65.

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Lara.

Eric: a não, cadê o gerente desse local? - resmungou e a cadela me olhou curiosa.

Respirei fundo vendo a mesma se aproximando e colocando um sorrisinho no rosto.

Vic: achei que você estaria sofrendo. - riu. - tinha dias que não te via.

Eu: continua fingindo que não me vê. - falei séria.

Vic: eu te avisei né? - encarei ela. - KN sempre foi e sempre vai ser meu.

Ágata: olha aqui, garota. - ela olhou assustada pra minha mãe. - Quem você pensa que é?

Vic: opssss. - riu, se afastando.

Eu: tá tudo bem, mãe. - passei a mão no rosto. - não tô afim de confusão.

Minha mãe ficou lá soltando fogo pelas venta. Mas o que eu posso fazer? A garota não tava errada né? Sempre foi assim.

Ficamos a tarde todinha ali, e eu só queria me enfiar num buraco e nunca mais sair de lá.

Era engraçado como eu era filha de traficante, e vivia como uma burguesa safada.

Lógico né? Até porque uma coisa não tinha a ver com a outra.

Em um momento o pessoal se afastou deixando eu e tio Eric pra trás, logo o mesmo veio com uns assuntos estranhos.

Eric: olha, Lara... - começou. - eu não sei se você vai aceitar, mas é que no começo do mês eu vou pra Itália. A Queen virou onça, até me ameaçou, mas eu não vou ficar sentada chupando dedo enquanto você fica sofrendo. Se caso quiser ir, convite feito. - sorriu e eu olhei pro mesmo, confusa.

Eu: e ela não vai ficar sabendo? - ri fraco.

Eric: com ela eu me resolvo depois. - riu. - lá tem uns bofes babadeiros.

Ágata: espero que você não esteja falando abobrinha, Eric. - apareceu desconfiada.

Eu: tá tudo bem, mãe. - defendi Eric, rindo fraco.

Nanda: nossa, eu tô super cansada. - reclamou.

[..]

O convite não saia da minha cabeça. É uma boa ideia, a coisa ruim é que seria do outro lado do continente.

Será que eu iria conseguir? Uma mágoa, e sai na doida assim.

Me sentei na cama, respirando fundo. Tava doida de vontade para comer uma empada que derretia na boca. E pra minha infelicidade, não tinha ninguém em casa.

Peguei 10$ que tava no criado mudo e sai de casa, indo em direção ao bar que vendia a bendita empada.

Fui caminhando na santa paz, ainda bem o sol ja tinha ido descansar a beleza.

Ruí: e aí, laroca. - olhei pro mesmo, assentindo. - como tá as coisas?

Eu: tá tudo certo. - respondi.

Ruí: tava sumida pô. - fiquei calada. - não tá afim de papo?

Eu: ah, tá tão na cara assim? - forcei um sorriso. - foi mal, não tô nos meus melhores dias.

Ruí: relaxa pô, é assim mermo. - concordei. - tá indo no bar?

Eu: é. - sorri de lado. - tava afim de comer uma empada, a boca chega tá salivando.

Ruí: ihhh... - riu e eu olhei pro mesmo.

Eu: o que foi? - franzi o cenho.

Ruí: não, nada. - negou e eu bufei. - será que eu tenho algum horário nessa tua agenda? - encarei ele. - não tô com intenções não pô, só quero te levar pra curtir uma praia.

Eu: eu entro em contato com você. - cortei o mesmo. - valeu pela companhia.

Logo parei no barzinho e adentrei, fiz meu pedido e fiquei ali aguardando.

Sabe quando você não tá no seu dia de sorte? O dia que o diabo abre a porta dos infernos e libera a passagem dos seus secretários? Pois é.

KN: quando é que você vai ter uma conversa decente comigo? - falou atrás de mim, fazendo meu coração palpitar.

Eu: nunca. - murmurei, sem nem ao menos olhar.

KN: pô Larinha. - suspirou, e eu neguei.

Eu: pra você, é Lara. - encarei ele. - e faça-me o favor de nem dirigir a palavra em minha direção. - peguei o meu pedido, paguei e sai dali.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora