3.

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Lara.

Vargas: pode crê, minha cria. - me olhou, bebericando o líquido do copo. Ergueu a sobrancelha e me olhou. - tu num tem jeito mermo né? Olha o tipo dessa roupa.

Eu: ih, começou. - neguei, me afastando.

Vargas: vou tacar é fogo nesses pedaço de pano. - reclamou. - pega um dinheirão na mão do véi e compra isso? - fechou a cara. - aí eu tenho que ficar vendo esses cuzao olhando pra minha filhota.

Eu: pai, eu já tenho 18 anos. - reclamei.

Vargas: mais é o bebê do pai. - deu de ombros e eu ri fraco.

Logo vi minha mãe subindo pro camarote com a tia Ingrid.

Didi: caraca, cada dia que passa tá mais linda. - falou me abraçando.

Eu: obrigada tia. - sorri, retribuindo o abraço.

Vargas: cadê a purpurina? - falou sério, minha mãe encarou ele e fechou mais ainda a cara.

Didi: aquele viado deve tá dando pra algum envolvido. - riu.

Toddy: caraca, quase não consigo sair da boca. - falou puto. - e aí, minha deusa.

Sorri com todo mundo ali e fui até aonde índio estava... Que por sinal, ainda estava com KN. Mereço né?

Eu; acho que vou pra pista. - resmunguei.

Índio; tu pode sossegar teu faixo aí. - falou sério.

Eu: nossa, como eu te odeio. - neguei.

Índio: fala mermo... - concordei. - quando eu morrer quero ninguém com lágrima de crocodilo em cima do... - interrompi o mesmo.

Eu: vai pro inferno, índio. - dei um tapa no ombro dele, que riu.

KN: e aí, filha do chefe. - olhei pra ele e revirei os olhos.

Eu: não começa. - ele riu e eu bebi meu uísque.

KN: tempo em, que a gente não se via. - ergui a sobrancelha.

Eu: a gente nem se bica, KN. - ri negando. - hoje é um acontecimento totalmente aleatório.

[..]

Era engraçado como eu não tinha tantas amizades por aqui.

Mas pelo menos tinha meu irmão. Meu segurança, meu amigo.

E agora mais essa, KN puxando assunto. Estranho né.

Eu já tava animadinha. Jogando horrores.

Meu pai puto. Minha mãe mais séria que PM querendo matar um.

Tio Eric chegou e arrasou na dança. O único que me acompanhava.

Enquanto papai e índio ficava enchendo o saco.

Eric: aiii, deixa a menina machos escrotos. - falou fingindo estresse.

Vargas: não tumultua, purpurina. - falou sério e tio Eric riu.

Eric: vai resolver seu caso com a digníssima, ela tá puta da vida. - sugeriu e papai encarou tio Eric.

Vargas: me fodi, parceiro. - passou a mão no cavanhaque, observando minha mãe na grade.

Eric: viu, malandro vei podi. - fez careta e riu.

Índio: tá quase mostrando o útero pô. - falou negando.

Eu: me deixa, índio. - resmunguei.

Índio: tô cuidando da minha irmã. - fechou a cara. - olha os cuzao tudo olhando.

Eu: aceita que tem uma irmã linda, bebê. - falei apertando a bochecha dele.

Índio: vai se foder, Lara. - negou, acendendo um baseado.

Vargas; que isso moleque? - chamou atenção. - na minha frente não, aí é sacanagem.

Índio: achei que tinha ido conversar com a mãe. - disse sem graça e meu pai negou rindo.

Sabe quando você sente que tem algo te observando? Era estranho.

Procurei por todos os lados e nada.

Mas como o destino gosta de pregar surpresas, nossos olhares se trombaram. Ergui a sobrancelha e o mesmo nem desviou.

Respirei fundo, devo tá vendo coisa.

A gente nem se bica, gente. O álcool faz a gente ver coisas aonde não tem.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora