Lara.
Vargas: pode crê, minha cria. - me olhou, bebericando o líquido do copo. Ergueu a sobrancelha e me olhou. - tu num tem jeito mermo né? Olha o tipo dessa roupa.
Eu: ih, começou. - neguei, me afastando.
Vargas: vou tacar é fogo nesses pedaço de pano. - reclamou. - pega um dinheirão na mão do véi e compra isso? - fechou a cara. - aí eu tenho que ficar vendo esses cuzao olhando pra minha filhota.
Eu: pai, eu já tenho 18 anos. - reclamei.
Vargas: mais é o bebê do pai. - deu de ombros e eu ri fraco.
Logo vi minha mãe subindo pro camarote com a tia Ingrid.
Didi: caraca, cada dia que passa tá mais linda. - falou me abraçando.
Eu: obrigada tia. - sorri, retribuindo o abraço.
Vargas: cadê a purpurina? - falou sério, minha mãe encarou ele e fechou mais ainda a cara.
Didi: aquele viado deve tá dando pra algum envolvido. - riu.
Toddy: caraca, quase não consigo sair da boca. - falou puto. - e aí, minha deusa.
Sorri com todo mundo ali e fui até aonde índio estava... Que por sinal, ainda estava com KN. Mereço né?
Eu; acho que vou pra pista. - resmunguei.
Índio; tu pode sossegar teu faixo aí. - falou sério.
Eu: nossa, como eu te odeio. - neguei.
Índio: fala mermo... - concordei. - quando eu morrer quero ninguém com lágrima de crocodilo em cima do... - interrompi o mesmo.
Eu: vai pro inferno, índio. - dei um tapa no ombro dele, que riu.
KN: e aí, filha do chefe. - olhei pra ele e revirei os olhos.
Eu: não começa. - ele riu e eu bebi meu uísque.
KN: tempo em, que a gente não se via. - ergui a sobrancelha.
Eu: a gente nem se bica, KN. - ri negando. - hoje é um acontecimento totalmente aleatório.
[..]
Era engraçado como eu não tinha tantas amizades por aqui.
Mas pelo menos tinha meu irmão. Meu segurança, meu amigo.
E agora mais essa, KN puxando assunto. Estranho né.
Eu já tava animadinha. Jogando horrores.
Meu pai puto. Minha mãe mais séria que PM querendo matar um.
Tio Eric chegou e arrasou na dança. O único que me acompanhava.
Enquanto papai e índio ficava enchendo o saco.
Eric: aiii, deixa a menina machos escrotos. - falou fingindo estresse.
Vargas: não tumultua, purpurina. - falou sério e tio Eric riu.
Eric: vai resolver seu caso com a digníssima, ela tá puta da vida. - sugeriu e papai encarou tio Eric.
Vargas: me fodi, parceiro. - passou a mão no cavanhaque, observando minha mãe na grade.
Eric: viu, malandro vei podi. - fez careta e riu.
Índio: tá quase mostrando o útero pô. - falou negando.
Eu: me deixa, índio. - resmunguei.
Índio: tô cuidando da minha irmã. - fechou a cara. - olha os cuzao tudo olhando.
Eu: aceita que tem uma irmã linda, bebê. - falei apertando a bochecha dele.
Índio: vai se foder, Lara. - negou, acendendo um baseado.
Vargas; que isso moleque? - chamou atenção. - na minha frente não, aí é sacanagem.
Índio: achei que tinha ido conversar com a mãe. - disse sem graça e meu pai negou rindo.
Sabe quando você sente que tem algo te observando? Era estranho.
Procurei por todos os lados e nada.
Mas como o destino gosta de pregar surpresas, nossos olhares se trombaram. Ergui a sobrancelha e o mesmo nem desviou.
Respirei fundo, devo tá vendo coisa.
A gente nem se bica, gente. O álcool faz a gente ver coisas aonde não tem.
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𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈. - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜
FanfictionJá não sei quantas vezes arrumou as malas Amamos e brigamos mil vezes ao dia Nem lembro quantas vezes procurei palavras Pra te mostrar aonde nós dois juntos chegaria Não sabe como eu corro pra cuidar de tu Mas é verdade, eu não cuido nem de mim, eu...