Charlotte.

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Conor

Já se passava das cinco da tarde, e elas tinham treinado desde as dez da manhã até aquele momento, com apenas uma pausa rápida para o almoço. Eu não havia pedido que ficassem tanto tempo nisso, mas senti que elas precisavam daquele momento, então permiti. Megan tinha acabado de sair, e Sarah surgia da cozinha com uma garrafa d'água na mão, seu corpo reluzindo pelo suor, os cabelos bagunçados e a respiração pesada. Linda de qualquer maneira.

Conor: Como está se sentindo? – Questionei, observando-a atentamente.

Sarah: Bem. – Assentiu, levando a garrafa à boca. – Está muito ocupado? – Perguntou, indicando o notebook em meu colo com o queixo.

Conor: Não. – Fechei o laptop e o deixei de lado no sofá, em seguida dei dois tapinhas na minha coxa. – Vem.

Sarah: Estou suada.

Conor: Não importo.

Ela veio sem hesitar e me rodeou com as pernas, sentando em meu colo, imediatamente levei minhas mãos em sua bunda e a apertei, enquanto a observava beber outro gole d'água. Deslizei minhas mãos subindo para a cintura e desci novamente, acariciando seu corpo.

Sarah: Qual o nome dela? – Disse fechando a garrafa e a deixando de lado também.

Conor: Da Megan? – Franzi o cenho.

Sarah: Sim.

Conor: Por que?

Sarah: Curiosidade. – Deu de ombros.

Conor: Curiosidade? – Questionei, apertando os olhos.

Sarah: Uhum.

Conor: Charlotte Megan Louise. – Respondi.

Sarah: Hum. – Desviou o olhar, com uma expressão confusa, pensativa.

Conor: O que foi? – Apertei a carne em sua bunda novamente.

Inferno de mulher gostosa, não consigo tirar as mãos dela.

Sarah: Acho que sei o motivo dela me odiar tanto. – Murmurou, retornando o olhar para mim. – Posso conversar com meu irmão?

Minhas sobrancelhas saltaram, surpreso e definitivamente intrigado também. Assenti sem questionar, e rapidamente ela se levantou, dirigindo-se para a sala de armas. Acompanhei-a de perto. Ao chegarmos ao porão, ela parou subitamente, e eu me sentei no último degrau da escada, dando-lhe espaço para ficar "sozinha" com seu irmão. Mesmo sabendo que ele não podia se mexer, eu não podia simplesmente deixá-la completamente sozinha.

Sarah: Você o removeu as correntes. – Murmurou, notando que ele agora estava sentado, preso à velha cadeira de madeira. Ainda imóvel e aprisionado, mas ao menos não estava "pendurado como um porco", como ela havia mencionado.

Conor: Sim. – Confirmei. – O que você me pede sorrindo que eu não faço chorando.

Ela virou-se brevemente para me lançar um sorriso antes de prosseguir. É nesse momento que me perco completamente, esse sorriso maldito que aniquila toda a minha humanidade e me transforma em um animal. Sarah aproximou-se de Rafael, posicionado no centro do cômodo, e agachou-se diante dele, apoiando as mãos em suas pernas.

Sarah: Oi.

Rafael: Sarah... – Arfou, como se estivesse aliviado em vê-la.

Sarah: Dias difíceis? – Brincou, soltando um leve riso no final.

Rafael: Os melhores. – Ironizou, retribuindo o riso.

Ela se levantou e puxou outra cadeira, sentando-se em frente a ele. Rafael ergueu o rosto, olhando ao redor, procurando por mim. A luz branca que iluminava o centro do cômodo não se estendia para os lados, deixando o olhar de quem estava no meio completamente ofuscado pela claridade do círculo, o que me tornava completamente invisível na penumbra da escada. Mas lá no fundo, eu sabia que ele sabia que eu estava ali.

Doce Veneno - amor, ódio e obsessão.Onde histórias criam vida. Descubra agora