Ok. Não tinha como dar errado, né?

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Sarah

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Sarah

Já eram oito horas da noite, e eu estava a beira de enlouquecer. Meus olhos estavam fixos nas telas onde Pedro trabalhava agilmente, o brilho azulado iluminando seu rosto concentrado. Ele analisava rotas meticulosamente, enquanto eu observava o pontinho vermelho que representava a localização de Megan no mapa. Ela estava a alguns quilômetros da mansão onde havíamos rastreado Conor, usando seu drone para mapear o terreno e a casa.

A mansão, situada no topo de uma montanha isolada, ficava a poucos quilômetros da cidade. É como se Conor e Amélia pensassem de forma idêntica — escolher um refúgio no meio do nada, cercado por árvores densas e um silêncio ensurdecedor. É bizarro, para ser sincera.

Meus pés não paravam de bater freneticamente no chão, um compasso nervoso que acompanhava minha ansiedade crescente. As unhas estavam sendo ruídas como se eu estivesse faminta por alívio, aflita com cada segundo que passava. Isso estava demorando demais. Na minha cabeça, o plano era simples: sair correndo sem pensar duas vezes e agir por impulso — era exatamente isso que eu faria em um momento de desespero. Como agora.

A Triad é crueldade pura, eles me fizeram viver dias infernais sem nenhum motivo, apenas porque eu era uma boa isca... Imaginar o que eles estão fazendo com ele parte o meu coração.

Ele pode me odiar pelo resto da vida, mas eu quero aquela puta velha desgraçada morta.

A movimentação ao meu redor era intensa; o som das armas sendo carregadas, o pessoal se vestindo rapidamente, armando-se e se preparando para o combate que os aguardava. Pedro havia feito um novo dispositivo que, conectado ao drone de Megan, teríamos uma visão térmica que mostrava as temperaturas no interior da mansão. Ele havia avisado que não estava completamente pronto e que poderia falhar, mas ainda assim nos daria uma noção do número de pessoas dentro do local. Segundo ele, havia uma base subterrânea sob a mansão, muito parecida com a que estamos nesse exato momento.

Viu? Bizarro. Conor e Amélia realmente pensam iguais.

Daniel começou a traçar o plano com detalhes: "Equipe blá blá blá irá fazer isso e aquilo." Eu mal prestei atenção nas instruções, tudo que queria era agir logo. Minha parte na missão era clara: encontrar Conor e soltá-lo enquanto o resto cuidava da matança. Ok. Não tinha como dar errado, né? Após alguns minutos, nos enfiamos dentro dos carros e partimos. Meu coração dispara, e meu corpo todo formiga de frustração. Deus, estou ansiosa demais; preciso encontrar uma forma de me acalmar.

[...]

Conor

Cuspo a saliva vermelha, misturada ao sangue, e o cheiro metálico invade minhas narinas, fazendo meu estômago revirar. O gosto do sangue é enjoativo, mas, para ser sincero, o que realmente me deixa vulnerável não é isso, é a frustração de estar preso aqui, sem saber como sair.

Doce Veneno - amor, ódio e obsessão.Onde histórias criam vida. Descubra agora