Lara.
Tomei um banho rapidinho e gelado. Tava muito aérea.
Vesti um vestidinho larguinho, e desci penteando o cabelo.
Olhei minha mãe e meu pai sentados no sofá, conversando com KN. Assim que me viram se levantaram e me abraçou.
Ágata: aí que saudades. - falou chorosa.
Eu: como tá lá ? E o índio? - retribui o abraço. - eu também estava com saudades. - choraminguei.
Vargas: o bagulho lá foi tenso. - resmungou. - Índio teve que ficar com Toddy, qualquer momento eles querem testar meu juízo.
KN: e como tá meus coroa pô? - minha mãe olhou pra ele.
Ágata: todo mundo bem. - sorriu. - amanhã vocês já podem voltar... Espero que não tenham tentado se matar.
KN: foi tranquilo. - disse sério. - cada um no teu canto, teve caô não.
Vargas: melhor assim. - encarou KN que abaixou a cabeça.
Eu: ainda tem que esperar mais um dia? - olhei pra eles.
Vargas: tem pô, paguei uma grana braba pros corrupto pra poder passar vocês. Mas só amanhã na troca de turno. - negou. - esses pau no cu.
Ágata: cedinho. - sorriu, pegando na minha mão.
Eu: tá bom. - sorri.
Vargas: juízo vocês dois pô, vão fazer besteira não. - olhei pro mesmo, fazendo careta.
Eu: de onde o senhor tira esses pensamentos férteis? - reclamei. - nós dois não tem nem que desconfiar. - fiz cara de nojo.
Ágata: é assim que começa. - murmurou.
Vargas: fala um trem desse não, Ágata. Se não eu carrego ela hoje mermo. - falou ficando puto. - só de pensar minha mão coça pra dá uns pipoco.
KN: maluco mermo. - negou. - até parece que vou querer isso aí.
Eu: isso aí? - arregalei os olhos, me estressando. - melhor que muita feiosa que tu pega.
KN: tu nem sabe dos meus corro, parceirinha. - apontou pra mim e eu revirei os olhos.
Ágata: a não, vocês dois dê uma paz. - reclamou. - toma, eu trouxe pra vocês. - entregou as sacolas do McDonald's.
Eu: por isso eu te amo muito. - beijei a bochecha dela.
Vargas: é assim mermo pô, quando cresce esquece que tem pai. Tá certo. - falou fingindo chateação.
Eu: eu também te amo, veinho. - abracei ele de lado, rindo fraco.
Vargas: sei não viu. - negou. - bora minha gata, ainda tem que resolver o bagulho do armamento.
Ágata: até amanhã, meu amor. - beijou minha testa. - cuida da minha filha, Kauan. - fez o mesmo com ele.
[..]
Depois que meus pais saíram de casa, eu nem quis olhar na cara de KN.
Bicho besta.
Lanchei no meu quarto mesmo, e pra não correr o risco, ainda deixei a porta trancada.
Deus é mais dez vezes.
Aquilo era teste de resistência. Tentação mandada diretamente do inferno pra atormentar minha alma pura.
Respirei fundo sacudindo a cabeça e afastando aqueles pensamentos insanos.
O beijo, a pegada, misericórdia. Bate na madeira todo mal que tenta se apossar da minha consciência.
Fechei os olhos tentando relaxar, mas parecia que minha mente só pensava naquele bofe. Que tentação.
Eu: tô ficando é doida. - fiz careta. - como é que fica assim? Misericórdia.
Me levantei indo até a sacada do meu quarto. Abri a janela, sentindo a brisa fria batendo no meu rosto.
Quanta coisa acontecendo, não deu tempo nem de assimilar as coisas.
Respirei fundo. Loucura demais.
Sai dali, fechando a janela e voltando pra minha cama. Vou é dormir, porque tô pensando merda demais.
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𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈. - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜
FanfictionJá não sei quantas vezes arrumou as malas Amamos e brigamos mil vezes ao dia Nem lembro quantas vezes procurei palavras Pra te mostrar aonde nós dois juntos chegaria Não sabe como eu corro pra cuidar de tu Mas é verdade, eu não cuido nem de mim, eu...