VINTE E NOVE - DÁRIO

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Observo a chuva caindo lá fora, as gotas escorrendo pela janela como lágrimas do céu. A atmosfera escura e sombria combina perfeitamente com o turbilhão de pensamentos que me atormenta. Desde aquela maldita noite em que minha relação com Chiara tomou um rumo inesperado, ela se tornou minha obsessão. Eu a vi diante de mim, vulnerável e submissa, e algo dentro de mim se transformou irrevogavelmente. Admito a mim mesmo que não vou mais conseguir dividi-la depois disso. Meu pai e os outros precisarão entender que Chiara é apenas minha.

Respiro fundo, sentindo o peso da decisão que acabei de tomar. Vou proteger Chiara de todos, até mesmo de meu próprio sangue. Eles terão que respeitar meus sentimentos por ela, mesmo que isso vá contra as regras estabelecidas por anos de tradição. Caminho pelo escritório, cada passo ecoando na sala silenciosa, a chuva sendo o único som além do bater ritmado do meu coração.

Ligo o laptop e aciono a câmera que há em sua masmorra. A imagem dela aparece na tela, deitada no catre, a respiração lenta e profunda de alguém que está mergulhado em sonhos perturbados. Seu corpo ainda carrega as marcas de nossa última sessão, e a visão dela desperta uma mistura de culpa e desejo em mim.

Meus olhos percorrem cada centímetro de sua pele, memorizando cada detalhe. Não posso evitar o impulso que cresce dentro de mim. A necessidade de possuí-la, de afirmar meu domínio sobre ela de uma maneira que vai além do físico, de uma maneira que é profundamente emocional.

Minhas mãos se movem automaticamente, desabotoando minhas calças, libertando minha ereção. Posiciono-me diante da tela, a visão de Chiara se tornando o centro de meu universo. Fecho os olhos por um momento, permitindo que a imagem dela se grave em minha mente, cada suspiro, cada movimento involuntário.

Começo a me tocar, meus movimentos lentos e deliberados, saboreando cada segundo. A tela exibe sua imagem, mas minha mente está repleta das lembranças de seu toque, do som de sua voz sussurrando meu nome, dos gemidos de prazer que escapam de seus lábios. Cada pensamento a traz mais perto, tornando o prazer mais intenso.

— Chiara... — murmuro, minha voz baixa e rouca. — Você é minha. Só minha.

A intensidade do momento cresce, cada toque me levando mais perto do clímax. A chuva lá fora parece ecoar meu desejo, cada gota uma batida em sincronia com meu coração. Não consigo tirar os olhos dela, a necessidade de protegê-la, de possuí-la completamente, me consumindo.

A imagem dela, frágil e bela na tela, é suficiente para me levar ao limite. Sinto o prazer se construir, uma onda que cresce e ameaça me engolir. Fecho os olhos, permitindo que a sensação me consuma completamente, cada fibra do meu ser gritando seu nome em silêncio.

Finalmente, o clímax me atinge, uma explosão de prazer que percorre todo o meu corpo. Abro os olhos, observando-a na tela, e sinto uma paz estranha me invadir. Chiara é minha, e farei de tudo para protegê-la, para mantê-la ao meu lado.

Limpo-me rapidamente, fechando o laptop e apagando a imagem dela da tela. A decisão está tomada. Vou enfrentar meu pai, enfrentar a organização, e fazer com que entendam que Chiara não será mais compartilhada. Ela é minha, e sempre será.

Entro na masmorra e me deparo com Chiara, linda e vulnerável, sentada no catre. Seus olhos encontram os meus, e uma mistura de emoções passa por seu rosto. É como se ela também estivesse lutando contra seus próprios sentimentos, contra essa conexão que nos une de maneira tão intensa.

— Você demorou.

— Desculpe, assuntos da família. — Digo, me aproximando lentamente dela.

— Eu pensei que talvez você tivesse mudado de ideia, que não voltaria mais.

Resgatada pelo mafioso - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora