Quase 18 anos depois do desaparecimento de Christopher, seu pai acaba falecendo e deixando a empresa para sua única neta, Mariana. Dulce por ser a responsável pela menor, acaba tomando as rédeas da situação. Mas, ela não esperava que tudo isso trari...
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Inverno de 2005
Dulce María
Estou nervosa. Pensando onde que eu estava com a cabeça quando pensei que seria uma boa ideia me casar no cartório tão rápido dessa forma.
Se eu estou arrependida? Não, claro que não. Eu nunca me arrependeria de me casar com Christopher.
Combinamos que nos encontraríamos direto no cartório. E por estar frio, acabei demorando muito mais que o normal para conseguir me arrumar. Se não fosse a ajuda de Maite, eu claramente estaria atrasada.
Resolvi me vestir da forma que eu achava melhor. Com uma saia jeans, meia calça cor da minha pele, uma blusa de manga longa e gola branca e um casaco da mesma cor por cima, bem quentinho.
Estou de branco. Simples, mas me sinto completa. Me sinto eu mesma, pronta para cometer uma loucura com o amor da minha vida.
Ninguém sabe que estamos casando hoje, 10 de Janeiro de 2005. É um segredo guardado por mim, Christopher, Maite, Andrés e mais um afilhado que ela carrega em seu ventre. Ou afilhada.
Saímos juntos em direção ao cartório, e quanto mais nos aproximávamos do local, mais meu coração queria pular pra fora de boca.
Ser um segredo torna tudo mais intenso e com muita adrenalina. E para ser sincera, eu gosto.
Fiz uma oração assim que dei os primeiros passos em direção ao cartório. Tudo daria certo e tudo ficaria bem.
Vi Christopher aparecer e se aproximar de nós com os olhos fixos em mim. Seu sorriso era largo, parecia que tinha acabado de realizar o maior sonho da vida dele.
Além disso, estava lindo demais. Usava um terno azul royal, que realçava a cor da sua pele e o deixava com o sorriso mais iluminado ainda.
— Você está perfeita. — Ele disse levantando a mão e tocando meu rosto, fazendo meu coração disparar e as borboletas brigarem dentro do meu estômago.
— Você também está lindo. — Falei abrindo um sorriso largo. Eu não sabia muito bem como demonstrar toda a felicidade que eu estava sentindo naquele momento.
Ele pegou na minha mão e caminhamos até a sala de espera, onde fomos instruídos a ficar depois de nos apresentarmos no balcão.
Christopher repetiu diversas vezes que seria rápido e simples. Eu fui paciente ao respondê-lo a todo segundo que estava tudo bem não ser grandioso, afinal, faríamos algo no religioso meses depois.
Eu sabia que ele estava assim, pois sempre disse que meu sonho era um casamento com tudo que eu tinha direito na igreja. Mas, com ele eu seria capaz de deixar esse desejo para trás, pois tinha toda certeza de que o mais importante era estarmos juntos.
Fechei os olhos por alguns segundos, suspirando profundamente e agradecendo por aquilo tudo estar acontecendo na minha vida. Por Deus ter colocado Christopher em meu caminho, por ter trazido alguém tão empenhado em me fazer feliz a ponto de se incluir nas coisas que eu tanto gostava.
