°• capítulo 90 •°

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-qual que vai ser o nome dele? Brunim perguntou, novamente. Forever o observava, enquanto o loiro brincava com o felino. -porra brunim, eu não sei! Forever se sentou ao lado do garoto. -gato maquiavélico. Ele riu. -tadinho! Você nem sabe o que isso significa. Brunim revira os olhos. -claro que eu sei, significa alguém sem escrúpulo. Forever franzi o cenho. -escrúpulo. Repetiu intrigado. -escrúpulo, não sabe o que é também? Forever o fitou. -vocabulário de carioca não é dos melhores. Brunim o fitou.

Ah, isso era tão perfeito, sem palavras, brunim conseguia o mostrar com apenas um sorriso, que não somente o amava, mas estava terrivelmente apaixonado. Um diálogo tão honesto, porém sem nenhuma oração, somente fitadas.

-ta, então esquece. O felino se sentou, em frente aos seus donos. -não, me fala, o que é escrúpulo? Brunim observou o felino. -ele parece uma nuvem. Forever riu. -que tal algodão? Brunim franzi o cenho. -tem que ser algo que combine mais com a gente. Forever contrai os lábios pensativo. -ué, o que combina com a gente? Whisky? Brunim riu. -não, outra coisa. Forever fica por longos minutos pensando. -ah meu, tem não, cerveja, álcool, amor, sei lá, eu sou loiro, quer colocar de loirinho? Brunim nega com a cabeça. -algodão é legal. Acariciou o animal.

-ele tem cara de Gasparzinho. Brincou. -algodão, perfeito. Pegou o animal, o colocando sobre seu colo. -ta, tanto faz. Se levantou. -ele te odeia, viu. Acariciou o felino. -algodão. Repetiu, pensando se realmente combinava. -vamos montar a árvore e os enfeites? Brunim assenta com a cabeça. O maior segura o gato, o jogando de forma brusca sobre o sofá. -coitado! Brunim se levantou, indo rapidamente até o animal. -ele tá bem. Revirou os olhos.

-ele é frágil! Você me jogaria no sofá assim? Forever nega com a cabeça. -então! Ele é um filhote! Acariciou novamente o felino. -não vai mais montar? Brunim cruza os braços irritado. -pede desculpa. Apontou para o gatinho. O animal abre a boca, em meio a o sono que sentia. -desculpa. Disse rapidamente, revirando os olhos. -o que ele te fez?

Roubou meu namorado. Pensou irritado. -nada. Virou seu rosto. -então não enche. Pegou as sacolas sobre a mesa. -cade a árvore? Forever apontou para uma caixa ao lado da mesa. -você não tá com ciúmes de um gato, ou está? Forever nem ao menos o olha, somente pega a caixa, a abrindo e olhando o manual de instruções. -vai me responder? Forever o fita. -tô, tô com bastante. Disse rapidamente. -ah meu Deus. Brunim sorriu, indo até forever e o abraçando. -é só um gato. Forever vira o rosto. -olha como você olha pra ele, esse gato é um Deus pra você. Brunim riu.

-nada a ver, eu só acho ele fofo. Forever encurta os lábios. -olha como vocês se olham, parecem que são amantes. Brunim ri. -ele é um gato! eu não vou beijar um gato! O abraçou, colocando sua cabeça sobre o peito de forever. -tô me arrependo amargamente desse seu presente. Brunim sorriu. -tadinho, ele não te faz nada. Forever se afastou do garoto. -ta, ele até que é fofo. Disse ao ver o gatinho brincando com sua camiseta jogada ao chão. -pera, essa é a camiseta que eu tava tentando achar desde hoje mais cedo. Brunim riu. -bobo, você jogou no chão. Realmente,  ele havia jogado no chão na noite passada, porém tinha motivos, não queria perder a excitação por causa de uma simples veste, e talvez estivesse certo, ou não.

Forever foi até o gato, se agachando. -você não tava com sono? Confrontou o animal. -ele não fala forever. O loiro riu. -eh verdade, olha aqui seu gato maquiavélico, te cuida viu, ele é meu, e nem pensa de estragar minhas camisetas. Sussurrou pegando a camisa do felino, o fazendo cair sobre o chão. -que idiota, não sabe nem cair de pé. Disse baixinho. -ele é um filhote, quantas vezes vou ter que dizer isso? Forever revirou os olhos.

-ta, já entendi, ele é um filhote, devia te chamar de danrique. Você não tem instinto selvagem, assim como o danrique não tem testosterona. Riu da piada. -não foi você que disse que não podemos julgar isso? Realmente, havia sido forever que havia dito isso. -passado é passado. Se levantou. -sem escrúpulo! Forever xingou o animal.

-porra forever! Ele é um gato! Um filhote, não te fez nada! Que saco! Brunim pegou a camiseta de forever, indo até o quarto e a jogando no cesto de lavar roupas. -eu só tô marcando território. Implicou. -e você é cachorro pra fazer isso? Forever riu. -ta, vou parar. Abraçou brunim por trás, o fazendo se arrepiar. -podemos montar a árvore de natal? Pediu gentilmente. -ta. Brunim se distanciou de forever, indo até a sala de estar. Ele pega o manual de instruções, lendo-o. Ele retira a árvore de dentro da caixa. -ta basicamente pronta. Disse revirando os olhos. Ele arrumou seus galhos delicadamente, e logo já estava pronta.

-é, mas precisamos decorar. Forever a coloca ao lado de uma tomada. -pega as bolinhas. Pediu encarecidamente. Forever as pega, se sentando em frente a árvore, retirando as dos pacotes. Algodão pula no colo de forever o dando um susto, ele ri. -até que você é fofinho. Disse baixinho, acariciando o animal. -quem era maquiavélico? Forever ri. -ninguém. Beijou o felino. -você é muito fofinho, só não rouba o meu namorado, tá? Disse com uma voz fininha. -forever, para de ser besta, eu não vou transar com um animal, muito menos beijar, eu sou todo seu, te acalma. Forever ri.

-mas a sua atenção, ele roubou. Brunim revirou os olhos. -eu tenho atenção pra dar e vender. Se sentou ao lado de forever. -mas 90% dela você vai ficar com esse gato. O loiro ri. -não! Eu sempre fico com você, isso não muda! Ele sorriu gentilmente. -não confio. Virou seu rosto. -forever, para! Brunim segurou seu queixo, virando seu rosto. -ta, eu vou parar. Pegou as bolinhas, as colocando sobre os galhos. -jingle bell, jingle bell, jingle bell rock... Ele sorriu para brunim.

-seu inglês é uma merda, canta em português. Forever revirou os olhos. -bate o sino, pequeninho, sino de Belém, já nasceu, Deus menino, para o nosso bem... Brunim ri. -melhorou. Sorriu. Forever e brunim terminam de enfeitar a árvore, havia ficado lindo, e bem colorido. -merda, eu queria colocar a estrela de natal, mas acho que não vai dar. Forever riu. -eu te ajudo. Forever pega a estrela, entregando a brunim. -no três. Brunim assenta com a cabeça. -um...dois...três. forever o segurou pela cintura, o levantando, bingo, estrela de natal na árvore.

-ficou bonita. Sorriu. -claro que ficou, fomos nós que fizemos. Forever pegou o gatinho que batia com sua patinha sobre uma das bolas mais próximas do chão, a fazendo balançar sobre o ar, em um vai e vem. -não estraga. Advertiu o animal. -vai ser o nosso primeiro natal juntos como namorados, tem noção? Forever riu. -não, mas finjo que sim. Ele o deu um selinho. -eu amo você. Disse sinceramente. -ah, eu amo mais. Implicou. -eh, eu amo você como o rio cáspio, já você, eu não sei. Forever ri. -eu te amo amo infinitamente, então tecnicamente, ganhei. Brunim ri. -mas o rio cáspio é gigante, então tecnicamente eu sou mais inteligente por saber geografia. Piscou para forever com um sorriso travesso.

-talvez eu não saiba geografia, mas sei física, e sabe o que dizem? Que opostos se atraem, porém a física sempre se manteve errada, porque eu me atraio com o meu melhor amigo. Brunim ri. -ta, talvez você saiba o básico da física, mas eu não sei só o básico da geografia. Sorriu travesso. -não tenta, você não tem moral. Lhe entregou o gatinho. -algodão né? Brunim assentou com a cabeça. -talvez ele tenha tomado uma poção do amor, porque eu tô meio que apaixonado. Beijou brunim.

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