Resgatada pelo mafioso - Livro Um

QUARENTA E DOIS - DÁRIO

Enquanto Chiara está segura em seu quarto, a porta se abre e Davide entra, trazendo uma nova escrava. A jovem, ruiva e desesperada, caminha com hesitação, seus olhos arregalados de medo. Davide, com um sorriso satisfeito, se aproxima e se inclina para sussurrar em meu ouvido.

— Esta é Micaella Ferrari. — Diz ele, a voz cheia de uma satisfação cruel. — Virgem.

Observo a garota, sua inocência evidente, o terror estampado em seu rosto. Cada movimento dela é uma mistura de resistência e resignação, como um animal encurralado. É exatamente isso que buscamos: a pureza manchada pelo medo, uma combinação irresistível para os homens da organização.

— Virgem, você disse? — Pergunto, meu olhar ainda fixo nela.

Davide assente, um brilho de prazer perverso em seus olhos.

— Sim, Dário. Ela foi cuidadosamente selecionada. — Responde ele, com um tom de orgulho. — Perfeita para nossas necessidades.

Micaella se encolhe ao ouvir as palavras, seus olhos se enchendo de lágrimas. A visão dela assim, vulnerável e aterrorizada, provoca um misto de sentimentos. Há poder em controlar tal pureza, em corromper o que é intocado. E esse poder é intoxicante.

— Mostre-me. — Digo, minha voz firme e controlada.

Davide obedece prontamente, guiando Micaella para o centro da sala. Ele se move com uma precisão calculada, cada gesto um lembrete de quem está no controle. Micaella tremendo, sua respiração irregular, luta para manter a compostura.

— Não se preocupe, garota. — Murmura Davide, seu tom cheio de falsa gentileza. — Isso vai acabar rápido se cooperar.

Ela engole em seco, mas não responde. Seus olhos se fecham por um momento, como se estivesse tentando bloquear a realidade ao seu redor. Davide a obriga a abrir os olhos, mantendo o contato visual.

— Queremos ver sua pureza. — Continuo, minha voz um comando. — Mostre-se.

Micaella hesita, mas o medo é uma ferramenta poderosa. Lentamente, ela começa a se despir, suas mãos trêmulas lutando contra os botões de sua blusa. Cada peça de roupa que cai no chão revela mais da sua vulnerabilidade, da sua inocência prestes a ser destruída.

Quando ela finalmente está nua, a sala parece prender a respiração. A perfeição de seu corpo, a pele pálida contrastando com o cabelo ruivo, é uma visão que provoca desejos primitivos. Davide se aproxima, sua mão estendendo-se para tocar a pele macia, testando a resistência.

— Perfeita. — Murmura ele, quase para si mesmo.

Observo com atenção, cada detalhe, cada reação. Há uma beleza cruel na maneira como o medo a transforma, realçando sua fragilidade. É um espetáculo que poucos entendem, mas que traz uma satisfação profunda aos que apreciam o controle absoluto.

— Vai servir bem nas orgias. — Digo, minha voz um veredito. — Ensine-a suas obrigações, Davide. Quero que esteja pronta para a próxima reunião.

Davide a algema na cama, os pulsos dela presos firmemente acima da cabeça. Seus olhos se arregalam em pânico, mas há uma resignação sombria ali, um reconhecimento de que não há escapatória. Observando a cena, decido que serei eu a tirar sua inocência. Penso em Chiara, no que ela passou, e decido ser gentil desta vez.

Aproximo-me lentamente, meus olhos fixos nos dela, tentando transmitir uma falsa sensação de segurança. Inclino-me e a beijo suavemente, seus lábios trêmulos sob os meus.

— Quantos anos você tem? — Pergunto, a voz suave, tentando acalmar seu medo.

Ela hesita, os olhos cheios de lágrimas, mas finalmente responde.