Me desculpa, eu perdi a cabeça...

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Meus olhos brilharam, um sentimento glorioso em ver o desespero em seu rosto, o medo da verdade. É isso aí seu merda. Eu vou me vingar de todos vocês, começando por você.

Sarah: Sabe a viagem que ele te disse que eu fiz com o Conor? Era tudo mentira. – meus lábios se ergueram em um sorriso sádico.

Daniel: Puta merda! – rosnou, esfregando as mãos pelo rosto.

Sarah: O Conor me sequestrou, e o seu amorzinho estava lá, eu implorei pra que ele me soltasse mas ele simplesmente me deu as costas.

Mariana: O que? – franziu o cenho, boquiaberta.

Ele fechou os olhos e respirou fundo, enquanto eu observava atentamente, alternando meu olhar entre ele e ela.

Sarah: A diferença é que o Conor nunca me escondeu que era fodido pra caralho da cabeça. Mas ele? – miro meus olhos no Daniel – Ele finge ser bonzinho e carinhoso. Mas a verdade é que ele é um criminoso de merda, e sabe lá o que mais ele esconde. Tipo, por que você não salvou a gente do cativeiro?

Mariana: Daniel. – chamou sua atenção, seu tom de voz suplicava que queria que tudo fosse mentira.

Daniel: Ele sabe o porque que eu fiquei de fora. Não devo satisfação nenhuma pra você. Porra... – alterou a voz.

Mariana: Então é verdade?

Daniel: Amor, eu ia te contar, na hora certa, me deixa explicar.

Mariana: Não! – solta um riso irônico – Você ia me contar o que? Daniel! – gritou, a raiva deixando sua voz trêmula – O que exatamente você ia me contar? A parte que você sequestrou a minha melhor amiga? Ou que sei lá, é um psicopata? – cruza os braços em frente ao peito, erguendo o rosto em uma carranca.

Daniel: Não exagera... – arfou, impaciente – Sarah, pelo amor de Deus! Que merda!

Mariana: Não exagera? – ela gargalha, completamente irônica – Porra! Seu nome é mesmo Daniel? Vai saber!

Um silêncio constrangedor e ensurdecedor tomou conta do ambiente por alguns instantes, enquanto eles se encaravam fixamente e eu permanecia no meio, observando atentamente. Foi então que Mariana deixou escapar a primeira lágrima, mesmo mantendo o rosto fechado, seu corpo revelava o quão abalada ela estava. Sua respiração acelerada e o queixo tremendo eram provas disso.

Mariana: Eu confiei em você! – gritou, outra lágrima escorreu por sua bochecha – Eu amei você! Cegamente! Eu amei! Eu te contei todos os meus segredos... E... E você estava mentindo pra mim todo esse tempo? – e então ela estava se afogando em lágrimas.

Meu coração apertou dentro do peito, pois eu não queria vê-la machucada. O som do choro dela ecoava pelo cômodo imenso, e a cada lágrima que escorria pelo seu rosto, meu coração se apertava ainda mais.

Daniel estava gélido, completamente imóvel, sem emitir um único som ou reação. Nem mesmo um movimento mínimo ou um piscar de olhos. A raiva que me consumia desapareceu, como se eu tivesse sido mergulhada em uma piscina congelante, com a água cortante. Agora, o arrependimento e a culpa me dominavam por completo.

Daniel: Amor eu... – ela o interrompe.

Mariana: CALA A BOCA! – gritou – Não me chama de amor! Amor o caralho! – pega uma almofada sendo o primeiro objeto que encontrou e joga em sua direção, ele esquivou virando o rosto.

Daniel: Eu não te contei exatamente por isso! Por causa desse olhar! Porra! Eu te amo! E você me frustrou pra caralho, e eu queria tanto, mas tanto não ser quem eu sou, pra que isso não acontecesse. Eu só queria você caralho!

Doce Veneno - amor, ódio e obsessão.Onde histórias criam vida. Descubra agora