O início.

1.2K 79 7
                                    

Conor

Chego na localização que o Daniel me mandou, no meio da avenida próximo ao porto. Havia viaturas rodeando o local, alguns carros de curiosos e finalmente encontrei o Daniel escorado em seu carro.

Conor: Que merda é essa?

Daniel: Ainda bem que chegou a tempo, a escolta ja deve estar chegando pra remover o pacote.

Conor: Desembucha logo que eu perdi a melhor foda da minha vida pra vir aqui.

Daniel: Eu também, mas fazer o que. – deu os ombros e saiu em rumo as viaturas.

Vou atrás sem questionar, passamos pelos bolinhos agrupados de curiosos até chegarmos na barreira policial.

Só pode ser brincadeira.

Uma caixa de madeira, equivale há um metro e meio de altura e largura, caído no asfalto aberto, cheio de pacotes de maconha.

Caralho! Que merda! Que merda! Que merda!

Fecho os olhos respirando fundo e coço a barba que pinicava em meu rosto, senti meu sangue ferver e o calor do estresse subir em meu peito. Dou as costas saindo de perto de todos, a raiva que me possui é capaz de me matar, ou, eu mato alguém.

Esse caixote é dos nossos, com o selo da empresa. Ultimamente estamos usando os caixotes que transportamos as bebidas pra transportar uma carga que estava atrasada.

Eu sabia que essa porra ia dar merda, mas o velho do caralho nunca me ouve.

Daniel: Seu tio já tá sabendo.

Conor: Óbvio que ele tá, desgraçado.

Daniel: Pode ter certeza que a polícia vai bater amanhã no escritório.

Conor: Eu sei! Eu sei! A gente precisa pensar em alguma merda! Pra hoje!

Daniel: Tem que esvaziar o subsolo.

Conor: Da noite pro dia? Sem chances.

Daniel: Não custa tentar.

Respiro fundo outra vez e assenti concordando.

Conor: Tá... – suspiro – Meu tio tem uma mansão que ele não usa a muito tempo. Dá pra fazer a base lá, chama todo mundo, foda-se quem tiver compromisso, eu quero todo mundo. Tenta esvaziar tudo, tudo! Não deixa uma caneta pra trás no chão!

Daniel: Pode deixar.

Conor: E pede a Paula pra avisar os funcionários que amanhã de manhã vamos estar fechados, inventa alguma coisa. Só vai abrir depois do almoço.

Daniel: Beleza.

(...)

Sarah

Nem acredito que pude acordar após as dez horas da manhã numa segunda feira, isso é coisa de Deus! Me levantei me sentindo bem humorada, tomo banho, escovo os dentes e me visto para ir pra empresa.

Sarah: Bom dia! – passo pela sala e vejo a Mari sentada no sofá com o notebook no colo.

Mari: Hum... Acordou de bom humor.

Sarah: Radiante. – sorrio.

Mari: Esse homem tem que te comer mais vezes.

Sarah: Deus te ouça! – balanço as mãos a cima da cabeça.

Mari: Não vai tomar café da manhã?

Balanço a cabeça em negativa enquanto pego minhas chaves na estante.

Doce Veneno - amor, ódio e obsessão.Onde histórias criam vida. Descubra agora