11.

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Lara.

Passamos 3 dias juntos. Mas sem caô, eu preferia ter ficado na rua. Nem o cão merecia um tratamento esquisito daqueles.

O garoto me evitava de todas as formas, me dava respostinhas, a coisa mais ridícula do mundo.

3 dias sem nenhuma informação, 3 dias com aquele macho estranho.

Tomei meu banho e coloquei meu baby Doll de renda. Ele havia saído em busca de alguma informação, então desci até a cozinha só com uma toalha na cabeça.

Comecei a cantarolar uma música aleatória e fiz um capuccino, gostava muito.

Terminei tudo, ajeitei as coisas e quando me viro, vejo o mesmo ali, me olhando como se a qualquer momento fosse me atacar.

Senti até um frio na barriga.

Eu: achei que você tava na rua. - comentei, tirando a toalha da cabeça e me enrolando.

KN: como se eu não tivesse visto. - me olhou, dando de ombros.

Eu: vai se danar, Kauan. - falei me estressando.

Eu já tava era farta desses tratamentos. Esse garoto era bipolar.

KN: ué, mais cê tá nervosa? - riu, me analisando.

Eu: você é um palhaço. - suspirei negando. - tô contando os minutos pra minha mãe ligar e dizer que já pode subir a favela.

KN: tu tá achando que eu tô adorando estar aqui contigo? - riu. - ainda mais preso.

Eu: eu não tô achando nada. - dei de ombros. - achei que pelo menos educação a tia Ingrid tinha te dado. Mas pelo visto, tu fugiu na hora do ensinamento. Tchau.

Nem esperei ele responder e sai da cozinha, com meu copo.

Não sei o que aconteceu, só sei que senti o impacto dos nossos corpos se chocando... Olhei pro mesmo assustada, enquanto uma mão segurava meu pulso, e a outra mão já estava na minha cintura.

Eu: tá ficando doido? - sussurrei, sentindo meu coração errando as batidas.

KN: tô pô... tô doido pra caralho. - sua voz rouca ecoou. - tu acha que eu vou ficar normal tendo você na minha companhia? - fiquei calada, o mesmo me olhava.

O olhar cheio de desejo, luxúria. Já tava me dando até falta de ar.

Eu: para KN. - suspirei.

KN: tô fazendo nada, Lara. - olhei pro mesmo, respirando fundo.

Eu: então me solta. - ele me olhou, negando.

Fechei os olhos, tentando manter o foco, mas era impossível. Tinha cabimento um negócio desses não.

Só senti o hálito quente saindo de sua boca, enquanto tocava meu pescoço. Pronto, matou a mulher.

Ele distribuía vários beijos quentes pelo meu pescoço, enquanto apertava minha cintura. Se um dia eu reclamei dessas pegadas, eu retiro.

Minha respiração ofegante, o tesão acumulado. Eu ia atacar esse macho.

Logo ele parou os beijos e colocou sua mão no meu pescoço, me puxando para iniciar um beijo.

O beijo era cheio de desejo, dessa vez, parecia até melhor que o primeiro.

A língua sincronizada, com direito a mordidas nos lábios e tudo mais.

[..]

Eu: isso é tão errado. - murmurei, vendo ele tirar meus minúsculos panos.

KN: errado porque? - me olhou. - a gente não tá roubando e nem matando. - falou divertido, enquanto olhava cada centímetro do meu corpo.

Eu: e se alguém chegar? - ele me olhou pensativo.

KN: vira essa boca pra lá, pô. - resmungou e logo a campainha toca. Ele me olhou confuso. - porra Lara.

A campainha não parava de tocar. Parecia até que tavam fugindo de algo.

Meu corpo ficou rígido, e KN logo vestiu a bermuda e a camiseta, respirando fundo.

Eu: já desço. - murmurei.

Ele concordou, fechou a porta e desceu as pressas.

Fiquei um tempo na cama, tentando voltar ao normal. Logo escutei a voz do meu pai.

Arregalei os olhos e me levantei indo direto pro banheiro.

Vargas: morreu aí, Lara? - falou sério.

Eu: não né pai. - respondi. - acabei de entrar.

Vargas: então tava cagando. - falou pensativo. - KN disse que tem horas que cê tá aí dentro.

Ágata: deixa a menina, Renan. - resmungou.

Vargas: quero ver essa cobrinha. - disse se defendendo.

Eu: PAIII, EU TO AQUI. - gritei, me defendendo.

Ágata: vamos esperar lá na sala. - falou. - não demora.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora