35.

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KN.

Pô, vou mentir não... O pai ficou mexido pra caralho. Dessa vez, cai na minha própria armadilha.

Nunca que eu pensei que ia levar uma chave de perna, mas a garota é do caralho mermo.

A única saída foi me afastar.

Tá maluco, acordo pensando e vou dormir pensando na maldita. Que porra foi essa mermo?

Eu não fui atrás, e também não esperava que ela viesse atrás. Ela deixou bem claro, e tá ligado né? Não tiro a razão dela.

Vic: tá pensando no quê? - me encarou.

Eu: nada não pô. - falei sério, fumando meu baseado.

Vic: Aí KN, tem é dias que você tá viajando na maionese. - reclamou. - parece até que tá aqui comigo pra esquecer alguém.

Eu: não tumultua pô... Vai estragar o momento de paz que a gente tá tendo. - resmunguei.

Vic: paz só se for pra você. - ergui a sobrancelha, me estressando. - se for pra ficar assim, pode ir pra casa.

Eu: e eu vou mermo pô, tô aqui pra ficar na paz contigo e tu fica nessa conversa fiada... - me levantei, catando minha camiseta. - si fude pa lá pô.

Nem deixei ela responder, peguei meu celular, minha carteira e a chave do carro.

Não tava afim de tumulto na minha mente. Estressadinho mermo que eu tava.

Doido pra fazer uma merda.

Depois que eu vi Lara cheia de conversa com aquele pau no cu do Ruí, fiquei puto pô. Índio ficou gastando com minha cara e eu sai voado.

Molecagem mermo.

Vou ter que ir atrás dessa larapia.

Estacionei, e desci do carro.

Logo a maresia bateu no meu rosto. Finalmente paz.

Fui pra um quiosque e me sentei ali. Pedi uma cerveja e fiquei na paz.

Digitei o número da feiticeira, e nada dela atender.

Digitei o número da minha mãe, que no terceiro toque, atendeu.

Didi: tu tá sabendo do tal baile? - falou seria.

Eu: Lara e a boca de sacola. - resmunguei. - Vargas resolveu em cima da hora.

Didi: e porque teu pai não comentou nada? - falou, querendo alterar.

Eu: relaxa que o coroa não tá aprontando. - ela suspirou. - a senhora sabe com é o Vargas né? Jogou tudo pra cima dele. Tá lá doidinho da cachola.

Didi: depois que eu falo que vou matar um, ninguém acredita. - reclamou.

Lara: DESLIGA ISSO. - gritou.

Eric: NÃO TEMOS PAZ NEM PRA TOMAR UM VINHO. - eu ri.

Eu: mãe, desliga não. - ela riu. - quero falar com a Lara... Liguei pra ela, mas não atende. - falei fingindo manha e a ligação ficou muda. Olhei pro visor e logo escuto a voz dela.

Lara: não acredito nisso. - falou séria. - cara, você tá doido?

Eu: pelo seu celular não atende. - falei óbvio e ela bufou. - pô Larinha...

Lara: KN, agora eles vão encher o meu saco. - falou apavorada.

Eu: posso te buscar? - ela ficou calada. - diz que sim, Larinha... mó saudade de tu!!

Lara: você me paga.. - ameaçou. e eu ri fraco. - não demora.

Ela nem esperou eu responder e desligou na minha cara.

Ergui a sobrancelha e fiquei um tempinho encarando o celular, que loucura.

Logo eu, malandro criado indo atrás de um rabo de saia.

Tô até vendo o final disso tudo.

Suspirei, e fui pagar o irmão do quiosque.

Xxx: seu troco, senhor. - falou alto.

Eu: é teu, irmão. Valeu aí. - mandei um jóia e fui até meu carro.

Adentrei no mesmo, dei partida e sai dali a milhão. Rumo a felicidade, nem que seja por alguns minutos né

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora