52.

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Lara.

A semana passou voando pra um caramba.

Hoje era sextinha, dia de um bailinho bebê.

Acordei já no pique, hoje eu tava bem malandra. Do jeitinho que a gente gosta pra tacar um fogo no mundo.

Nanda: caraca, finalmente te achei em casa. - apareceu na porta do meu quarto, enquanto eu prendia meu biquíni.

Eu: eita que já virou da família mesmo. - ri, olhando pra ela.

Nanda: conversa fiada. - riu. - vai aonde?

Eu: tô querendo pegar uma praia. Bora? - ela concordou.

Nanda: vou chamar o índio. - falou animada e eu neguei rindo.

Eu: vela não, miga. - choraminguei.

Nanda: cadê KN? - me olhou confusa.

Eu: cobrindo um vapor.. - resmunguei. - e a gente discutiu também.

Nanda: a não, chama ele logo e bora. - falou animada.

Nem falei nada, ela ia relutar até eu ceder.

Peguei meu celular e disquei o número do bofe, no terceiro toque ele atendeu.

KN: que foi, Lara? - falou com a voz cansada.

Eu: ocupado? - me olhei no espelho.

KN: acabei de chegar em casa. - ouvi tia Ingrid gritando. - tá precisando de alguma coisa?

Eu: topa uma prainha? - ele suspirou. - só se não tiv... - ele me interrompeu.

KN: fechou, bebê. Só vou tomar uma ducha e colo aí. - sorri e concordei.

Desliguei o celular e vi minha mãe na porta.

Eu: ei... - sorri. - tá aí tem tempo?

Ágata: nada. - deu de ombros. - você não acha que tá na hora de tentar algo?

Eu: sobre? - me fiz de desentendida.

Ágata: não se faz. - fez careta e eu ri fraco. - vai acabar perdendo e depois vai tá chorando.

Eu: vou não. - resmunguei.

Ágata: eu sei o que tô falando. - me olhou. - e te garanto que quando você perder, vai doer pra caramba.

Eu: para mãe. - neguei.

Ágata: tô falando com você, amor. - suspirei. - não quero me intrometer no teu rolo, só tô te falando que tem gente rondando o que é teu. E se você ficar nessa, maltratando e fingindo que não liga, vai acabar perdendo. - olhei pra mesma curiosa.

Eu: quem tá rondando? - falei pensativa. - mais ele deu estia?

Ágata: aí Lara... - me repreendeu. - você tá me escutando? Tá me entendendo? Você não é louca. - respirei fundo, concordando.

Eu: tá bom mãe. Eu sei que tô sendo criança nesse quesito, mas é que tenho medo de me decepcionar. - me defendi.

Ágata: é tentando que a gente descobre. - concordei. - ou você acha que nesse joguinho aí, vai descobrir algo?

Eu: não. - abaixei a cabeça e a mesma se aproximou, levantando e me olhando.

Ágata: KN gosta muito de você. - meu coração acelerou, e eu sorri fraco. - e eu sei que aí também sente o mesmo. Não fica se bloqueando não, vai curtir a vida, amar o tanto que quiser.

Eu: obrigada, mãe. - abracei a mesma. - era isso que eu precisava ouvir. Eu tava em um conflito interno, cheia de dúvidas. - suspirei.

Ágata: faça o que tiver vontade, filha. Se der certo, graças a Deus. E se não der, vamos reconstruir tudo de novo. - a mesma beijou minha testa, e saiu do quarto.

Fiquei um tempinho pensando, e logo neguei indo até meu guarda roupa e pegando uma bolsa.

Coloquei uma muda de roupa, protetor solar, meus documentos e meu celular.

Calcei minha havaianas e logo ouvi a buzina do carro.

Olhei pela janela e KN não cansava de esbanjar luxo. Ri fraco e neguei.

Sai do meu quarto e desci.

Vargas: vai pra onde, cara? - disse brincando.

Eu: praia, Papi. - mandei beijo. - até o baile.

Vargas: oxe, vai chegar antes não? - olhei pra ele.

Eu: vou né, mas capaz do senhor tá lá primeiro que todo mundo. - ele fez careta.

Ágata: piolho de farra. - complementou.

Vargas: complô em rapá. - negou, e eu mandei tchau.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora