Resgatada pelo mafioso - Livro Um

QUARENTA E UM - CHIARA

Dário entra no quarto, seu rosto carregando uma expressão que mistura determinação e tensão. Sinto meu coração acelerar, um misto de ansiedade e esperança. Ele se aproxima, suas mãos firmemente segurando uma pequena caixa de veludo. Quando ele a abre, revelando um anel de noivado, meu coração para por um momento.

— Chiara. — Ele diz, sua voz firme, mas suave. — Eu quero que você seja minha segunda esposa.

Meus olhos se fixam no anel, uma joia deslumbrante que brilha à luz suave do quarto. Sorrio, uma máscara perfeita de felicidade e gratidão cobrindo meu verdadeiro sentimento de decepção e tristeza.

— É lindo. — Digo, minha voz carregada de uma doçura ensaiada. — Tudo o que quero é ficar com você.

Ele parece aliviado, como se minha aceitação fosse um bálsamo para suas dúvidas e medos. Ele desliza o anel em meu dedo, seus olhos fixos nos meus, procurando por uma sinceridade que não posso lhe dar.

— Você sabe que eu faria qualquer coisa por você. — Ele murmura, segurando minha mão. — Mesmo que isso signifique quebrar algumas regras. Mas assim, podemos estar juntos, e você estará segura.

Assinto, mantendo o sorriso, enquanto por dentro, minha mente está em turbilhão. Ele não faz ideia do quanto essa decisão me dói, do quanto eu desejava ser sua única esposa, não uma segunda opção relegada às sombras.

— Eu sei. — Respondo, minha voz firme apesar da dor que sinto. — E eu aprecio tudo o que você está fazendo por mim.

Ele me puxa para um abraço, e eu me permito relaxar em seus braços, pelo menos fisicamente. Suas mãos acariciam minhas costas, um gesto de conforto que contrasta com a tempestade de emoções dentro de mim. Tento não pensar na realidade de ser uma segunda esposa, na humilhação de ser uma escolha prática e não a mulher que ele exibirá ao mundo.

— Vou fazer de tudo para te proteger. — Ele sussurra, seus lábios próximos ao meu ouvido. — Você é tudo para mim.

— Eu acredito em você. — Murmuro, sabendo que ele quer ouvir isso. — Sei que faremos isso dar certo.

Enquanto ele me segura, sinto a frustração e a raiva crescendo. Mas preciso ser estratégica, preciso jogar este jogo com inteligência. Serei a esposa obediente e amorosa, pelo menos na superfície. Por dentro, continuo a planejar, a pensar em maneiras de mudar essa situação.

— Quando vamos anunciar? — Pergunto, puxando-me ligeiramente para trás para olhar em seus olhos.

— Em breve. — Ele responde, acariciando meu rosto. — Primeiro, preciso acertar algumas coisas com meu pai e meus irmãos. Mas logo, todos saberão que você é minha.

Sorrio novamente, um sorriso que ele interpreta como felicidade, mas que é uma máscara para meus verdadeiros sentimentos.

— Eu mal posso esperar. — Digo, minha voz soando genuína.

Ele me beija, um beijo que é ao mesmo tempo possessivo e terno. Fecho os olhos, permitindo-me desfrutar do momento, mesmo que saiba que é apenas uma fachada. Quando ele finalmente se afasta, seus olhos brilham com determinação.

— Vou fazer tudo o que puder para te proteger e te amar. — Ele promete.

— Eu sei. — Respondo, acariciando seu rosto. — E estarei ao seu lado, sempre.

Ele me olha com aquele brilho possessivo nos olhos e ordena que eu tire a blusa. Minhas mãos tremem ligeiramente enquanto obedeço, revelando meus seios nus. Ele se aproxima, seus lábios encontrando meus biquinhos com uma avidez que me faz estremecer. Sinto um arrepio percorrer minha espinha quando ele começa a mamar, sua língua quente deslizando e provocando uma resposta involuntária do meu corpo.