Capítulo 31

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Outono de 2023

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Outono de 2023

Christopher

Estou dentro de um carro com Dulce a caminho de Toluca.

Admiro a paisagem pela janela enquanto ela digita diversas coisas no teclado do seu notebook. Desde que saímos do escritório para viajar, ela não parou de trabalhar.

Não lembro de ter pegado no sono, mas acordei assim que o carro estacionou. Bocejei e ergui os braços, me espreguiçando e me dando conta que não era o hotel onde aconteceria a reunião e sim um restaurante.

— Onde estamos? — Franzi a testa olhando para ela.

— Você quer mesmo fazer essa reunião de barriga vazia? — Ela diz guardando o notebook e abrindo a porta.

— Não mesmo. — Falei e ela riu pelo nariz.

Saímos do carro e pedimos uma mesa na varanda do restaurante, apenas porque a temperatura estava na medida certa.

Assim que fizemos o pedido, Dulce suspirou profundamente. Ela realmente parecia mais cansada nos últimos dias.

— Você conseguiu revisar a apresentação ontem a noite? Não vi se você acrescentou alguma coisa. — Ela disse aconchegando as costas na cadeira.

— Não mudei nada, achei que estava tudo certo. — Falei respirando fundo. — Mas confesso que seria ótimo passarmos esse almoço sem falar do trabalho. — Um sorriso se abre em seu rosto e ela assente.

— E sobre o que gostaria de falar, Christopher Uckermann? — Ela disse apoiando a cabeça em uma de suas mãos.

— Você pode me contar suas histórias, Dulce María. — Falei semicerrando os olhos, o que a fez rir.

— Acho que primeiro você pode me contar sobre o que Natália te disse. — Ela deu de ombros, largando esse xeque-mate.

— Ela não me contou muito, até porque não fez parte de muitos desses momentos. — Dulce franziu a testa de leve. — Ela só disse que eu estava apaixonado demais, a ponto de ficar cego e eu deduzi que tinha sido hipnotizado ou coisa do tipo. — Ela riu pelo nariz. — Na minha cabeça, o amor não existe.

— Pra variar. — Ela disse rolando os olhos e eu a olhei.

— Você pode começar a contar agora. —Falei aguardando e ela suspirou, começando a contar algumas coisas.

Dulce fez quase uma retrospectiva por todo o nosso relacionamento. Ela deixava o assunto fluir e sorria como se todas as histórias fossem as melhores que ela tivesse contando. Ela transmitia tanta felicidade enquanto explicava tudo com detalhes, que era fácil de acreditar. Fácil de se perder.

Se eu pudesse, ficaria o dia todo escutando-a falar, ainda que fosse a coisa mais difícil de se fazer na vida, por saber o que eu sabia.

— Não quero pensar dessa forma, mas ainda é muito difícil pra mim acreditar que sou essa pessoa romântica das suas histórias. — Ela riu e assentiu.

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