°• capitulo 96 •°

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-ayu...tem uma coisa que eu queria te perguntar. Passou sua mão sobre o rosto da garota. -sou todo ouvidos. Sorriu gentilmente. -se por exemplo, você perdesse esse anel que você está utilizando agora. Apontou para a mão da garota, a loira levantou-a, para que pudesse pensar melhor sobre as próximas falas.

-só que pensa assim, ele é muito especial, digamos...eu tenha dado pra você. Ayu assentiu com a cabeça, mostrando interesse. -mas eu morri. Ayu arregalou seus olhos, aquela frase passou como uma faca sobre seus ouvidos. Era somente uma suposição, porém e se ele estivesse dizendo entre linhas que está prestes a falecer? Como sobreviveria a sua partida? -não, para, você vai morrer? Segurou a mão do garoto em desespero. -não, ayu. Riu pelo nervosismo de ayu. -me acompanha. Como acompanhar tal raciocínio com a ideia dele morto?

-ele é muito especial pra você, até porque, estou morto, mas e se você um dia perder ele? O que faria? Ayu se viu em meio a um olhar gelado, não demonstrando emoção, nada acolhedor. Ela sentiu um nó em sua garganta, e a vontade de chorar se expandiu sobre seu corpo e alma, ela não conseguia mais respirar. Merda, talvez ela não tivesse percebido, porém estava apaixonada de verdade, ela sentia o amor, e talvez ele não fosse correspondido.

-apuh...por favor... Pousou sua mão sobre o rosto do ruivo, o acariciando. -você tá doente? Apuh riu. -não ayu, eu só quero saber. Retirou a mão da garota. -eu...eu não sei, talvez compraria um igual, e o diria ser seu, ainda. Apuh sorriu. -você acha certo fazer isso? Ayu negou com a cabeça. -ele nunca vai ser o verdadeiro. Baixou a cabeça, o que tanto ele queria dizer com isso? Ayu sentiu seu rosto aquecer rapidamente, seus olhos se encheram de lágrimas, uma após a outra foram despejadas sobre seu rosto.

-se sabe que não é certo, por que faria? Segurou o queixo da garota, levantando sua cabeça delicadamente. Ele viu as lágrimas sobre o rosto da garota, sentiu seu coração repartir-se, mas havia de perguntar tais coisas. -porque...porque você era especial pra mim, e se eu perdesse tudo que havia ainda de você, talvez eu me sentisse infeliz pro resto da vida. Apuh grunhiu. -então, você estaria lhe trocando, em um ato de própria se enganar? Ayu assenta com a cabeça.

-foi o que fez então. Disse para si. -o que? Apuh a fitou seriamente. -eu não vou morrer, te acalma, eu só perguntei por curiosidade. Tentou sorrir falsamente, falhando. -você tá mentindo. Disse com a voz trêmula em meio a um choramingo. -não tô, não tô. A abraçou tentando a fazer parar de chorar. -você vai morrer, apuh...eu preciso de você. Colocou seu rosto sobre o peitoral de apuh. -eu não vou, não vou, ayu, fica tranquila. Tentou acalma-la.

-apuh...por favor, não vai, foi por isso que fez a brincadeira de um mês dormindo comigo? Você só tem um mês? Apuh negou com a cabeça. -puta merda, ayu, não! Foi só pra te irritar, eu não vou morrer! Não vou! Apuh sentia o coração da garota acelerado, merda, havia sido só uma pergunta.

-você tá mentindo, apuh... Se engasgou em suas próprias palavras, não conseguindo dizer nada, somente se silenciando. -ayu...eu perguntei isso por outro motivo. Disse baixinho, após o silêncio a dominar. -você não tá mentindo né? Se soltou do abraço de apuh, distanciando-se. -não, eu não vou morrer. Ayu suspira aliviada. -eu preciso de você ok? Apuh riu. -eu nem consegui terminar meu raciocínio! Disse em meio a risos. -termina, vai. Respirou fundo, tentando se conter das lágrimas derramadas sobre seu rosto.

-melhor não. Pousou sua mão sobre o rosto da garota, passou-a delicadamente, retirando as últimas lágrimas que haviam. -ah merda, eu tava maquiada ainda. Empurrou apuh, indo até sua penteadeira no quarto. Merda, ela estava totalmente borrada. -ah, droga, por que não me avisou? Apuh riu. -por que precisaria? Você sempre está linda. Ayu sentiu que já havia ouvido aquilo, alguma coisa a lembrava.

-não apuh, ser bonita é até um nível, e eu já o ultrapassei. Limpou com um papel a maquiagem borrada. -termina o que você ia falar, por favor. Se levantou. Segurou na mão de apuh de forma delicada. -bem, eu ia falar algo que já me esqueci. Mentiu com um belo sorriso sobre o rosto. -ah, pena. Fingiu decepção. -quando lembrar, me conta. Nunca que apuh iria lhe contar, ela era histérica aquele ponto, se falasse qualquer coisa a mais, talvez ele teria um término naquele momento, ou pior.

-ah, eu vou pegar a sua outra camiseta, você tá ai todo sujo se vinho. Foi até seu armário, pegando a tal camiseta. -você lembra quando eu a deixei? Ayu negou com a cabeça. -talvez em algum dia que tava frio, sei lá, usa ela. Lhe entregou. Apuh retirou a sua. -ou talvez não precise usar. Disse enquanto observava o corpo do garoto. -ah safadinha, claro que não! Colocou a outra camiseta. -ah! Apuh! Olha! Apontou para a janela. -o que foi? Perguntou em meio a uma confusão. -ta nevando! Saiu correndo até a janela da sala, abrindo a cortina para que pudesse ver melhor a paisagem.

-você nunca tinha visto neve? Apareceu atrás da garota, a abraçando por trás e colocando sua cabeça sobre o ombro de ayu. -no natal não, isso é muito emocionante. Virou seu rosto para que conseguisse ver o rosto de apuh. -eh, eu também não. Suas mãos deslizaram sobre o corpo de ayu, parando em sua cintura. -maior parte das pessoas devem estar dormindo agora, né? Apuh assentiu com a cabeça.

-eu gosto da hipótese de que talvez, o mundo tenha escolhido esse momento para nevar, para que só nós possamos ver. Ayu sorriu. -e se for? Bem, talvez isso seja mais uma das grandes e pequenas provas de que eu mereço você e você me merece. Se virou, para que pudesse ver o rosto de apuh, ficando um de frente pro outro. -talvez, quem sabe? Ayu passou sua mão delicadamente sobre a de apuh. -você não vai morrer, ou vai? Apuh negou com a cabeça. -posso te confessar uma coisa? Apuh assentiu com a cabeça.

-eu odeio minha vida, porém quando estou com você, esqueço da desgraça que é ela, e desisto de partir. O ruivo sorriu. -sabe qual é a melhor parte do dia? Ayu da de ombros. -quando eu finalmente consigo roubar um minutinho seu, nem que seja pra te provocar. Ayu corou. -eu te espero impacientemente todas as manhãs. Entrelaçou sua mão a de apuh. -ah é? E eu vou te fazer uma pergunta, a mesma que te fiz a meses atrás, em quem você pensa em quanto me beija? Ayu franziu o cenho. -pera, acho que não me lembro. Selou seus lábios aos de apuh.

-eu penso em você, me entregando um café da manhã na cama, em uma manhã fria de natal, após uma maravilhosa noite. Apuh riu. -tira a parte de ser de manhã, já é. Ayu virou-se vendo que já estava a amanhecer. -ta, vou ter que mudar a história. O beijou novamente. -agora eu vejo você diariamente na minha cama, e todos os dias eu dizendo: bom dia, amor, dormiu bem? Apuh a deu um sorriso sincero. -gosta que eu te chame de amor? Ayu assentiu com a cabeça. -meu bem, pra mostrar que sou somente, sua. O deu mais um beijo, se distanciando e soltando sua mão.

-eh, o que acha de dormir agora? Apuh assenta com a cabeça. -pode ser, meu bem. Ayu riu. -isso é muito brega. Apuh da de ombros. -voltaremos ao meu docinho? Ayu nega com a cabeça com um sorriso bobo sobre o rosto. -meu bem, é melhor. Beijou a bochecha do garoto. -a patroa que manda. Segurou na cintura de ayu, a pegando no colo. -o que tá fazendo apuh? Perguntou assustada. -ah, o meu bem não pode andar tanto assim, já está cansada. A levou até o quarto, a colocando delicadamente sobre a cama. -idiota. Disse em meio a risos. Pousou sua mão sobre a de apuh, puxando o ruivo para mais perto.

-eu te amo. Selou seus lábios aos de apuh, antes que ele pudesse a responder. -eu também, ayu, eu também. Ayu o puxou para a cama, colocando o corpo de apuh sobre o seu. -você disse pra gente dormir. Ayu riu travessa. -e vamos, não pensa em besteira. Empurrou o garoto para seu lado da cama e deitou-se sobre o travesseiro. -vai dormir com a roupa que usou no natal? Ayu riu. -ah, quer que eu tire? Apuh assentou com a cabeça. Ayu retirou sua calça branca, de forma devagar, enquanto apuh a observava. -eu pedi pra você não colocar a camiseta. Disse baixinho.

-ué, eu não sabia. Tentou se explicar. -só tira ela. Mandou soltando um gemido. -a patroa manda né. Retirou sua camiseta. -não me chama de patroa, vou ficar com o ego inflado. Brincou. -ta, madame. Ayu riu. -oh meu deus, que cavalheiro. Desafivelou a calça do ruivo. Os dois terminaram a noite/manhã, com gemidos de prazer, êxtase, e mais um momento memorável que entrará na história dos dois.

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