gigantescas. 

Ayu arregalou os olhos, pressionando um lábio sobre o outro, ela estava a muito metros do rio, qualquer movimento brusco, e a loira estava esmagada pelas pedras e a correnteza forte.

Isso a fazia duvidar de apuh, e se ele a empurrasse? Ele poderia, o ruivo não estava normal como sempre era, ela queria pedir para voltar ao vê-lo descendo uma das pedras de tamanhos enormes. Ayu gemeu baixo, fechando os olhos, o medo a dominando. Apuh estendeu novamente sua mão. -segura. Lhe ordenou impaciente. 

Ayu abriu os olhos e colocou sua mão sobre a do ruivo. Ah como apuh segurou a vontade de rir ao sentir a mão trêmula de ayu, porém se manteve sério. 

Ayu gemeu baixo ao sentir sua mão ser apertada pela de apuh, o ruivo a empurra, instigando para que pulasse. -pula. Sorriu falsamente, tentando trazer conforto a moça. Ayu pulou, quase escorregando pela superfície plana, Apuh soltou a mão da garota, andando sobre as diversas pedras até chegar em uma espécie de caverna alojada por debaixo das camadas grossas de barro e rochas. 

-posso falar? Perguntou agoniada. -vai tagarela. Revirou os olhos. -calma, eu só ia pergurtar se estávamos chegando. Apuh a fitou parando de andar. -sim ayu, estamos, dá para ter um pouquinho mais de paciência? Ayu assentiu com a cabeça, arqueou um sorriso tímido, sendo ignorada por ayu, que dá as costas, voltando a andar. 

-você tá bravo? Apuh suspirou em completa irritação, não era difícil ficar quieto, por que ela não conseguia? Que garota insuportável! -posso comentar sobre uma coisa? O ruivo assentou com a cabeça, parou de andar, tentando lembrar em qual direção devia ir, viajou com seus olhos sobre toda a extensão daquele local escuro e vazio, o barulho de gotas caindo expandindo seus ouvidos. 

-você tava muito bonito sendo todo valente. Apuh riu incrédulo. Os dois estavam claramente perdidos e ayu estava se importando com o quanto sexy ele havia ficado em uma posição de cabeça, impressionante! -eu ainda vou tocar no seu radinho, só me dá um tempo a mais. Ayu riu corando. -o que isso significa? Apuh suspirou irritado. -você vai entender se calar a merda dessa sua língua que não para dentro da boca, guarda sua saliva na volta, vai precisar. Ayu sorriu. -claro, posso te beijar? Apuh a fitou em reprovação. -o que eu disse? depois! você não entende o que aconteceu? você falou tanto, que me fez errar a localização, vamos morrer aqui ou comer piolhos se você não se manter calada! Ayu balançou a cabeça positivamente, pressionando um lábio sobre o outro. 

 Os dois continuaram em passos lentos vagando sobre a caverna. o barulho da água aumentando, apuh sorriu ao ver o que lhes esperava. 

Finalmente, ele havia achado.......

topcraft shipps (2.0)Onde histórias criam vida. Descubra agora