40.

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Lara.

Tendi legal não... Tava fazendo cena pra me fazer ciúmes? Aiai.

Fiquei só observando aquela papagaiada. Não gostei mesmo.

Não posso nem fazer um doce que o cara já cai fora... Nam, bicho vei podi.

Ruí: e aí, Larinha. - chegou animado. Sorri fraco.

Eu: oi Ruí. - olhei em direção que KN tava. - tá na hora de curtir né? - ele concordou.

Ruí: pois é pô, tá acompanhada? - olhei pra ele e desviei o olhar, vendo KN vindo na nossa direção igual furacão.

Eric: FALA LARINHA... - chegou dançando.

Eu: oi tio. - sorri, abraçando o mesmo.

Eric: vou roubar ela um pouquinho, tá? - olhou pro Ruí, que concordou sem graça.

Agradeci mentalmente, e tio Eric me arrastou dali.

Eu: caraca, me livrou legal. - ri.

Eric: o bofe tá igual touro. - murmurou apontando disfarçadamente.

Olhei, e vi KN todo sério. Cheio de marra. Encarando Ruí.

Índio se aproximou e falou algo, que fez o mesmo negar e da um trago no baseado que índio entregou.

Respirei fundo negando. Que loucura.

Nanda: tá doida, cara? Ia arrumar uma treta grande. - riu.

Eu: aí mana, e eu nem fui fazer cena. - fiz careta.

Ingrid: você vai deixar meu filhote doido. - neguei.

Ágata: me arrependi de ter vindo. - resmunguei.

Eric: aí, queta teu facho... - falou sério. - a senhora tem que mostrar que tá bem. - ela suspirou. - olha lá, o vagabundo tá vivendo e você querendo ficar em casa mofando.

Eu: tem razão. - concordei e a mesma bufou. - enquanto vocês não sentar igual gente grande, vai ficar vivendo assim. - tio Eric me olhou. - o que? Eles nem tiveram a chance de conversar tranquilamente.

Ágata: e nem quero. - me olhou. - tô afim de desculpinha esfarrapada não. - passou a mão no rosto. - e eu acho que isso tudo aqui, não é mais pra mim.

Didi: aí, hora dessa? - falou. - vamos curtir hoje, amanhã você resolve o que vai fazer da vida. Sério amiga. - minha mãe concordou e eu fiquei calada.

Não entendi a questão do "não é mais pra mim", mas também não vou encucar com isso.

Procurei KN com o olhar e o mesmo tava conversando com a garota.

Que bicho cara de pau.

Eu: aí gente, sério... tem que ter muita mente pra entender. - reclamei.

Eric: nem bate cabeça querendo entender. - olhei pro mesmo e ri.

Só concordei e fui encher meu copo.

Quando eu tava voltando pro local que eu tava, a mesma garota que conversava com KN esbarrou em mim, quase derramando a bebida na minha roupa.

Ergui a sobrancelha e a mesma me olhou com deboche.

Xxx: ué, pelo visto não tá enxergando. - cruzou os braços, me encarando.

Eu: e você tá com o olho no cu. - peitei ela. - tá ficando louca, garota?

Xxx: primeiro que eu nem te conheço.. - ergui a sobrancelha. - segundo que eu vi você encarando o macho que eu tô afim. - neguei rindo. - e terceiro, você que esbarrou em mim.

Eu: aí garota, me erra. - empurrei a mesma de leve pra passar.

A mesma segurou meu braço, fazendo as unhas fincar na pele.

Respirei fundo e joguei meu copo de bebida nela.

Logo ela me soltou, limpando o rosto. Não pensei nem duas vezes e voei em cima dela.

Eu: cria vergonha nessa tua cara de piranha, porra. - comecei a dar sequência de murro na cara dela.

Enquanto a mesma tentava puxar meus cabelos, e gritava.

Eu fiquei cega real. E nem era por causa de KN. Na verdade, tinha até um percentual, mas o auge foi me apertar com aquelas unhas.

Qual foi? Tá me tirando mesmo.

Ela tentava sair de baixo de mim, mas eu tava era cega.

O pessoal tudo tentando me tirar de cima dela, até eu ouvir um barulho de tiro.

Parei na hora, olhando pra trás e vendo meu pai furioso.

Vargas: que porra, Lara. - sua voz rouca ecoou.

Eu: porra não, ela que começou. - falei me levantando com a ajudar dele.

Vargas: quem é tu, garota do inferno? - encarou a menina no chão. - porra, mermão. - catou o radin. - fala bola... pega a garota aqui e leva pra salinha.

Xxx: quê? - falou rapidamente. - não. me desculpa.

Vargas: desculpa porra nenhuma não. - falou sério. - tu num procura saber dos caô, parceira. Mexendo com a filha do chefe. Fode não.

Ágata: você tá bem? - falou se aproximando, me analisando.

Vargas: tô bem, amor. - respondeu todo cheio de charme, minha mãe encarou ele e revirou os olhos.

Ágata: não tô falando contigo, inxirido. - fez careta.

Eu: tô bem, mãe. - suspirei.

Minha mãe me puxou pro canto, enquanto bola pegou a garota e tirou dali.

De longe vi KN me encarando. Revirei os olhos e desviei olhar.

Inferno.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora