87.

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Lara.

Vargas: o que rolou? - falou dando um trago no baseado. - se acalma pô, se não eu num consigo raciocinar.

Eu: pelo amor... - falei me estressando. - larga essa merda de cigarro.

Vargas: mais gente.. - fechou a cara e apagou o baseado.

Nanda: a gente tava na praia e choveu de polícia, tá entendendo? - falou detalhadamente. - daí levaram aquele peste, e queria levar a gente também.

Ingrid: não fala assim do meu filhote. - defendeu KN.

Tody: aquele moleque só faz o contrário do que eu mando. - passou a mão na cabeça. - ele já tava ligado que os pau no cu tava atrás dele pô. Tem cabimento um negócio desse não.

Vargas: e o que diabo ele tava fazendo com vocês? - me olhou confuso.

Eu: aí pai... - neguei, e me levantei. - a preocupação é só de saber como vão tirar ele de lá.

Ágata: isso é o de menos... - adentrou na sala. - já tem dois advogados indo até a delegacia. - concordei aliviada. - vocês estão juntos?

Eu: meu Deus do céu. - choraminguei. - eu estava passando mal gente, não estamos juntos.

Nanda: falta dele querer não é. - falou rindo.

[..]

Ágata: você tá bem? - disse adentrando no quarto, concordei. - os advogados entraram em contato, disse que vão fazer de tudo pra tirar ele de lá.

Eu: mas não ia sair hoje? - minha mãe me olhou.

Ágata: KN era procurado, Lara. - franzi o cenho. - quando você foi embora, ele começou a fazer uns serviços pro teu pai. E começaram a colocar a cabeça dele a prêmio.

Eu: e ele andava como se fosse o mais querido do Brasil? - minha mãe riu, concordando. - esse menino tem juízo não.

Ágata: me deram no máximo uma semana, mas as vezes consegue tirar antes. - suspirei. - você tem que ficar tranquila por causa da gravidez.

Eu: impossível né, mãe. - falei óbvia. - não saber como ele está lá dentro, me deixa paranóica. Vai que fazem algo com ele.

Ágata: depois fala que não gosta do cara. - negou e se levantou. - vou ali ver o que o índio tem, tá sofrendo de amor.

Eu: é outro que não se resolve com a Nanda. - resmunguei.

Ágata: sangue mesmo. - riu e eu fiz careta.

Minha mãe saiu dali, me deixando sozinha com meus pensamentos.

KN.

Um inferno.

Os cara que deveria seguir a lei, são os primeiros a cagar pra ela.

Quando me tiraram do camburão, foi só sequência de porrada, bicuda. Um caralho todo, como se eu tivesse armado até os dentes.

Vê se pode uma porra dessa?

Vaz: vai soltar a voz de quem é teu chefe não? - segurou meu queixo, e eu cuspi o sangue na cara dele.

Eu: sou moleque não, carniça. - ele riu, negando e se levantando.

Vaz: o bagulho vai ser de outro jeito então. - ergui a sobrancelha. - aquela dondoca é tua mulher né?

Eu: se liga porra, tenho mulher não. - falei sério, tentando não demonstrar nervosismo.

Vaz: sei... - mexeu no celular. - a reação dela demonstrava outra coisa. Ae Tecoteco, vai atrás da mina, trás amarrada.

Eu: moço, tu vai mexer com quem tá quieto é? - ele me olhou. - pelo visto não pesquisou direito.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora