Resgatada pelo mafioso - Livro Um

VINTE E QUATRO - CHIARA

Ouço minha própria voz soluçante, pedindo para ele parar, para me libertar desse pesadelo. Mas suas investidas não cessam, e a mistura de dor e prazer cresce dentro de mim, construindo uma tensão que não sei como controlar. Cada toque, cada movimento, é como uma faca que corta minha alma. E em meio a essa tormenta, uma parte pequena e reprimida de mim mesma ousa imaginar o que seria ceder, o que seria permitir que meu corpo respondesse da forma que ele quer.

Mas a luta interna continua, e eu me agarro a qualquer fragmento de resistência que resta dentro de mim, mesmo que isso signifique sofrer ainda mais.

— Você é perfeita, Chiara. Seu corpo reage de maneira tão intensa, tão deliciosa... — Dário diz, sua voz ecoando em meus ouvidos como uma provocação cruel.

Sinto o tremor percorrer meu corpo enquanto suas palavras se entrelaçam com suas investidas implacáveis. Cada palavra parece mergulhar mais fundo em minha mente, ampliando a confusão de sentimentos que eu luto para compreender.

As palavras dele, misturadas com a sensação da penetração, provocam uma batalha interna dentro de mim. O desejo de negar, de resistir, luta contra a sensação perturbadora de prazer que se agita em meu âmago.

Minha mente está em turbulência, meu corpo está em chamas, e o constante movimento dele dentro de mim me mantém à beira do desespero. Não quero admitir que algo em mim responde a essa tortura, que mesmo em meio ao sofrimento, há uma chama inquietante de excitação.

Mas não posso deixar que ele veja essa fraqueza. Apesar da dor, do medo, da vergonha, preciso manter uma fachada de resistência. Ele não pode me quebrar completamente, não importa o quanto tente.

— Pare, Dário... por favor... — imploro, minha voz um fio frágil de desespero.

Mas ele continua, sua determinação evidente em cada investida, em cada palavra. Sinto a tensão se acumulando dentro de mim, construindo uma pressão quase insuportável que parece prestes a explodir.

Minha mente é um caos de emoções, uma luta entre a vontade de resistir e o impulso de ceder. As lágrimas continuam a escorrer, misturando-se à sensação de um prazer sombrio e avassalador. E, mesmo que eu negue para mim mesma, a verdade é que, de alguma maneira doentia e retorcida, ele está conseguindo mexer com algo dentro de mim que eu nunca admitiria em voz alta. Estou sendo dominada por ele, por essa situação insana que me consome de maneira inesperada e terrível.

As investidas de Dário continuam, e minha mente está uma tempestade de sensações contraditórias. Cada movimento dele causa uma mistura avassaladora de dor e prazer, uma montanha-russa emocional que não consigo controlar. Meu corpo está tenso, minhas mãos apertam as algemas enquanto meus pensamentos oscilam entre a resistência e a rendição. Cada impulso dele parece me empurrar mais fundo em um abismo desconhecido, um lugar onde a angústia e o desejo se misturam de maneira perturbadora.

Enquanto ele me penetra, luto para conter os gemidos que ameaçam escapar dos meus lábios. Minha mente grita para ele parar, mas meu corpo reage de maneira completamente oposta, trazendo à tona sensações que não quero admitir sentir. A dor se mescla com a pulsante excitação, e me sinto como uma marionete nas mãos dele, movida por forças que não consigo compreender completamente. Cada investida me empurra mais perto do abismo, e me debato entre o desejo de fugir e a atração irresistível que ele exerce sobre mim.

Em meio a essa tormenta emocional, uma parte de mim luta para manter alguma forma de autocontrole. Não quero dar a ele a satisfação de me ver completamente rendida, completamente entregue. Mas a batalha é exaustiva, e sinto minha resistência enfraquecendo a cada momento. Enquanto Dário continua a me penetrar, fecho os olhos, tentando bloquear o turbilhão de sentimentos que me assola. Mas não há como escapar da realidade do que está acontecendo. Estou completamente vulnerável, à mercê dele, e essa realidade me atinge como um soco no estômago.