QUARENTA E SETE - CHIARA

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Estou no quarto, e o silêncio é uma benção. Dário não aparece há três dias, e cada momento longe dele é um alívio. Posso respirar, pensar e planejar sem o peso constante da sua presença. Mas essa paz é abruptamente interrompida quando a porta se abre com um estrondo, e ele entra, furioso como nunca vi antes. Meu coração acelera, e sei que estou fodida.

Levanto rapidamente, tentando manter a calma, mas por dentro estou em pânico. Preciso agir rápido, antes que sua raiva se volte completamente contra mim. Caminho até ele com uma falsa submissão, os olhos baixos, e o conduzo até a poltrona. Ele se deixa guiar, mas seu olhar é feroz, cheio de uma fúria que me apavora.

— Sente-se, por favor. — Minha voz é suave, quase um sussurro.

Ele se joga na poltrona, os músculos tensos, os punhos cerrados. Pego o copo de uísque e o entrego a ele, as mãos trêmulas, mas tentando parecer calma. Ele agarra o copo com força, levando-o aos lábios e tomando um gole grande. Aproveito o momento de distração para ajoelhar-me diante dele, os dedos já trabalhando na sua calça.

— Deixe-me cuidar de você. — Digo, a voz sedutora, enquanto deslizo suas calças para baixo.

Os olhos dele se suavizam ligeiramente, mas ainda vejo a raiva ali, latente. Preciso fazer isso direito, ou a situação pode se agravar. Seguro seu pau com firmeza, começando com beijos suaves, sentindo-o endurecer sob meu toque. A boca se abre, os lábios envolvem a cabeça, e começo a chupá-lo, lenta e profundamente.

— Porra, Chiara... — Ele murmura, a tensão começando a se dissipar.

Os movimentos são precisos, a língua trabalhando em torno da cabeça, os olhos fixos nos dele, mostrando uma devoção que não sinto. A mão livre acaricia suas coxas, enquanto a outra segura a base do pau, controlando o ritmo. Sinto-o relaxar mais, os gemidos se tornando mais frequentes.

— Isso, continue. — A voz dele é um comando, mas também um gemido de prazer.

Aumento a intensidade, chupando com mais força, engolindo-o até o fundo da garganta, deixando-o sentir todo o prazer que posso proporcionar. A respiração dele se torna irregular, os gemidos mais altos, e sei que estou fazendo certo. Cada movimento é calculado para agradá-lo, para acalmar a fera que há pouco tempo estava prestes a explodir.

Ele toma outro gole de uísque, os olhos fechados, completamente entregue ao prazer. Sinto a tensão em seus músculos diminuir, e isso me dá uma pequena vitória. Continuo, não diminuindo a intensidade, querendo que ele se perca completamente no momento.

A cada elogio, a cada gemido, mantenho a fachada, escondendo o desprezo profundo que sinto. Tudo é parte do jogo, uma estratégia para manter-me viva e relativamente segura. A boca trabalha incansavelmente, chupando, lambendo, engolindo, até que sinto seu corpo se preparar para o clímax.

Ele explode, o corpo tremendo, os gemidos altos preenchendo o quarto. Engulo tudo, a expressão de prazer e submissão nunca deixando meu rosto. Quando ele finalmente relaxa, solto-o suavemente, limpando os lábios e olhando para ele com um sorriso doce.

— Espero que isso tenha ajudado. — Digo, a voz suave e doce.

Ele respira fundo, a raiva completamente dissipada, substituída por uma satisfação completa.

— Ajudou, sim. — Responde, o olhar mais suave.

Levanto-me lentamente, sentindo o corpo tremer levemente de nervosismo contido. Ele se recosta na poltrona, os olhos me seguindo, mas agora com um olhar de posse satisfeita. Volto para minha posição habitual, esperando o próximo comando, sabendo que, pelo menos por enquanto, a tempestade passou.

Resgatada pelo mafioso - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora