Lara.
Índio: ae Lara, chama aquela tua amiga lá. - encarei ele. - vai pô, eu te deixo em paz.
Eu: duvido muito. - fiz careta.
Vargas: que amiga? - ergueu a sobrancelha.
Eu: não tem o porquê saber. - fechei a cara.
Vargas: tu nem tem amiga, Lara. - falou sério. - quem é a garota?
Índio: tira o zói rapa, vou ali chamar dona Ágata pra vê se te põe no lugar. - falou rindo.
Vargas: acho que ceis brinca muito pô, e esquece que o pai aqui é eu. - falou sério e me encarou.
KN: é neta da dona Tonha. - falou, chamando a atenção do meu pai. - já puxei ficha pô, veio de BH.
Vargas: e veio porque? - falou curioso.
KN: o pai é drogado, e a mãe morreu. - arregalei os olhos.
Eu: tu procurou saber da vida inteira da menina? - falei incrédula.
KN: lógico, querida. - falou debochado. - ou você acha que a filha do traficante mais pedido do RJ, vai sair fazendo amizade com todo mundo, porque todo mundo tem o coração bom? - negou.
Índio: ah irmão, pega leve. - fechou a cara.
Eu: você é insuportável. E intrometido. - me levantei e apontei pra mim. - me deixa em paz em, no dia que eu surtar e sumir, quero ninguém na minha cola não.
Vargas: volta aqui, Lara. - falou calmo, fazendo eu olhar pro mesmo.
Eu: volto nada. - falei séria. - já avisei uma vez, tô de saco cheio. Vocês se intrometem em tudo. Se eu fiz amizade é porque vi que a garota tava agindo na pureza.
Índio: pô Lara, acalma o ânimo. - tentou apaziguar.
KN: tá muito estressadinha, filha. - ergueu a sobrancelha, me olhando.
Eu: vai se foder, Kauan. - falei baixo, e meu pai riu.
Vargas: é difícil viver em harmonia com vocês dois. - negou, se levantando.
Ágata: o que é isso? - apareceu atrás de mim.
Eu: esse garoto imbecil. - apontei pro KN, que me olhava divertido. - eu te odeio cara.
Neguei e sai dali.
Meus ânimos estavam aflorados, tava preparada pra tudo.
Desci o morro igual um tiro, indo em direção a pracinha.
Aquele garoto me tirava do sério, vontade de meter um socão na boca dele.
Nanda: oxi, que susto. - me olhou.
Eu: tu tava aonde, Fernanda? Tá sumida desde o baile. - ela me olhou.
Nanda: eu? Lara, você sumiu e me deixou com o índio. - reclamou, tomando o açaí.
Encarei ela e neguei.
Nanda: que foi do estresse? - neguei.
Eu: tava tendo uma resenha lá na casa do KN... - contei tudo pra ela, a mesma olhou na minha cara e riu. - vai filha da puta, fica rindo mesmo. - fechei a cara.
Eu mereço.
[..]
Nanda: tua mãe vai achar ruim não? - sussurrou, enquanto eu abria a porta.
Eu: fala direito, peste. - ri. - falando desse jeito tá parecendo que a gente tá aprontando.
Nanda: aí, é a primeira vez que tô vindo dormir na casa de uma amiga. - falou, e eu encarei ela. - que foi? Tô falando sério.
Eu: e eu nunca dormi. - ri, puxando ela e dando de cara com minha família na sala.
A mesma arregalou os olhos, e abaixou a cabeça. Ergui a sobrancelha, fechei a cara e puxei a mesma pra subir.
Ágata: Lara. - chamou, fazendo eu parar no meio da escadaria. - depois desce, quero falar com você.
Eu: tá bom, mãe. - murmurei.
Eu sabia que ia levar uma comida de rabo bonitinho. Estressei atoa. Mas não era possível viver ao lado daquele menino, ainda mais com ele se intrometendo na minha vida.
Nanda: aí, tô passando mal. - suspirou, se abanando. - tá me dando vontade de cagar. - fiz cara de nojo. - vai lá, amiga. Vou aproveitar pra desmaiar.
Eu: tem bom ar no banheiro. - gargalhei.
A mesma mandou um jóia e eu desci, vendo minha mãe sentada na cadeira da mesa, tomando um copo de coca cola.
Eu: oi. - sorri sem graça, e ela apontou pra mesa. Concordei.
Ágata: o que tá acontecendo? - perguntou, dando de ombros e eu olhei pra mesma, confusa.
Eu: não tô entendendo. - ergui a sobrancelha.
Ágata: você tá muito estranha, Lara. - continuei olhando pra ela. - perto do KN você se transforma.
Eu: como se fosse a coisa mais fácil conviver com esse menino. - resmunguei.
Ágata: filha, vocês foram criados juntos. - falou óbvia. - eu exijo pelo menos respeito entre vocês dois, pelo menos finjam na nossa frente.
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𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈. - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜
FanfictionJá não sei quantas vezes arrumou as malas Amamos e brigamos mil vezes ao dia Nem lembro quantas vezes procurei palavras Pra te mostrar aonde nós dois juntos chegaria Não sabe como eu corro pra cuidar de tu Mas é verdade, eu não cuido nem de mim, eu...