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Lara.

Já marcava 22:50 da noite.

A favela tava tranquila, isso era sinal de paz, nem que seja por alguns dias.

Sai do banheiro enrolada no roupão, com a toalha na cabeça. Tinha me dado a permissão de ter um banhozinho premium.

Ergui a sobrancelha vendo que a janela estava aberta. Eu tinha fechado antes de entrar no banheiro.

Eu: tô ficando é doida mesmo. - resmunguei, indo fechar a mesma.

Assim que cheguei na mesma, vi KN fumando um baseado.

Arregalei os olhos e soltei um gritinho.

Vargas: QUE FOI, PORRA? - gritou da porta, assustado.

Eu: nada pai. - tampei a boca. - uma barata, mas ela já fugiu.

KN: cínica. - riu, tragando o cigarro.

Eu: você tá louco? - falei óbvia. - fumando aqui, porra KN.

KN: até parece que ninguém sabe de nós dois. - deu de ombros e eu fiz careta. - qual foi? Falei que ia vim resolver aquele bagulho contigo.

Eu: não quero resolver nada. - falei desviando do assunto.

Ele me olhou desconfiado, e negou, ficando calado.

Bufei e voltei pro meu quarto.

Meu coração parecia que ia saltar com a presença dele, aí meu Deus.

Peguei uma calcinha e meu pijama, vesti os mesmos e fui passar desodorante e creme hidratante.

KN: pra que isso tudo? - me olhou, tirando a camiseta.

Eu: tomou banho hoje, pra tá querendo deitar na minha cama? - encarei ele pelo espelho.

KN: chata pá um caralho. - falou sério.

Eu: chata não, troquei esse lençol tem dois dias. - reclamei e ele me olhou.

KN: lógico que tomei banho, Lara. - falou óbvio. - se liga pô, tá achando que sou esses fidido que tu anda? - encarei ele, rindo.

Eu: e com quem eu tô andando, maluco? - ergui a sobrancelha, e olhei pra ele.

KN: sei lá. - respondeu rápido, dando de ombros.

Fiquei um tempinho olhando ele, e neguei, rindo fraco.

Era cada uma, que parecia duas.

Penteei meu cabelo, e fui estender a toalha.

Liguei o ar, e a tv e fui até a cama.

O mesmo mexia no celular, e quando me aproximei, fingiu que não me viu.

Vê se posso com isso?

Eu: vai pra tua casa. - falei trocando os canais.

KN: vou ficar com minha muié. - deu de ombros e eu prendi minha respiração.

Eu: tá no lugar errado, filho. - encarei ele, que me olhou irônico. - palhaçada.

KN: para de brigar um pouco, cara. - falou rouco, me puxando pela nuca. - tu num cansa não? Tá maluco. - sussurrou com sua boca próximo a minha.

Eu: canso não. - respondi baixo.

Aquele homem me deixava fraquinha, lenta do raciocínio, não dá.

Logo a perseguida começou a dar sinal de vida... mas como eu perdi o neném, o médico pediu repouso!

Parei o beijo quando vi as mãos dele descendo até minha intimidade. O mesmo me olhou confuso, e eu fechei a cara.

Eu: não posso. - ele ia me responder e eu neguei. - tô de resguardo, o médico pediu pra não ter contato sexual.

KN: ideia? - assenti e ele ficou calado. - só no beijo mermo, ihhh.

Eu: vai comer outra então. - falei séria e ele riu.

KN: quero comer é você. - falou no meu ouvido, fazendo eu me arrepiar. Suspirei, fechando os olhos.

Maldito seja esse homem.

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Estou pensando em como finalizar essa web, mores... Qual vai ser o rumo e tals. Desculpa a enrola, vai dá certo!

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora