Quase 18 anos depois do desaparecimento de Christopher, seu pai acaba falecendo e deixando a empresa para sua única neta, Mariana. Dulce por ser a responsável pela menor, acaba tomando as rédeas da situação. Mas, ela não esperava que tudo isso trari...
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Dulce María
Apesar de estar cansada fisicamente, e até mesmo mentalmente, eu aceitei o convite da Maite para irmos a um luau na beira da praia de noite. Era bom sair um pouco, até mesmo para conhecer pessoas novas e poder finalmente curtir esse verão.
Coloquei um biquíni como se fosse um top, uma saia longa e havaianas brancas no pé. Arrumei o cabelo com algumas ondulações, e coloquei umas presilhas de um dos lados para deixar o look um pouco mais colorido. Sério, eu ainda vou pintar meu cabelo de vermelho. Só me falta coragem!
— Você está maravilhosa, amiga! — Maite disse e eu despertei dos meus pensamentos no mesmo momento. — Porque tá se olhando tanto aí?
— Estou com o mesmo pensamento de sempre. — Falei me virando de novo pro espelho e mexendo no cabelo. — Aquela vontade de pintar o cabelo de vermelho, mas sem coragem alguma de fazer isso.
— Já falei que você ia ficar linda desse jeito. Toma coragem logo! — Ela disse pegando sua bolsa em cima da cama. — Vamos? — Eu assenti sorrindo sem mostrar os dentes e tratei de segui-la.
Descemos por trás da casa, onde ficava a parte da praia e saímos caminhando. Dali mesmo já conseguia enxergar a fogueira que estava a mais ou menos 25 passos da casa da família de Maite.
A noite estava linda. Enquanto caminhávamos e Maite contava alguma coisa sobre sua família, eu observava a luz da lua refletindo sobre o mar. O céu estava estrelado e a areia gelada. Perfeito para viver momentos inesquecíveis. Acho que foi uma boa ideia eu ter deixado a preguiça de lado.
Assim que estávamos chegando, enxerguei Christopher ao lado de uma garota de cabelos castanhos, quase loiros, e ambos estavam conversando de pertinho. Realmente esse cara não perde tempo, não é mesmo? Há quem tenha uma quedinha pelo egocentrismo.
— Amiga! — Virei o rosto e vi Maite já abraçada com um cara de cabelos loiros. — Achei que você nem tinha vindo passar as férias aqui. Você tinha dito que ia pro Brasil pra ver sua melhor amiga. — Ele disse isso mexendo no cabelo dela.
— Acho que eu que acabei vindo ver ela. — Comentei e ele me olhou com um sorriso largo nos lábios.
— Meu Deus, não tinha me dado conta que era você. — Ele disse quase de forma histérica. — Garota, você é muito mais bonita pessoalmente. — Ele soltou os cabelos de Maite e ergueu a mão pra mim. — Eu sou Christian. Espero que a Mai tenha falado da minha pessoa tanto quanto fala de você pra mim. — Eu sorri e apertei a mão dele.
— Claro que ela já falou de você, Christie. Posso te chamar assim, certo? — Ele abriu ainda mais o sorriso que tinha no rosto.
— Mas óbvio que sim. Eu já vou chamar você de Dul, porque se você é melhor amiga da Mai, é minha também. — Ele disse enroscando seu braço no meu e no de Maite, ficando no meio de nós duas. — Vem, vamos buscar algo pra beber e vou levar vocês pro pessoal.
