𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈. - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜

61.

Lara.

Cinco meses depois.

A vida tava uma correria louca.

Meu relacionamento tava uma loucura total.

KN virou um louco obsessivo, tudo quer brigar. Tu entende alguma coisa? Eu juro que tento entender, mas se eu vou até na esquina, o bofe surta.

Eu acho estranho essas coisas, ainda mais uma pessoa que queria esse relacionamento mais que tudo, e na primeira oportunidade fica nessas noia.

Eu realmente tava ficando farta daquilo. E olha que não são nem 5 anos, são 5 meses.. se agora tá assim, imagina quando a gente se casar? Quero mais não.

KN: tava aonde? - me olhou e eu nem respondi. - tô falando contigo, cara.

Eu: cara, deixa o meu juízo em paz, pelo menos um pouquinho. - reclamei e ele me olhou, ficando quieto.

KN: qual foi Lara? Tá enjoada já? - encarei o mesmo, negando. Não acredito no que tô ouvindo, sério mesmo.

Eu: você quer mesmo saber? - ele continuou me olhando. - tô enjoada sim, porra cara.. - respirei fundo. - tu ficou aquele tempo na minha cola querendo coisa séria, e agora fica desconfiando de mim? Me respeita, se fosse pra sacanear, eu nem tinha aceitado isso tudo. - o mesmo passa a mão no rosto. - quem muito desconfia, é porque tá aprontando.

KN: de onde tu tirou isso? - me encarou.

Eu: ué, meu querido. - dei de ombros. - as tuas ações diz isso né. Aí fica achando que eu vou fazer algo contigo.

KN: eu não tô aprontando porra nenhuma, Lara. - falou estressado.

Eu: pouco importa. - neguei, e sai dali.

A reação dele só me confirma tudo. Ele tava aprontando sim.

Não tem condições uma coisa dessa não.

Eu só posso ser otária. Palhaça.

Cheguei em casa igual um furacão. Num estresse fora do normal.

Vargas: já brigou com KN? - me olhou enquanto dava um gole na cerveja.

Eu: como sempre. - dei de ombros, indo em direção a cozinha.

Encontro minha mãe ali, fazendo o almoço. A mesma me olha, mas fica calada.

Respiro fundo, preciso conversar com alguém, se não eu vou enlouquecer.

Eu: depois que a senhora terminar aí, podemos conversar? - ela concorda. - vou esperar lá fora.

Deixei a mesma ali e fui pra área de lazer. Meu coração parecia que ia explodir, sensação estranha.

Até mês passado tava tudo tranquilo, e do nada, parece que tudo vira um inferno.

[..]

Ágata: nossa, demorou mais do que eu pensei. - apareceu.

Eu: tudo bem. - dei um sorriso forçado e ela me olhou desconfiada. Bati na cadeira ao meu lado e ela se sentou.

Ágata: o que houve? Que cara é essa? - continuou me olhando.

Eu: acho que KN tá me traindo. - ela me olhou com o olhar de quem já sabia. - já sabia?

Ágata: não sei de nada. - negou. - eu só ouvi teu pai e teu irmão conversando sobre algo desse tipo. - me encarou. - só que eu não acreditei né. KN vivia na tua cola querendo esse relacionamento e do nada vai dar uma dessas?

Eu: não acredito. - sinto uma tristeza enorme no meu peito. - porque ninguém me fala nada? O relacionamento é meu. Poxa. - senti uma lágrima quente rolar, neguei limpando a mesma.

Ágata: eu me sinto pior que você, filha. - olho pra ela. - eu que falei pra você tentar esse relacionamento. Achei que iria ser bom pra vocês, mas pelo visto, homem fazendo homice. - neguei.

Não acredito nisso tudo. Não quero acreditar. Eu poderia ter seguido minha intuição e não ter começado nem sequer essas graça toda.

Vargas: o que tá pegando? - encaro meu pai, que tava na porta.

Eu: nem pro senhor me falar né? - dei uma risada nervosa. - depois vem com conversinha de que quer me ver bem.

Vargas: não tô entendendo. - passou a mão na cabeça e minha mãe encarou ele.

Ágata: pode falar, estrupício. - falou séria. - aquele menino tá sacaneando ela né?

Vargas: ah mano. - negou, respirando fundo. - eu fiquei sabendo esses dias pô, ia mandar os moleque ir atrás pra confirmar.

Eu: tem é dias que ele tá enchendo meu saco. - meu pai me olha. - desconfiando até do vento. Eu sei que quando a pessoa começa a cobrar coisas nada a ver, é porque ela mesma está fazendo isso. - suspirei. - hoje eu joguei tudo pra fora, ele ficou todo estressado. Sério, que inferno.