28.

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Vargas.

Nem bati cabeça. Tava erradão mermo.

Flashback.

Tudo começou em um dia de reunião com os mano da facção. Bagulho sinistro mermo.

Só coisa fina, Saraiva casado com várias mina do lado.

Piolho com sua dona do lado. Os mano tudo com as Muié, ou então com as amante.

Eu tava ali só pra resolver as questão mermo pô, não tava nem na maldade.

Saraiva logo chegou com um copo de uísque e me entregou. Já encarei o meliante. Ali gostava do mal feito.

Eu: o que tu colocou aqui, malandro? - perguntei sério.

Saraiva: coisa boa irmão, toma logo e bora curtir. - riu.

Eu: tenho que ir pra casa pô, a mulher tá me esperando. - ele me olhou negando.

Saraiva: co foi, Vargas? - fez careta. - bora relembrar os velhos tempos. - riu, me empurrando de leve.

Ergui a sobrancelha e neguei.

De começo queria nada não pô, mas fui na pilha, irmão.

Quando dei por mim, tava muito louco.

Alucinado.

Foquei minhas vistas e vi Paola em cima de mim, sacudi a cabeça e parecia que o bagulho piorava.

Que merda, meu chegado.

[..]

Acordei no outro dia, não lembrava de nada. Olhei pro lado e vi a capeta do meu lado, sem roupa, abraçada em mim.

E eu pelado.

Ihhh caralho. Deu ruim mermo.

Empurrei a garota e catei minha roupa. Caralho.

Paola: já vai? - falou com a voz rouca.

Eu: se esse bagulho sair daqui, eu te caço no inferno. - ameacei ela, que riu.

Paola: não vai sair. - encarei ela, que mexia no celular. - mas quando eu quiser, você tem que vim. - me mostrou as fotos.

Eu: tá maluca, Paola? - agarrei no pescoço dela.

Paola: aí Vargas. - falou manhosa. - não adianta você fazer isso, eu gosto.

Eu: mano, some. - neguei, pegando meu celular e minha carteira.

Paola: eu vou te ligar viu, gostoso. - nem dei confiança.

Depois desse dia, o inferno começou.

Era praticamente todos os dias essa louca fazendo chantagens. E o pior é que eu não lembrava de caralho nenhum. Era tão fácil ter matado né?

Mas ia adiantar de nada, parceiro.

A dona ia morrer, mas mermo assim esse bagulho ia chegar na mão da Ágata.

Eu tava vivendo o pão que o diabo amassou.

[..]

Índio: tá ficando louco mermo em, véio? - comentou, fazendo eu olhar pra ele.

Tody: nem fazendo trabalho espiritual a dona vai te querer. - tragou o baseado.

Eu: tumultua minha mente não. - falei sério.

Cheio de ódio mermo.

Índio: como não? - encarei ele. - tu da um grave desse, cara. Tu num tinha falado com a dona? Que porra tu fez pra ela esparrar desse jeito? - ri negando.

Eu: teu pai sou eu. - ergui a sobrancelha e ele sacudiu o ombro.

Índio: bacana pô, mas não esquece que isso tudo também envolve minha mãe. - falou sério. - se quer viver essa vida de merda, deixa a minha mãe em paz.

Eu: qual foi, índio? - cruzei os braços. - meu bagulho é com ela, e não contigo.

Índio: só te falo isso, deixa minha mãe em paz. - ergui a sobrancelha. - escolheu a cachorrada, então fica com ela. Não teve a capacidade de falar o bagulho que rolou lá.

Tody: pega leve, índio. - falou, e o mesmo respirou fundo. - e tu meu parceiro, vai pôr a cachola pra pensar. E rezar viu, Ágata não vai querer te ver nem de ouro, prata ou bronze.

Respirei fundo. Eu tava fodido, lascado e mal pago.

Minha ficha não tinha caído. Tava atarantado do juízo, doido pra fazer merda.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora