Capítulo 8

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Christopher

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Christopher

Passei o restante da semana inteira evitando Dulce e até mesmo Daniel. Meu melhor amigo de infância? Sim, mas o fato de ele estar de enrosco com essa garota estava realmente me incomodando, sem motivo algum. 

O que foi que eu fiz pra sentir esse tipo de coisa? Pareço até aqueles amigos invejosos, coisa que não é do meu caráter.

Tenho certeza que ele nem deve ter se importado com esse distanciamento e até mesmo deve ter dado graças a Deus por eu não estar implicando com ela toda a hora que olhávamos um para a cara do outro. Ela realmente deixou claro que não queria nada comigo, então, certamente isso não faz diferença alguma pra ela.

Aproveitei para realmente curtir com as pessoas ao meu redor, do jeito que sempre costumei fazer, beijando bocas, bebendo e fumando quando me dava vontade. Melhor assim do que passar parte do meu tempo me chateando por algo que nem sequer faz sentido.

Na sexta-feira daquela semana, aproveitei para ir mais cedo pra casa, assim poderia me arrumar e a chance de eu perder o horário era realmente menor. Tomei banho, me arrumei e saí do quarto, prestes a me encaminhar pro lugar escolhido de hoje.

— Oi! — Dulce disse praticamente me assustando por estar na porta do meu quarto. Meu coração disparou de forma estranha, e eu parecia um garoto esquisito parado na frente dela, como se estivesse em choque.

— Oi! — Falei me segurando para não engolir em seco. Como assim estou me sentindo dessa forma de novo? — Você precisa de algo? — Franzi a testa e ela sorriu completamente sem jeito.

— Posso ir com você? — Ela mordeu o lábio inferior, mas tratei de olhar em seus olhos rapidamente sem que ela percebesse. — Sabe? Er... fazer o que você faz todas as sextas.

— Ah, sim. — Eu sorri de canto e me senti intrigado com aquele interesse todo. Inclusive com a minha resposta. — Claro, pode sim. — Ela sorriu de leve e arrumou a bolsa embaixo no braço.

Saímos caminhando pelo corredor, lado a lado, em completo silêncio. Um silêncio até mesmo constrangedor, parecia que realmente não sabíamos o que dizer um pro outro. Pra ser sincero, porque ela me pediu uma coisa dessas?

Eu nunca deixei ninguém me acompanhar nesse dia. Geralmente eu gostava de fazer essas coisas sozinho, e realmente não entendia porque um "sim" tinha saído tão rápido da minha boca assim que ela perguntou.

Dirigi no mesmo silêncio até um restaurante que havia na beira-mar não muito longe de casa. Confesso que foi difícil não tentar espiá-la pelo canto do olho, ainda mais porque o carro ficou impregnado com o cheiro do cabelo dela, que era impecável.

Assim que chegamos, descemos do carro e entreguei as chaves para o manobrista, entrando com Dulce no local.

— Mesa para dois? — Assentimos assim que a mulher questionou. Ela nos deu algumas opções e logo escolhemos uma perto da janela. Era fim de tarde, então a vista estava incrível.

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