98.

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Índio.

Ódio mané, era tudo que eu tinha dentro de mim.

Mulher é bicho que ninguém entende mermo.

Cheguei em casa irado. Adentrei na mesma e bati a porta, e nem foi por mal pô. Só não medi força.

Ágata: quando quebrar, eu dou ideia pro teu pai que tu vai pagar. - falou me olhando do balcão. Encarei ela e fiquei calado. - que bicho te mordeu?

Eu: antes fosse um bicho. - respondi sério.

Ágata: ihhhh.. - negou, dando um gole em algo.

Eu: fui seguir o conselho da senhora, faltei foi levar tiro no meio da favela. - neguei. - nunca mais, parceira.

Ágata: fala direito com tua mãe. - me olhou feio e eu suspirei, passando a mão na cabeça.

Tava neurótico pô.

Logo vi KN descendo as escadas, e logo em seguida, Lara.

Ergui a sobrancelha, mas fiquei calado.

Eu: voltaram? - encarei os dois e Lara olhou sem graça.

Lara: não. - respondeu rápido.

KN: tá mais fácil você começar a namorar, meu chapa. - falou bravo.

Eu: me põe no meio disso não. - falei sem paciência. - tô quase virando padre.

O celular da Lara começou a tocar, a mesma olhou o visor e ergueu a sobrancelha.

Lara: discutiu com a Nanda né? - me encarou.

Eu: eu? - neguei, e a mesma concordou. - não pô, tô de boa.

Ela riu e saiu de perto indo atender o celular.

KN: o que tá pegando? - me cutucou, olhando curioso.

Eu: sai pá lá, fofoqueiro. - empurrei ele de leve, que fechou a cara.

KN: cuzao do carai. - saiu de perto.

Neguei e subi pro meu quarto. Queria prosear com ninguém mais não.

[..]

Acordei mais tranquilo. Mas nada tirava da minha mente e pé na bunda que eu levei.

Que sacanagem, parceiro.

E eu achando que era a mina certa. Rum, vai vendo.

Quero saber de muié nem tão cedo na minha vida, tá maluco irmão, tudo víbora.

Levantei e fui tomar uma ducha, tava afim de tomar uma gelada, só pra distrair.

Assim fiz, tomei meu banho tranquilo, sai enrolado na toalha e já fui catando meus traje.

Coloquei uma box branca, vesti minhas bermuda jeans, uma regata e minha kenner, olhei no espelho e tava bonitão mermo.

Passei desodorante, hidratante e perfume

Arrumei o cabelo.

Coloquei uma corrente fininha de ouro e um Rolex, brabo demais.

Peguei minha pistola e coloquei na cintura, catei minha carteira e meu celular.

Desci as escadas e vi o coroa no sofá, tomando uma corona.

Vargas: vagabundo trabalha mar não é? - disse ainda olhando pra tv.

Eu: tem olho nas costas é? - fiz careta e ele me olhou de relance.

Vargas: aqui num dorme na caminhada não, fiote. - falou sério. - tô só na tua cola, vai achando que é mamão.

Eu: tô tirando uma folga, não sufoca o artista. - ele me olhou debochado e negou.

Vargas: vai levar só um no zói. - mostrou a mão fechada e eu ri.

Eu: tu anda muito estressado, meu bom. - neguei e ele mandou dedo. - tô indo no barzinho, só pra avisar mermo.

Vargas: pode crê. - mandou jóia e voltou a assistir.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora