2.

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Lara.

Tomei meu banho pedindo a Deus para que fizesse mainha desistir de me carregar pro rolê.

Quando eu sai do banheiro, ela já estava sentada na cama, com cara fechada.

Eu: que foi? - ela negou. - ihhh

Ágata: seu pai merece um tiro bem no ovo. - negou, pensativa.

Eu: o que ele fez? - fui até o closet.

Ágata: nada, Lara. - suspirou. - quando eu chegar lá, eu resolvo com esse infeliz.

Só concordei. Quando a onça ficava atacada, era melhor nem respirar perto.

Meu pai sempre dava uns vacilo, era foda... Mas eu nem me envolvia. Adultos são eles.

Peguei minha roupa, vesti, coloquei um coturno, fiz uma make levinha, passei perfume e passei a prancha no cabelo, só onde tava meio alto.

Ágata: nossa, e essa roupa? - me avaliou. - gostei.

Eu: misericórdia. - ri, sacudindo os ombros.

Peguei meu celular e descemos até o carro.

[..]

O baile tava o fervo. Lotado mesmo.

Do lado de fora já dava pra ver as garotinhas tudo doidas, comentando sobre alguém.

Neguei e desci do carro, chamando a atenção de todos.

Rui: rapá, a sensação do baile chegou. - se aproximou. - botei nem fé, achei que ia vim hoje não.

Eu: era a intenção. - eu ri. - e aí, como tu tá?

Rui: nas nuvens pô, tu acha que vou ficar como com uma Deusa dessa na minha frente? - neguei rindo.

Eu: controla suas investidas. - dei um tapinha no peitoral dele. - hoje eu só quero curtir, bebê.

Mandei beijo no ar e fui acompanhando minha mãe, pra ser sincera, eu não gostava de parar baile não. Achava uó.

Todo mundo ficava olhando, fazendo comentários. Eu bolava legal.

Índio: isso é roupa? - apareceu do nada.

Eu: é, meu querido. - o mesmo negou.

Índio: o pai vai ficar puto mermo. - encarei o neguin na minha frente e neguei.

Eu: tá com medo, malandro? - ele bufou. - chato a beça.

Índio: você só faz os bang pra deixar ele puto. - falou me olhando e eu dei de ombros. - parece que vive na rebeldia.

Eu: qual foi a tua, Igor? - parei no meio do baile, encarando ele. - me deixa na paz, oxi. Tô mexendo com ninguém. Quer fazer tua linha com papai, se vira.

Índio: eu tô te dando o papo, Lara. - me encarou. - tem uns bagulho doido acontecendo aqui.

Eu: o que você tá querendo dizer? - ergui a sobrancelha e o mesmo apontou com a cabeça pro camarote.

Segui até o local que o mesmo apontou e vi minha mãe e meu pai discutindo. Olhei curiosa e só vi minha mãe tacando um copo de bebida no meu pai. Valha.

Eu: o que é isso? - índio negou.

Índio: ele tava de prosa com uma dona. - arregalei os olhos. - a coroa pegou pô, tá virada no diabo.

Eu: tá explicado. - suspirei. - mais uma na conta.

Índio: ele já tá puto, te ver com essa roupa, o homem infarta. - neguei.

Eu; não vou deixar de usar o que eu gosto por causa dele, índio. Papai sabe muito bem dos meus gostos. - suspirei e o mesmo me abraçou de lado.

Fomos até o camarote, pegando o ar pesado.

Meu pai só olhou pra nós e negou.

Fingi que nem vi.

Índio já ficou todo assustado. Menino besta.

KN: fala meu cria. - se aproximou. Revirei os olhos e me afastei de índio.

Eu: tô indo pegar uma bebida. - avisei meu irmão.

Índio: não demora. - concordei e me afastei, sentindo olhares na minhas costas.

Neguei e continuei andando.

Peguei minha bebida e voltei.

Me aproximei do velhote que só faz merda, o mesmo tava fumando um baseado.

Mas óbvio que tava invocado.

Eu: só pisa na bola hein? - sentei no braço do sofá.

Vargas: começa não, Lara. - falou sério.

Eu: pai, desse jeito o senhor vai perder a mamãe. - olhei pra ele, que continuava olhando pra frente.

Vargas: tá foda mermo viu. - respirou fundo.

Eu: não deixa acabar uma coisa de anos. - ele me olhou. - vocês se amam. Não tem o porquê acontecer essas coisas.

Status.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora