Capítulo 18

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Verão de 2004

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Verão de 2004

Christopher

Eu estou me coçando de tão nervoso desde que saímos a caminho do aeroporto. Hoje será um dos dias mais importantes da minha vida, e eu não sei bem como lidar com tantos sentimentos ao mesmo tempo.

Desde que me dei conta que estava apaixonado por Dulce, eu sabia que ela seria o amor da minha vida, a mulher com quem eu gostaria de passar o resto dos meus dias. E é exatamente isso que pretendo fazer.

Com a ajuda dos universitários, obviamente que eu estava falando de Maite e Andrés, eu organizei o pedido de casamento que eu pretendia fazer para Dulce naquela verão.

Foram semanas em cima dessa organização, cuidando de cada detalhe e fazendo de tudo para que ela não desconfiasse de nada. E acredito que até então tenha dado certo.

Ela andava cansada nos últimos dias, pois meu pai decidiu dar todas as entrevistas possíveis na mesma semana, antes de tirar férias. Sim, por incrível que pareça ele tirou férias.

Assim que entramos no avião, ela escorou a cabeça no banco e fechou os olhos. Estava realmente cansada e com certeza achando qualquer brecha para dormir. E tudo bem, era melhor assim, afinal, ficaria mais fácil de controlar a vontade que eu estava de contar todas as surpresas que eu estava preparando para ela.

Mais de uma? Sim, mais de uma. A principal delas era o pedido de casamento, e uma das outras é que consegui convencer seus pais para estarem na cidade. Eu sabia que isso a surpreenderia muito, mas não mais que o pedido.

Isso tudo porque não faz tanto tempo assim que estamos juntos, mas, são dois anos da maior certeza que eu já tive em toda minha vida.

A única coisa mais incômoda que eu tive que fazer durante essa surpresa que preparei, foi deixar que Maite convidasse Daniel. Dulce e ele ainda eram amigos, principalmente depois que ele a chamou para ser madrinha de seu filho. E eu tenho certeza que foi com segundas intenções.

Mas, hoje é dia de pensar apenas em coisas boas. Talvez se eu fechasse os olhos e tentasse relaxar um pouco...

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O avião pousou e foi nesse momento que eu acordei, até mesmo um pouco assustado. Dulce me olhou rindo da minha reação.

— Eu que estava cansada e você que apagou de verdade. — Ela disse fechando seu livro e o guardando na bolsa. Eu bocejei ainda meio sonolento.

— Eu realmente achei que não estava tão cansado dessa forma. — Me espreguicei e ela balançou a cabeça.

— Não vejo a hora de poder colocar um biquíni e me atirar no mar. — Ela encostou a cabeça na poltrona, enquanto aguardávamos o avião estacionar.

— Nem eu. — Falei sorrindo e mordendo o lábio inferior. — O que acha de irmos para Cuale hoje ainda?

— Hoje? — Ela me olhou com a testa franzida. — Não sei, Chris, ano passado fomos no dia seguinte porque estávamos mais descansados. Não é melhor? — Droga, como vou convencê-la?

— Ah, mas eu estou com vontade de ficar mais tranquilo, só escutando o barulho do mar e sentindo seu cheiro, enquanto você encosta a cabeça no meu ombro. — Falei aproximando mais meu rosto do dela. Dulce sorriu e eu sabia que eu tinha acabado de convencê-la.

— Tudo bem, talvez seja mesmo uma boa ideia irmos para um lugar mais tranquilo. — Isso! Até que não foi difícil convencê-la sem que ela suspeitasse de alguma coisa.

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Seguimos para a marina depois de deixar nossas coisas na casa da família. Maite e Andrés foram perfeitos tomando todo o cuidado do mundo para que não parecesse que alguém esteve antes ou tivesse deixado suas coisas por lá.

Ela subiu junto comigo para o segundo andar, para me acompanhar enquanto eu dirigia o barco até a ilha.

Vê-la admirando o mar e a natureza me lembrou do momento em que percebi que ela faria diferença na minha vida. Dessa vez seus cabelos eram vermelhos, mas estavam ao vento, deixando sua beleza ainda mais em evidência.

Era engraçado voltar há 4 anos atrás e me lembrar que, eu estava mais ou menos nessa mesma situação, falando para Dulce que eu nunca antes tinha me apaixonado e que inclusive, eu achava que o amor não existia.

Pois é, eu dei com a cara no chão, afinal, a Dulce daquela época tinha razão. Eu ainda não tinha vivido a melhor coisa da vida: o amor. Mais engraçado ainda é me dar conta de que, a pessoa que me disse isso, era por quem eu havia me apaixonado perdidamente.

— Por que você tá se rindo sozinho? — Despertei dos meus pensamentos e voltei minha atenção para ela, que tinha a testa franzida.

— Nada. — Dei de ombros, ainda sorrindo. — Estava me lembrando da conversa que tivemos na primeira vez que andamos nesse barco juntos. — Dulce riu pelo nariz.

— Confesso que ainda continuo com medo de andar nesse barco com você dirigindo ele. — Ela brincou e lhe mostrei a língua.

— Não estou falando dessa parte, boba. Estou lembrando de quando você me disse que eu não conhecia o melhor da vida porque ainda não tinha me apaixonado, até riu quando eu disse que achava que o amor não existia.

— E eu não estava certa? — Ela disse num tom de vitoriosa. Eu ri pelo nariz, enquanto ela se levantava e se aproximava de mim.

— Sim, Dulce María, você estava completamente certa. — Ela sorriu e beijou minha bochecha, enquanto eu olhava para frente.

— Ainda bem que você sabe, Christopher Uckermann.

— Quer dirigir? — A olhei e ela franziu a testa.

— Quer morrer?

— Acha mesmo que eu deixaria você fazer isso sozinha? — Falei rindo e ela rolou os olhos. — Vem aqui. — Falei puxando-a, e colocando-a em minha frente.

Dulce colocou as mãos na roda do leme, e eu coloquei as minhas mãos sobre as dela, ensinando-a a dirigir o barco. Seus cabelos estavam próximos do meu rosto, e foi o suficiente para eu me embriagar com seu cheiro de morango.

Eu a amava mais que tudo nesse mundo, e não via a hora de passar o resto dos meus dias ao seu lado.

Estacionei o barco um pouco mais para trás do que eu tinha costume de parar. A minha sorte é que ela não se deu conta e não perguntou, pois eu teria que dar um jeito de achar uma desculpa.

— Você vai pular de roupa? — Ela perguntou tirando sua saída de praia azul, ficando apenas de biquíni.

— Não. — Falei fingindo que eu não havia esquecido desse detalhe. Eu estava tão nervoso, que não estava raciocinando direito. — Vou tirar agora. — Falei tirando a camisa e os chinelos.

— Tem algo que tá te deixando nervoso, não tem? — Droga, ela já me descobriu, não é? — Aconteceu algo com seu pai antes de sairmos? — Ela franziu a testa e parecia preocupada.

— A mesma coisa de sempre. — Falei dando de ombros. — As mesmas cobranças sem sentido.

— Eu acho que você deveria seguir seu plano à risca, Chris. Você já têm dinheiro suficiente para isso. — Eu sorri para ela de canto e me aproximei.

— Prometo que falarei com ele assim que voltarmos de férias. Pode ser? — Ela sorriu abertamente e assentiu. — Agora, quem chegar por último é a mulher do padre. — Falei logo correndo para a água, enquanto escutava ela fazer o mesmo.

Eu não estava estressado por causa do meu pai, mas, Dulce tinha razão em relação ao planejamento que eu havia feito sobre meu restaurante. Talvez o melhor fosse, realmente, guiar minha vida sozinho, apenas com ela ao meu lado.

Oiii gente! Eu sei que ando bem sumida, e confesso que tô a tempos com esse capítulo pronto pra vocês, mas fiquei numa correria sem dó essa semana e não deu tempo. Preparados pro pedido de casamento? Volto em breve. Besos da Blan  ♥

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