°• capitulo 99 •°

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Ayu e apuh estavam sentados em baixo de um árvore, a loira estava com suas costas encostadas na árvore, já o ruivo estava sentado na frente da garota. Eles haviam inventado de pintarem juntos em meio aquele maravilhoso dia. Era uma tarde de natal. Dava para sentir o cheiro das nozes, o adocicado cheiro das tortas de maçãs, as luzes de natal brilhando sobre todas as árvores da praça principal. Ah, como era tudo muito lindo, era perfeito para se desenhar ao lado de um bom amigo, e um ótimo namorado, apuh.

Os dois haviam feito uma competição, eles teriam de pintar com tintas um quadro de algo ao redor deles, ayu analisava a trilha de paralelepípedos nos jardins adjacentes da cidade. Haviam estátuas de mármore pintadas no terreno bem cuidado, as fontes borbulhavam com águas calmantes. Pares de jovens riam e passavam pelos dois, aproveitando o esplendor daquele belo dia

Entre uma profusão de flores primaveris havia uma estátua de mármore de uma donzela nua derramando água de um jarro. O som da água correndo acalmava apuh.

Ele havia decidido que iria desenhar a estátua, porém, a faria de uma forma que parecesse menos vulgar, já ayu, decidiu desenhar uma das diversas fontes que despejavam águas calmantes.

-eu tava pensando, acho que vou te desenhar. Acatou um dos lápis que estavam sobre o gramado. -não, algo ao nosso arredor. O ruivo deu um sorriso a fitando. -você algo que está ao meu arredor, e vou falar, é a coisa mais bonita. Sua bochecha ganhou uma tonalidade vermelha, ela sorriu envergonhada.

-obrigada. Disse baixinho. -mas não concordo. Completou. -já te falei que você fica muito linda coradinha? Pousou sua mão sobre a de ayu. -para, assim você vai me deixar pior. Baixou sua cabeça, tentando conter a sua vergonha. Ela não entendia esse sentimento. Sempre que se aproximava de apuh, seu coração ficava a mil, sempre que ouvia sua voz, ela se arrepiava, quando sentia o toque do garoto, seu coração palpitava ainda mais. E quando era dito que ele a amava, ou ela era muito linda, ah...isso a fazia quase explodir de amor, sempre corando com aquelas doces palavras saindo de uma voz tão elegante.

Talvez esses fossem alguns dos sintomas da paixão, mas por que apuh não os demonstrava? Ele parecia sempre confiante com suas palavras e discursos, sempre sabia como agir, e quando. Ele nunca se afetava com algum toque, nunca estava arrepiado, ela só o via excitado, por quê? Por que tinha de ser assim? Por que ela não conseguia controlar suas emoções?

Quantas vezes ayu se pegou observando apuh, ela sentia o "eu te amo" saindo dos lábios de apuh, porém nada era dito. Seus olhos queria dizer isso. Quantas vezes no seu canto em silêncio, ele buscou o seu olhar, só apuh conseguia retirar todo a anseio e o temor que tinha por topcity e seu passado sombrio.

-não vai fazer nada? A retirou de seus pensamentos. -ah, claro. Pegou um lápis para que pudesse começar a desenhar. -ei, eu tava usando esse. Arrancou da mão de ayu. -desculpa. Pegou outro. -eu tô usando esse. Ayu o fitou em reprovação, um sorriso aparecendo sobre seu rosto. -se decide. Apuh riu do quão paciente ela estava sendo, em outros dias provavelmente ele teria sido espancado, mas ele gostava de implicar, era bom, era legal a ver irritada, porém sempre o querendo por perto, mesmo ele sendo insuportável.

-hmm, eu quero os dois. Ayu ainda o fitava, ele em nenhum momento desviou seus olhos. -ta, fica com esse. Lhe entregou um dos lápis. -obrigada. Voltou a seu quadro, fazendo um esboço sobre ele. Apuh largou o seu lápis por um momento e a fitou, ele observava a sua concentração sobre o tal desenho. Ela era perfeita, não havia dúvidas.

-ta desenhando o que? Perguntou baixinho. -isso. Apontou para uma fonte. -ta ficando bem bonito. Ayu desviou os olhos da pintura, conectando os seus aos de apuh. Ela deu um sorriso. -e você? Apuh da de ombros. -eu queria te desenhar, mas você é chata e não me deixou. Baixou a cabeça fingindo uma tristeza.

-não inventa. Bateu no peitoral de apuh. -porra, sempre me batendo. Desviou o olhar e começou a desenhar novamente. -cade as tintas? Ayu aponta para as tintas ao lado de duas garrafinhas de refrigerante.

-ei, eu acho que vou tomar uma dessas coca colas. Ayu o fita. -pega a minha também? Apuh assenta com a cabeça, indo até as latinhas, pegando as tintas que queria, e as duas latas. -olha, vou te mostrar como se abre uma lata de coca. Chacoalhou-a. Ayu arregalou os olhos, era certo que iria se explodir. Ele abriu a latinha, e explodiu-a sobre o gramado. -por que tu fez isso? O fitou em reprovação. -é mais chocante. Balançou o refrigerante da garota. -vai explodir, idiota! Apuh deu um sorriso e agitou novamente a lata.

-para! Pegou a lata. -agora abre. Ayu fitou seus olhos. O ruivo estava com as sombrancelhas levemente levantadas, criando um ar de encanto e fascínio, ele observava cada do rosto da loira. Ele arqueou um sorriso. -vai, toma cuidado pra não derrubar em você. Ayu o fitou. -não vai, não sou tão desajeitada. Disse ciente da ideia de explodir, ela não negava, era muito desajeitada, até se questionava de como um garoto perfeito conseguia se apaixonar por ela, ela sabia, não era normal. Ela era louca, desajeitada, alcoólatra, chorona, competitiva e bem grossa as vezes, o completo oposto de apuh.

Ela agitou mais uma vez a garrafa. Apuh riu da garota. Ela abriu-a lata, e o som se ecoou sobre os ouvidos da garota. Ela viajou sobre seus olhos ao arredor, sua visão estava turva, até que ela viu o rosto de apuh com um sorriso travesso sobre o rosto, ela virou o rosto e viu a lata. Ufa, não havia explodido. Fitou novamente apuh. -eh, eu não vou ter de emprestar mais uma camiseta a você. Ayu riu e deu uma leve corada. -é a mesma que você tá usando agora. Passou sua mão sobre o peitoral do ruivo. Apuh segurou sua mão de forma grossa.

Ele a fitou em reprovação, ela sorriu e tomou um gole de seu refrigerante. Apuh colocou sua latinha sobre o gramado e a fitou. O motivo do silêncio, foi o público, bem, ele não queria que ela fizesse esse tipo de coisa em público, e ayu era meio sem noção, o que o fazia ficar irritado, já que não gostava.

topcraft shipps (2.0)Onde histórias criam vida. Descubra agora