Eu não quero ser pego de surpresa dessa vez.

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Um mês depois.

Sarah

Acordei sentindo algo molhado tocar minhas costas e, de olhos fechados, comecei a ouvir os pequenos estalos dos beijos, indicando que era ele. Seus lábios passearam por toda a extensão das minhas costas, depositando carinhosos beijos em cada pedacinho de mim. Fiquei em silêncio, fingindo estar dormindo, pois ansiava por mais daquela sensação única, querendo que ele continuasse a explorar cada centímetro do meu corpo.

Conor: Sarah... – murmurou, entre os beijos.

Contive o sorriso e tentei me manter imóvel e sem expressão. Por favor, não pare. Ele continuou beijando aqui e ali, suas mãos deslizando por minha pele intensificando a carícia, meu corpo todo se arrepiava diante da sensação gostosa. Senti seus beijos descerem, descerem, até que seus dentes marcaram a minha bunda em uma mordida. Mordi o lábio inferior com força e continuei em silêncio.

Conor: Eu sei que está acordada. – disse baixinho e, em seguida voltou a sequência de beijos.

Meu peito tremeu com a risada que não consegui segurar, com a bochecha enfiada no travesseiro e os braços cruzados ao redor da minha cabeça, o riso foi abafado pelo algodão macio. Pude ouvir sua risadinha grave também, o hálito soprando minha pele, enquanto ainda distribuía os beijos até chegar em meus ombros.

Conor: Oi.

Ele apoiou os braços ao meu redor e pairou sobre mim, pressionando seu corpo contra o meu. Respirei fundo, seu cheiro me inebriando e despertando todos os meus sentidos. Ao abrir os olhos lentamente, o clima escuro do quarto acolheu meu olhar, um leve sorriso se estendendo em meu rosto. Então sua voz grave e rouca me disse "bom dia", e meu coração se incendiou.

Sarah: Bom dia. – murmurei, sonolenta.

Conor: Quero aproveitar mais um pouco, antes de irmos. – mordiscou minha pele, um pouco abaixo da nuca.

Sarah: Humm... – grunhi.

Eu não quero que isso acabe.

Conor: Não quero ser pego de surpresa dessa vez. – sussurrou.

Soltei um riso, as lembranças me atordoando.

Conor: Vou ligar pro piloto, saímos as onze. – beijou meu ombro uma última vez e saltou da cama, pude ouvir seus passos se distanciando.

Envolta em lençóis macios, virei-me na cama, contemplando o teto com um sorriso radiante no rosto. Japão, Itália, Grécia, Espanha e Suíça, cada lugar repleto de memórias encantadoras, mas agora era a hora de ir embora. Ele é inexplicavelmente carinhoso e atencioso, capaz de mover céus e terras para realizar todos os meus desejos. Foram trinta dias de viagem, e cada instante ao seu lado era uma eternidade de felicidade que eu não queria que acabasse.

"Não quero ser pego de surpresa dessa vez."

Eu sorri, me recordando do que se travava. Ele sempre quase passa mal com as minhas brincadeiras, e eu adoro ver ser olhar desesperado e a agonia de não poder me tocar na frente das pessoas. Como quando arranquei minha calcinha e o entreguei, enquanto estávamos jantando num restaurante antes de sairmos da Itália. Foram longas horas de viagem até chegarmos no hotel da Grécia. Ele se recusa a transar no jatinho, porque além do piloto, o copiloto, e a aeromoça, ele trouxe as três sombras pra nos "proteger", Taylor, Martin e Jonas. E ele diz que os meus gemidos são só dele, que não me compartilha com ninguém. Então foi bem divertido provocá-lo nesse dia.

Levantei-me e segui para o banheiro, lançando um breve olhar para sua silhueta enquanto ele falava ao telefone na sacada. Enquanto escovava os dentes, despi-me lentamente, retirando a calcinha, a única peça de roupa em meu corpo. Caminhei até o chuveiro e liguei a água, sentindo o calor envolver suavemente meus músculos. Peguei meu sabonete líquido de morango e comecei a esfregar o corpo. Logo em seguida peguei o shampoo da mesma fragrância e lavei meus cabelos.

Doce Veneno - amor, ódio e obsessão.Onde histórias criam vida. Descubra agora