82.

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Lara.

Era até estranho, ele não ter aparecido até agora.

Na verdade, nenhum deles. Nem tia Ingrid que era uma das primeiras a chegar, não tinha aparecido.

Mas sabe quando o seu sexto sentido manda você olhar bem na hora? Então...

Era melhor nem ter pensado nessa alma, e nem ter olhado para a porta.

Parecia que eu tinha levado uma facada no peito. Franzi o cenho, sem nem ao menos esboçar uma reação.

Tia Ingrid e tio Toddy estavam na frente, com a cara péssima, KN com Victoria atrás.

Nanda me olhou sem entender nada, e eu? Continuei na mesma.

Respirei fundo, pegando meu celular, tentando não manter o foco. Caralho!!!

Nanda: que merda é essa? - murmurou.

Eu: não faço questão de saber. - forcei um sorriso.

Eles se aproximaram dos meus pais, cumprimentaram e ficaram por lá.

Acabou com meu dia legal... Podia ter ficado em casa!

Começou a tocar uns pagodinho maneiro, e eu fiquei lá, só fingindo estar curtindo. Mas na real, eu tava magoada a beça.

Tava entendendo mais nada.

Sabe quando tudo parece estar escrito no script, mas sai do controle? Então.

Ingrid: oi amor. - apareceu sem graça.

Eu: oi tia. - sorri sem mostrar os dentes. - tá bonita em.

Ingrid: me desculpa por isso. - suspirou, ajeitando o cabelo. Totalmente desconfortável. Neguei, e sorri novamente.

Eu: tá tudo bem, tia. - concordei e ela parecia chateada. - a neném também está bem. - mudei de assunto. Mexendo muito.

Ingrid: sério? - a mesma abriu um sorriso. - poderíamos marcar de comprar o restante das coisas.

Eu: tudo bem. - ela me abraçou.

Ingrid: vai dá tudo certo. - murmurou e eu concordei.

[..]

Nem fiquei até o final da festa. Só comi horrores e pedi pra alguém me trazer em casa.

Minha mala sem alça também veio, falando e reclamando.

Nanda: gente, sério. - olhei pra ela. - tem merda na cabeça, não é possível.

Eu: chega desse assunto, Nanda. - resmunguei.

Nanda: você não fica puta? - perguntou chocada. - porque eu fico, e nem foi comigo. Mas eu fico por você. Não tem cabimento, Lara. Não tem.

Eu: tem sim. - dei de ombros. - a gente não tem mais nada. E sabe o que ainda faz a gente ter um laço? Ela. - apontei pra barriga, engolindo em seco. - e tá tudo bem, Nanda. Só esquece isso.

Fernanda suspirou, óbvio que não engoliu essa conversa, mas pelo menos mudou de assunto.

Nanda: podíamos pegar uma praia esse final de semana. - sugeriu.

Eu: por mim, tudo bem. - sorri de lado.

Nanda: tem um bofinho pra você conhecer. - olhei pra ela, negando. - conhecer não mata ninguém, Lara.

Eu: você é impossível. - reclamei, e ela riu.

Nanda: agora eu só pego burguês sem vergonha. - falou, e eu ergui a sobrancelha. - eu até gosto dos bandidos, mas as vezes é bom mudar o cardápio.

Eu: você é uma quenga. - falei e ela fingiu espanto. - deixa de ser fingida, ordinária.

Nanda: não fala assim com sua melhor amiga. - falou fingindo chateação.

Eu: claro, tu é a única. - eu ri e ela mandou dedo.

Status.

Status

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