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Lara.

A invasão tinha acabado, e eu já tinha ganhado alta.

Tô podendo nem respirar direito, que os homens fica em cima. Vulgo pai e KN.

Índio: entra aí, o pai tá falando pra você chegar junto na laje do maumau. - encarei ele, e dei um gole na minha coca. - pô Lara, tá doida... Coca faz mal.

Eu: meu pau no teu ouvido. - falei me estressando.

Índio: eu já sabia que você era transgênero. - revirei os olhos e dei uma risada. - bora logo pô, mó larica do caralho.

Eu: e porque KN não veio? - ele me olhou com cara de paisagem. - nem me fala. - neguei bufando.

Ok. Não tínhamos nada. Absolutamente nada, e eu tava nessa síndrome de querer ficar grudada naquele infeliz.

Talvez seja os hormônios, e eu rezo todos os dias para que seja mesmo, porque assim que eu ganhar essa criança, já some logo.

Adentrei no carro e ele saiu dali voado.

Por onde passávamos, o pessoal ficava olhando. Bando de fofoqueiro.

Eu: e você com a Nanda? - ele me olhou e negou.

Índio: chave de cadeia. - fez careta.

Eu: ihhhh. - neguei rindo.

Índio: só sabe brincar com meu coração, aquela bandida. - resmungou.

Eu: pelo menos arrumou alguém a sua altura. - falei dando de ombros e ele pisou no freio com tudo. - TA DOIDO, CARNIÇA?

Índio: você acha certo aquela garota brincar com meus sentimentos? - olhei pro mesmo óbvia. - nossa Lara, pode crê pô. É isso memo. - negou, pisando no acelerador.

Encarei o mesmo e comecei a rir.

[..]

Nem preciso falar que ele ficou sentido né? Quando chegamos na laje, ele não quis nem trocar um papo, saiu de perto.

Ágata: o que houve com teu irmão? - chegou confusa.

Eu: dor de corno. - ela me olhou e eu concordei. - só porque não fiquei do lado dele.

Ágata: nossa. - fez careta e deu um gole na cerveja.

Vargas: e aí, criança. - chegou beijando minha cabeça. - como estão?

Eu: bem pai. Queria ter ficado em casa. - reclamei.

Vargas: sossega teu facho bem aí. - falou e eu bufei.

Ágata: todo cheio de mandar, tô tendendo legal não. - falou olhando meu pai, que murchou na hora. Neguei rindo.

Vargas: essa mulher corta minha onda. - negou, saindo de perto.

Fiquei conversando com minha mãe e comendo a beça. Parecia que era um saco sem fundo, não parava de comer.

Nanda: abre alas que a mamãe chegou. - falou alto, chamando atenção do pessoal. Olhei pra ela, e pra onde índio tava e ri, negando.

O mesmo fechou a cara e foi até o freezer, pegando uma cerveja.

Nanda se aproximou de nós, e cumprimentou.

Ágata: o que você fez com meu bebê? - encarou Nanda, que olhou com cara de inocente.

Eu: tenho até medo. - gargalhei.

Nanda: tia, me desculpa viu... Com todo respeito, é claro.. índio é gostoso, mas emocionado. - fez careta. - só porque eu falei que não queria nada sério, o bofe tá surtado.

Eu: mana, quase 1 ano. - relembrei ela, que pediu pra eu ficar calada.

Ágata: fode ou sai de cima. - comentou. - já falei, e falo de novo... Quando vocês perderem o pedacinho de carne, não vem chorando. - mandou tchauzinho e foi pra onde meu pai tava.

Nanda: como ela fala essas coisas e sai assim? - falou chocada. - o que ela tá sabendo?

Eu: e eu vou saber, Fernanda? - ri fraco. - eu não sei de mais nada.

Nanda: índio deve ter outra. - falou abismada, e eu neguei, bebendo meu suco.

Nanda falava horrores, enquanto meu pensamento não saia de uma pessoa: KN.

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Oi queridinhas. Tô por cá hein!!!

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora