°• capítulo 108 •°

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Os dois andavam em direção ao restaurante em um completo silêncio, dan o fitava alguma vezes em meio a um desconforto. Já brunim nem olhava no rosto do moreno, ele se mantinha olhando para o chão, se controlando para não rir da carência de danrique, lembrando-se de seu namorado, que utilizava de um modo bem mais exagerado para resolver, chegando sempre de forma desprevenida.

Ah, aquele seu sorriso louco entrando em contato com o olhar assustado de brunim, forever adorava, e brunim devia assumir, ele gostava um pouco.

Seus olhos se encontram aos de danrique, ele vira seu rosto, vendo o restaurante, respirou fundo, lembrando-se de como forever devia de estar chateado com ele, e animação desapareu num piscar de olhos.

-primeiro as damas. Brincou abrindo a porta e dando espaço ao loiro. -enfia no cu! Disse brunim irritado, ele segurou o braço de dan o empurrando pra dentro do local, em seguida entrando, fechando a porta e se sentando em uma mesa a dois ao lado da janela, tendo uma bela vista para os montes que cercavam topcity. Viu danrique se sentar a frente de si. Lembrou-se novamente de forever.

Eles nunca tiveram um encontro, que detestante! Ok, talvez nunca tenha acontecido pois eles não combinavam para isso.

Brunim era transparente, mas desajeitado ao lado de quem amava, sempre tentando impressionar e falhando, e forever, é o forever, ele detestava ter de se comportar por mais de meia hora, ele gostava do caos, achava graça em ver brunim perder o pose e dizer: foi sem querer. E amava incomoda-lo, encher-lhe de mimos e carinhos, brincar e se movimentar a todo tempo.

-vão querer o que? O garçom parou de frente para a mesa dos dois, danrique o fitou esperando uma resposta. -puts...eu não sei. Danrique revirou os olhos e pegou o cardápio. -eu quero todo o cardápio. Lhe entregou os dois e fitou danrique. -a gente não vai comer tudo isso nem fodendo. Disse brunim preocupado. -dinheiro não é problema. Encostou suas costas sobre o encosto, esbanjando luxúria e mostrando o quanto era bonito vulnerável daquele jeito.

-o que você queria falar comigo? Endireitou-se e o fitou, mostrando seriedade. -ontem foi natal, e eu queria te entregar algo, trate como um pedido de desculpas pelo quanto fui ridículo diversas vezes... um obrigado pelo nosso trabalho com a cidade, e dizer que sinto muito por você ter perdido o jazz, o eokor...enfim- danrique o interrompeu -por que 'tava repensando sobre seus feitos? Perguntou grosseiramente. -você não pensa? Danrique se calou por um momento. -continua. Brunim suspirou retomando. -foda-se, é muito difícil ser legal com você. Levantou, porém danrique segurou seu pulso o puxando para a mesa, fazendo o garoto se sentar novamente. -calma, continua. Seus olhos bruniram. Brunim o fuzilou. -eu ia dizendo que queria te dar um presente. Disse com um tom de voz irritado, os lábios pressionados mostrando mais irritação.

-ta, me da. Desprezou tudo dito antes. -ta, pega essa porra! Retirou o pacote da mochila e colocou sobre a mesa. -posso abrir? Dan perguntou delicadamente. -vai fundo. Dan negou com a cabeça. -vou esperar, quanto mais mistérios mais vou me impressionar no final. Brunim deu uma leve corada e sorriu gentilmente. -tá, rio e canoa sabem mais que o pescador. Ele dizia que o presenteado podia saber mais que a própria pessoa que comprou o presente, e ele sabia, preferia a ansiedade de ver algo depois, era mais prazeroso após descobrir.

-sério, valeu. Colocou o presente sobre o chão ao lado da cadeira. -aqui dentro tá calor, não acha? Danrique perguntou minutos depois esperando brunim falar algo, porém nada havia saído sobre seus lábios. -não? O loiro franziu a sobrancelha e arqueou um sorriso de canto. -porra, que tipo de gaúcho é você? Brunim riu. -ué, a culpa não é minha que eu não nasci com fogo no rabo que nem maior parte dos gaúchos, e eu não sou gaúcho da onde tirou isso? Danrique franziu o cenho. -claro que você é, não? Brunim negou com a cabeça, um sorriso estampado sobre o rosto. -então você é o que? paulista? Brunim riu. -paraná. Danrique grunhiu. -disseram que você era sulista- brunim o interrompeu -o sul não é só o rio grande do sul.

Realmente, pela ignorância de danrique por ser um gaúcho, ele se esqueceu completamente da parte em que o sul tinha três estados.

-mas igual, paraná é frio. Brunim deu de ombros. -tá ligado curitibano de apartamento? te apresento um. Danrique riu. -cara, tá 27°C, frio? se fosse o forever, ayu, esse pessoal tudo carioca, mas você? Brunim colocou seu cotovelo sobre a mesa e apoiou sua cabeça com a mão. -não tá 27°C, a ultima vez que eu olhei' tava uns 10°C a menos. Danrique revirou os olhos. -ta, eu exagerei, mas 16°C ainda é calor. Danrique ficou na mesma posição que o loiro. Centímetros de distância eram o bastante pra fazer brunim se arrepiar e querer se distanciar ao máximo, porém resistiu e fitou os lábios de danrique. -não, eu sinto frio, você que é maluco. Danrique riu. -claro donzela. Fitou os lábios de brunim e se endireitou sobre seu divã ao ver o garçom com alguns dos diversos e exagerados pratos que dan havia pedido. Brunim assentiu com a cabeça reverenciando o garçom. Não eram tantos...

Mais um garçom chegou com mais pratos, colocou em cima da mesa se retirou e outro veio... A atenção estava voltada a mesa deles, uma fila de funcionários dispostos rodeava um dos diversos cômodos, danrique virou o rosto e viu as mesas com sua atenção sobre ele, cochichos eram feitos o tempo todo. Oh céus, que vergonha!

Outro garçom veio...-chega!! Dan gritou nervoso, o funcionário o fitou confuso. -peguem esses pratos e levem para as outras mesas- se interrompeu por um instante -avisa que é por minha conta. Descansou suas costas sobre o encosto. O garçom assentiu com a cabeça e pegou dois dos diversos pratos que haviam sobre a mesa da dupla, brunim arregalou os olhos ao ver o garçom sobre outra mesa, entregando os pratos a um casal. O moço sorri e aponta para brunim e danrique. O loiro vira o rosto, corando bruscamente. 

Outros garçons recolheram os pratos, entregando aos convidados, não sobrando um se quer. -agora eu tô com fome. Disse brunim choramingando, ele estava com o cotovelo sobre a mesa e a mão apoiando a cabeça, a mesma estava pro lado, dando um ar muito fofo, além de seu cabelo, que estava bagunçado. Como ele era fofo!

topcraft shipps (2.0)Onde histórias criam vida. Descubra agora