Capítulo 4

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Dulce María

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Dulce María

Christopher me levou para conhecer a pequena vila. Não era muito grande e as pessoas que viviam lá eram diferentes. Não diferentes de ruim, mas sim de parecerem sempre estarem leves, de viverem na tranquilidade com aquilo que tinham ao seu redor. Quem dera se eu realmente conseguisse me sentir dessa forma na maioria do tempo. 

Depois voltamos para a areia e ficamos mais algumas horas conversando, até ele olhar para o relógio e levantar apressado.

— Meu Deus, nós passamos totalmente do horário. — Franzi a testa percebendo um nervosismo estranho em sua voz, afinal, não tínhamos combinado horário algum para ir embora.

— Tudo bem, nós podemos ir agora... — Eu disse me levantando, mas antes que eu pudesse acompanhá-lo, Christopher saiu correndo pro mar, sem sequer me esperar. Achei estranho e só segui atrás dele.

Nadei até chegar ao barco e subi no mesmo meio desnorteada, sem entender o que estava acontecendo. Caminhei até ele que já estava ligando o barco, com as mãos no leme.

— Christopher, o que está acontecendo? — O olhei indignada, ele estava completamente estranho e nervoso. Parecia que algo havia acontecido.

— Nós precisamos voltar, vai anoitecer, Dulce. — Franzi ainda mais a testa sem entender. — Você não entende, não entende.

— Chris, olha pra mim. — Chamei ele por um apelido que nem sequer sabia se podia chamar ou não, mas ele se manteve perdido naquele nervosismo todo. — Olha pra mim! — Falei segurando o seu rosto, firmando bem para que ele não desviasse seu olhar do meu. — Respira fundo. Você precisa ficar calmo, desse jeito não vai conseguir conduzir o barco. — Ele assentiu e começou a respirar fundo. — Isso, respira bem fundo. Cheira a flor e assopra a vela. — Falei soltando o rosto dele de leve, vendo que ele estava voltando ao normal.

— Obrigado! — Ele disse quase em um sussurro e eu assenti, me afastando dele por completo.

Depois disso, o silêncio tomou conta do barco inteiro. Ele não dizia nada, e eu muito menos. O observei em alguns momentos, de canto de olho para que ele não percebesse, mas seu olhar estava perdido e estranho. Porque será que ele ficou tão nervoso assim por causa do horário?

Chegamos e ele nem se despediu direito, mesmo achando que voltaríamos juntos para o mesmo lugar, Christopher foi para outro. Será que fiz alguma coisa errada? Será que ele se assustou por estar se abrindo tanto com uma menina que ele mal conhece? Aff, acho melhor eu desencanar.

Segui de volta para a casa da família de Maite, e fui direto para o quarto dela a encontrando com a menina que estava com Christopher o outro dia.

— Oi sumida! — Maite disse em tom de brincadeira e eu sorri de leve, ainda estava tentando entender o motivo de Christopher ter ficado tão nervoso daquela forma. — Acho que você já conhece a Any, não? Ela tá sempre grudada com o namorado dela que é amigo do Ucker.

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