Ok. Quem é você? E o que fez com o Conor?

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Olhei para o painel do carro, vendo que já eram quatro horas da manhã, e percebi que ela havia cochilado durante a viagem de volta para casa, minha casa. Durante todo o percurso, minha mente estava atordoada com a situação. Eu não queria que ela dormisse, não queria que chorasse. Eu ansiava desesperadamente que me contasse o que diabos aconteceu, para que eu pudesse liberar meus próprios demônios e enfrentar os dela, levando-os de volta para o inferno.

Estacionei na garagem e desliguei o carro, sentindo o peso sobre minhas costas se dissipar com um suspiro profundo. Ao virar o rosto, encontro o seu, sereno e tranquilo, dormindo como um anjo. Com cuidado, estico a mão em sua direção e suavemente coloco uma mecha de cabelo atrás de sua orelha, acariciando-a delicadamente, tentando despertá-la de forma suave para que permanecesse nesse estado de paz.

Ela abriu os olhos, um pouco agitada, seu olhar percorrendo o ambiente em busca de familiaridade, ainda assustada, porém não como da primeira vez. Com cuidado, segurei seu queixo e gentilmente virei seu rosto na minha direção. Seus olhos se acalmaram ao encontrar os meus, recordando que estava segura ao meu lado.

Conor: Chegamos. – digo baixo, e finalizo com um leve sorriso de um canto só.

Ela assentiu e piscou lentamente, pude ver sua garganta pulsar ao engolir em seco. Desci do carro, contornei até a porta do passageiro e a ergui em meus braços mais uma vez. Apesar de saber que ela poderia andar, eu queria que se sentisse o mais confortável possível ao meu lado. Desejava envolvê-la em meus braços, proporcionando-lhe a sensação de segurança e acolhimento, um lugar onde pudesse se sentir verdadeiramente protegida.

Então caminhei pela garagem subterrânea, observando as luzes se acenderem automaticamente conforme eu avançava. Ao adentrar no elevador, apertei o botão do terceiro andar, o último, que dava diretamente acesso ao meu quarto. Foi somente ali que a coloquei de pé, soltando-a gentilmente no chão. Ao acender a luz do quarto, tirei as coisas dos bolsos e as deixei no aparador ao lado da porta do elevador, preparando o ambiente para que ela se sentisse confortável e acolhida.

Conor: Vem. – ordenei pra que me seguisse, enquanto eu caminhava até o banheiro.

Começo desabotoando minha camisa e em seguida o cinto, consciente de que ela provavelmente me observava atentamente. Então, sem precisar olhar para ela, busquei tranquilizá-la:

Conor: É só um banho. Vai se sentir melhor. – tirei a camisa e joguei para um canto.

Ela permaneceu parada na batente da porta, com os olhos fixos em mim. Estava com medo? Insegura? Avancei em passos calmos em sua direção e parei a poucos centímetros do seu corpo. Nesse momento, ela sacudiu levemente os ombros, como se tivesse sentido um arrepio de frio. Quis garantir que estaria ali para acalmá-la, nada mais, quando espalmei a mão em sua bochecha e acariciei com o polegar.

Desci a mão deslizando os dedos pelo seu pescoço, ela cerrou os olhos com força, agoniada com meu toque, mas não se afastou. Então empurrei o vestido pelos seus ombros e fui tirando devagar, deslizando-o pelos seus braços, até despencar ao chão, agacho e faço o mesmo com sua calcinha, deixando-a completamente nua. Assim que me levanto, termino de me despir, deixando as roupa se amontoarem no chão.

Seguro sua mão e puxo-a pra debaixo do enorme ducha quadrada, ligo o chuveiro e deixo pressão fluída da água quente cobrir nossos corpos. Abraço-a por trás envolvendo meus braços a sua volta, inclino-me pra frente, apoiando o queixo na curva do seu pescoço, e acaricio sua barriga com a pontas dos dedos. Seu peito subia e descia com a respiração profunda.

Conor: Quer que eu pare? – sussurro.

Ela balança a cabeça em negativa e apoia seus braços por cima dos meus. Finalmente, meu coração voltou a bater num ritmo calmo e tranquilo, minha mente se desligou por completo, a calmaria me atingindo com força, como se só existisse eu e ela no mundo inteiro. Ficamos ali, por um bom tempo, em silêncio, ouvindo apenas o som da corrente de água, enquanto meus dedos passeavam por sua pele.

Doce Veneno - amor, ódio e obsessão.Onde histórias criam vida. Descubra agora