67.

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Lara.

1 mês depois...

Ágata: tem certeza que você vai? - disse aos prantos. - ô filha, não deixa a mamãe. - disse caindo no choro de novo.

Eric: que isso Boss? Tá parecendo que a mini Queen tá morrendo. - reclamou, enquanto observava a fila para adentrar no avião.

Vargas: isso é culpa sua, purpurina inxirida. - papai falou, segurando mamãe nos braços. - se essa mulher der um troço, eu vou atrás de você.

Eric: adoro quando você me ameaça. - eu rio fraco. - fico me sentindo importante e amado.

Vargas: vagabunda. - negou.

Eu: mamãe, eu vou voltar. - relembrei ela. - é só alguns meses, que isso cara.

Ágata: eu não quero que você vá. - falou seria.

Eu: mãe... - suspirei e ela abaixou a cabeça. - eu vou ligar todos os dias.

Ágata: promete? - assinto a cabeça em concordância. - tudo bem, fazer o quê.

A mesma suspirou e me envolveu no seu abraço apertado. O único abraço capaz de reconstruir nós.

Me segurei ao máximo para não cair no choro. Eu tava quase desistindo desse intercâmbio, pelo amor de Deus.

Índio: vou sentir saudades, fedorenta. - me abraçou de lado. - vê se não vira uma patricinha enjoada.

Nanda: voltei a estaca zero, sem amigas. - reclamou e eu ri.

Eu: pelo menos tem o o índio, que vale por 10 meninas fofoqueiras. - ela riu. - trouxe? - a mesma concordou e me entregou a sacola. - te amo.

Eric: A GENTE VAI PERDER O VÔO. - gritou, chamando atenção pra nossa rodinha.

Eu: eu amo vocês... Até breve! - me despedi de todos e fomos pro portão de embarque.

[..]

Um misto de sensações.

Eu não tava conseguindo nem ao menos respirar.

O medo desse avião cair, o medo de olhar o resultado. O medo da minha nova vida.

Me olhei no pequeno espelho que havia ali, a cara de apavoro, medo, não sabia nem ao menos explicar.

Batidas na porta me tiraram do transe.

Xxx: Che cazzo, sono svenuti lì dentro? (Que merda, será que desmaiaram ai dentro?) - uma voz rouca totalmente irritada ecoou.

Eu: desculpe-me, já estou saindo. - respondi, pegando os testes de gravidez.

Sim, teste de gravidez.

O porquê daquilo? Porque infelizmente minha menstruação não dava as caras à dois meses.

Custei a ir atrás... De pôr isso na minha cabeça. Mas justo hoje, me deu a louca para fazer um teste.

Peguei o mesmo e já tinha o resultado.

Positivo 1-2 meses.

Merda.

Merda.

Depois de quase desmaiar no banheiro, consegui sobreviver e voltar pro meu assento.

O que eu iria falar pra Eric? Pra minha mãe?

Eu estava totalmente perdida, longe de todos. Ou quase todos.

Eu tava com uma bicha louca, que eu mal sabia como seria a reação dele.

Não. Eu não podia ter aquele filho.

Eu não podia ter mais nenhum contato com aquele garoto. Que merda.

Maldita hora que fui transar sem camisinha, que não me cuidei.

Me fodi.

Me fodi bonito.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora