18.

1.4K 129 16
                                    

Lara.

O beijo super fogoso, cheio de desejo, tinha química, física, matemática... Coisa boa.

Ele me apertava contra seu corpo, e eu já sentia seu pau duro na minha coxa. Caraca.

Tudo bem que eu disse que amanhã era outro dia, mas eu tô sentindo cheiro de confusão. Cheiro de que vou virar emocionada. E eu não queria isso, não mesmo.

O povo fala, é na raiva que nasce o amor, e pra ser sincera, tô querendo isso não.

Aticei ele até onde consegui. Ele tentava tirar minha roupa e eu desviava. Parecia até adolescente virgem fugindo de pica.

KN: Col foi, Lara? - sua voz rouca ecoou. - tá só atiçando pô, vai fazer nada não? - me olhou sério.

Eu: me deu dor de cabeça. - menti e ele me olhou desconfiado.

KN: eu falei pô, falei pra gente dormir. - riu fraco, negando.

Eu: desculpa... - sussurrei.

Meu coração parecia querer saltar pra fora. O corpo queria, mas a mente se negava.

KN: tranquilo.. - respondeu. - bora dormir que já me estressei demais hoje. - resmungou.

Só fiquei calada, enquanto me ajeitava no peitoral dele.

Ele ficou um tempo fazendo cafuné em mim, e logo adormeci.

[..]

Acordei com o som nas alturas. Abri os olhos e tinha uma brecha na cortina, mostrando que já havia amanhecido. Respirei fundo e lembrei que havia dormido com KN. Arregalei os olhos e logo vi ele se mexendo.

Ê cachaça.

Resmunguei e me levantei as pressas, peguei minhas roupas e coloquei-as no lugar que estava a blusa que usava.

Merda, merda.

Molhei o rosto e peguei meu celular e desci.

Dei graças a Deus por não ter ninguém na sala, piquei o pé correndo até o portão.

Eu: vocês não me viram, já é? - falei pros vapores que estava ali na frente.

Xxx: chefe tava te caçando. - deu de ombros.

Eu: não me viu também. - ele riu. - é sério pô.

Xx2: suave pô, vai pela sombra. - dei um cutucão no cara.

Agradeci mentalmente e subi aquela ladeira enorme.

Certeza que eu tava pagando pelos meus pecados. Por ter instigado KN, por ter dado perdido, aí Deus.

Nunca agradeci tanto quando cheguei em frente a minha casa. Nossa senhora.

Adentrei igual foguete, indo em direção ao meu quarto.

Vargas: tu mermo. - sua voz ecoou, me fazendo paralisar. - essa porra virou bagunça mermo pô. Tu dormiu aonde?

Eu: oi pai. - virei, olhando pra ele. Dando um sorriso nervoso. Ele só concordou. - eu dormi... dormi lá na... - ele negou.

Vargas: nessa escola aí, eu já fui expulso. - ergueu a sobrancelha. - vou perguntar de novo não.. acata tuas ideia, tá vacilando pra caralho.

Eu: eu não tava aprontando. - fechei a cara.

Vargas: cara feia pá mim é fome, tu tá ligada... - apontou pra mim. - vou ficar na tua cola pô, tá saidinha demais.

Eu: pai, eu já sou maior. - o mesmo riu negando. - para de deboche.

Vargas: tá debaixo do meu teto pô, tem essa de ser maior não. - falou despreocupado. - ou é do meu jeito, ou não é de jeito nenhum, entendeu?

Eu: tá pai. - resmunguei. - posso ir pro meu quarto? Ou é do senhor também? - ironizei.

Vargas: vai veno... - me olhou sério.

Ele saiu dali sem nem ao menos me responder. Bufei e fui pro meu quarto.

Mais essa agora.

Tranquei o mesmo, e fui direto tomar um banho, tava precisando.

As imagens da madrugada invadiram meus pensamentos, me deixando desnorteada. Que merda eu tava fazendo?

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹𝑒 𝒶 𝓃𝑜𝓈.   - 𝟤° 𝒯𝐸𝑀𝒫𝒪𝑅𝒜𝒟𝒜Onde histórias criam vida. Descubra agora