Quase 18 anos depois do desaparecimento de Christopher, seu pai acaba falecendo e deixando a empresa para sua única neta, Mariana. Dulce por ser a responsável pela menor, acaba tomando as rédeas da situação. Mas, ela não esperava que tudo isso trari...
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Dulce María
Acordei mais tarde no dia seguinte, com Maite praticamente pulando em cima de mim para me arrancar da cama. Ela realmente estava sentimental com o fato de que em breve eu estaria voltando para o Brasil, e por esse motivo estava ainda mais grudada em mim do que nunca. Confesso que, apesar de não ser muito de carinhos e abraços, eu não estou achando tão ruim assim, afinal, vou sentir muita falta dela.
Depois de comermos algo na cozinha, decidimos que iríamos aproveitar um pouco a praia ali na frente da casa da família dela mesmo. Mas, antes de subirmos para nos arrumar, avistei Christopher na sala de televisão, sentado ao lado de uma mulher bem mais velha do que ele, enquanto conversava de algo que parecia muito sério.
— Vem logo, Dulce. Para de ser fofoqueira! — Maite disse com o tom de voz baixo, me puxando de novo.
— Quem é aquela? — Perguntei curiosa.
— É a mãe do Ucker, minha tia. — Eu realmente imaginei que fosse, mas, queria ter certeza de com quem ele estava conversando com toda aquela seriedade.
Subimos e nos arrumamos, logo caminhando para a frente da casa da família de Maite, onde encontramos praticamente todo mundo sentado na areia.
Avistei Christopher sozinho, um pouco mais afastado, mas mesmo assim próximo a Anahí e Poncho. Ele estava deitado em cima de uma toalha, com os braços embaixo da cabeça, o que deixava seus músculos em destaque. Ele usava óculos escuro, então não conseguia decifrar se ele estava admirando o mar ou de olhos fechados, aproveitando a brisa.
Dei cerca de dois passos largos na direção dele, mas antes que eu pudesse chegar lá, Natália apareceu falando com o mesmo. Desanimei no mesmo instante e me senti estranha. Não era a primeira vez que eu queria conversar com ele, e alguém interrompia.
— Dul, senta aqui. — Virei o rosto pro outro lado, vendo Dan sentado em uma cadeira de praia, enquanto batia a mão na outra. — Aqui tá pegando uma sombra ótima. — Bom, pelo menos isso.
Sorri de leve e caminhei em direção a ele, me sentando ao seu lado. Olhei para Christopher de novo e me dei conta de que ele estava me olhando, quer dizer, pelo menos seu rosto estava em minha direção, já que os óculos escuros não permitiam saber se ele estava realmente me admirando ou não.
Mais uma vez me senti esquisita. Era como se algo me incomodasse, ou me inspirasse, eu não sabia dizer bem o que era. A questão é que passei alguns dias longe, chegando a conclusão de que quero estar perto dele. O que diabos está acontecendo comigo?
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Mais tarde, eu, Maite e Anahí decidimos ir ao shopping ficarmos juntas um pouco e fofocar sobre algumas coisas antes de nos arrumarmos para a festa pela noite. O que foi uma ótima ideia, pois assim eu não ficaria pensando tanto no que não deveria pensar.
