4.

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KN.

O bagulho era sinistro mermo, desde menó nunca biquei com Lara. Mina chata, irmão.

Dava vontade de dá um porradão maneiro.

Mas hoje o bagulho tava diferente, tá maluco mané.

O coração parecia tranquilo, não tinha o tal ódio que ficava ali quando eu via ela.

A mina tava toda gatona, trocando ideia.

Neguei, tentando afastar esses bagulho do juízo.

Índio: qual foi, parceiro? - aproximou, me olhando sério.

Eu: tá fumando.. - fechei a cara.

Índio: sou bobo não, KN. - encarei ele. - tô só palmeando tuas olhada na Lara.

Eu: ihhh, qual foi pô? Agora é proibido olhar? - falei já brabo. - se não puder olhar, põe a mina presa na goma, porra. Não fode em, Índio. - ele me olhou.

Índio: foi mal pô, tô maluco já. - neguei.

Eu: fica viajando na minha que logo vai levar uma pra ficar ligeiro. - falei pegando meu copo.

Toddy: já tão se estranhando é? - se aproximei e eu neguei pro meu pai.

Eu: esse zé aí... viajando atoa. - ri fraco. - eu tô suave.

Índio: Lara, pô... essa mina da trabalho demais. - reclamou e eu já dei logo foi um jeito de me afastar.

Tinha paciência pra essas prosa ruim não pô... num puder olhar aí fodeu mermo. Vai ter que da vários tiro nos mano que não parava de olhar. Rum, vai veno.

[..]

Já tava cansadão pô, ia colar maneiro no meu qg.

Tá maluco, aguento esses rolê insano não.

Didi: já tá indo embora? - se aproximou, me olhando.

Eu: tô mãe, cansadão. - resmunguei e ela negou.

Didi: cê tá parecendo um velhote. - fez careta. - a cara do relacionamento sério.

Eu: vai veno. - ri piscando. A mesma negou.

Didi: não gosto dessas conversas. - fechou a cara. - neném de mãe não vai namorar.

Eu: deixa de prosa, coroa. - abracei a mesma de lado. - qualquer bang tu liga.

Didi: tô com seu pai, Kauan. - me encarou.

Eu: ihhh, vou nem falar nada. - fiz careta e a mesma riu.

Lara: você já tá indo? - apareceu do nada. Encarei a mesma e concordei. - pode me dá uma carona? Não aguento mais essa peste do índio enchendo a porra do meu saco. - reclamou e minha mãe me olhou confusa. Ri fraco e dei de ombros.

Eu: bora pô. - ela concordou e saiu na frente. - nem fala nada.

Didi: quero saber. - neguei e sai ligeiro dali.

Sabia que se eu desse estia, a coroa ia surtar.

Pra ser sincero, eu nem tava entendendo o que tava acontecendo nesse baile hoje.

Tudo dando certo. Esquisito demais.

Adentramos no carro e eu dei partida, sai dali cantando pneu.

Eu: estranhão esse clima. - falei baixo.

Lara: uai, que foi? - sorriu de lado.

Eu: nós dois... - neguei, respirando fundo. - tô maluco mermo.

Lara: talvez a paz tenha reinado. - riu. - vai saber.

Eu: fico até grilado com essas coisas. - falei desconfiado.

Lara: ah, para... vai me dizer que não tinha vontade de falar comigo? - falou animada.

Eu: não. - neguei e ela fechou a cara. - tenho ódio de tu pô, quer dizer, tinha... sei lá. - ri fraco.

Lara: chato mesmo. - resmungou.

Eu: mas tu é gente boa pô, leva pro coração não. - ela deu de ombros. - está entregue.

Parei em frente a casa dela, desligando o carro e esperando ela pegar as coisas dela.

Lara: obrigada, queridinho. - sorriu, abrindo a porta do carro.

Eu: ah, de graça assim? - falei brincando e ela me olhou, seria. - tô brincando, ridícula.

Lara: nojento. - fez careta e desceu.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora