A vingança não muda o passado.

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Megan passou por nós e adentrou na caixa, tirando Fariha de lá. Com um movimento brusco, ela jogou a mulher no chão do lado de fora, enquanto eu ainda estava hipnotizado por Sarah. Havia algo nela que ardia como fogo, e eu estava doido para me queimar junto dela. Megan se afastou, dando passos hesitantes para trás.

Fariha: Que ironia do destino, não? — Zombou, sentando-se no chão, os pulsos algemados à frente do corpo.

Sarah: Por que você está falando? — Sua voz soou calma e sutil, mas era afiada como uma ameaça prestes a se concretizar.

Estreitei os olhos, observando Sarah se aproximar de Fariha com uma confiança inquietante.

Sarah: Tire as algemas, Megan. Eu quero o corpo dela livre. — Disse enquanto caminhava em volta da mulher sentada no chão, cada passo carregado de autoridade.

Megan me lançou um olhar buscando permissão. Eu apenas dei de ombros, um gesto que parecia dizer "se é o que ela quer, que seja". E assim, ela seguiu em frente, fazendo o que Sarah pediu. Fariha se levantou para ser desalgemada, e assim que estava livre, Megan voltou a se afastar, deixando o caminho aberto para Sarah.

Fariha: O que está tentando fazer, Sarah? Me assustar? — Ela soltou um riso de escárnio, desafiadora.

Sarah: Porque. Você. Está. Falando? — Rosnou, sibilante, bem próximo do ouvido da mulher.

Fariha manteve uma expressão indiferente, fechando os lábios como se quisesse silenciar qualquer resposta.

Sarah: Tira a roupa. — Ordenou, parando frente a frente com Fariha. Do ângulo em que eu estava, podia ver as duas de perfil, a tensão entre elas deixava o ar denso.

O silêncio pairou por alguns segundos, e Fariha encarou Sarah com uma hesitação que parecia um desafio. Mas no fim, a impotência falou mais alto e ela começou a se despir na força do ódio, o farfalhar bruto das roupas sendo despejadas no chão enquanto seu rosto se contorcia em desdém e nojo.

Sarah: Tira tudo, princesa. Não tenho insegurança com meu noivo, pode tirar. — O tom de voz de Sarah era divertido e amargo ao mesmo tempo.

Fariha rosnou, retirando o sutiã e a calcinha, ficando completamente nua. Seu corpo era esguio; não era uma mulher de muitas curvas, mas ainda assim era um corpo muito bonito. Mas como a minha lobinha disse, eu não tenho olhos para outra mulher. Sarah deu a volta completa ao redor dela novamente, observando-a dos pés à cabeça, como se estivesse procurando algo que não conseguia ver.

Fariha começou a vacilar; suas pernas estavam inquietas e os braços caíam ao lado do corpo, parecendo querer se cobrir a qualquer momento. O peito subia e descia descompassado, revelando o nervosismo que tentava esconder.

Sarah: Tão bonitinha, completamente lisa. Eu imaginei que tivesse pelo menos uma tatuagem no traseiro dizendo "me coma". — Caçoou, um sorriso sarcástico nos lábios.

Bufei uma risada pelo nariz e cruzei os braços, cada vez mais interessado na cena que se desenrolava diante de mim. De repente, Sarah se aproximou de mim, parando a centímetros de distância. Com um movimento rápido, começou a desafivelar meu cinto. Franzi o cenho involuntariamente, mas não consegui desviar o olhar dela. Ela retirou o cinto abruptamente e me lançou um olhar provocador antes de dar as costas.

Sarah: Se lembra disso? — Disse, segurando o cinto esticado, enquanto a fivela balançava no ar.

Os olhos de Fariha vacilaram, e eu pude ver seus punhos se cerrando com força, os pequenos músculos dos braços contraindo sob a tensão.

Sarah: Você ao menos tinha ideia do que faziam com a gente dentro daquele inferno?

Fariha permaneceu em silêncio. Franzi a testa, confuso: Ela não ficava lá? Sarah deu uma volta do cinto em sua mão e chicoteou o corpo de Fariha, o lado da fivela estalando forte em sua pele. Eu franzi o nariz e puxei o ar entre os dentes; isso deve ter doído bastante.

Doce Veneno - amor, ódio e obsessão.Onde histórias criam vida. Descubra agora