Resgatada pelo mafioso - Livro Um

VINTE E TRÊS - CHIARA

UM MÊS DEPOIS...

Enquanto tento me perder em pensamentos que me afastem da realidade, o som da voz de Dário corta o ar como um chicote. É um lembrete cruel de que estou aqui por sua vontade, à mercê dos seus desejos e da minha própria impotência. No meio desse redemoinho de emoções, percebo que é impossível escapar de sua influência avassaladora.

Seus lábios encontram os meus em um beijo que mistura desejo e dominação. Minhas mãos, ainda algemadas, tentam em vão afastá-lo, mas ele ignora minha resistência. Sua boca se apodera da minha com ardor e rendição, me deixando completamente vulnerável à sua vontade.

O beijo desperta uma série de emoções conflitantes dentro de mim. O toque dos seus lábios é feroz e intenso, uma afronta ao meu senso de dignidade e uma invasão à minha autonomia. Mas ao mesmo tempo, um calor inesperado se espalha pelo meu corpo, um arrepio que me faz admitir, mesmo que relutantemente, que há uma parte de mim que responde a essa conexão inexplicável.

Seus lábios abandonam os meus e encontram meus seios, uma transição quase hipnótica. A sensação dos seus lábios sugando meus mamilos feridos envia ondas de dor e prazer, uma dualidade que não posso ignorar. A cada movimento, debato-me entre o desejo de afastá-lo e a incapacidade de negar a reação do meu próprio corpo.

Ele então se volta para os plugues que segura nas mãos. Minha respiração vacila enquanto observo a cena diante de mim. A inevitabilidade do que está prestes a acontecer se materializa naqueles objetos. Embora meu instinto de autopreservação grite para que eu resista, uma parte mais sombria de mim se rende à inevitabilidade do que está por vir.

Dário insere os plugues, um após o outro, misturando pressão e penetração que enviam ondas de desconforto pelo meu corpo. A presença deles dentro de mim é um lembrete cruel do meu aprisionamento e impotência. Mordo meus lábios para conter os gemidos, travando uma batalha silenciosa entre a dor e a sensação de estar completamente subjugada.

A agonia que se segue é quase insuportável. Cada movimento dele, cada centímetro que seu pau e o plugue avançam dentro do meu ânus, dilacera minha resistência. Meu corpo arde e protesta, uma mistura de dor física e emocional que me faz desejar que tudo aquilo acabe de uma vez por todas.

Grito involuntariamente, um som selvagem e primal que escapa dos meus lábios antes que eu possa contê-lo. Cada grito ecoa nas paredes do quarto, uma expressão da minha agonia que me deixa ainda mais consciente da minha vulnerabilidade. Meus olhos se enchem de lágrimas, e me debato contra as amarras que me prendem à mesa, tentando em vão escapar da dor que Dário me inflige.

A mistura de dor e invasão é quase avassaladora. Meu corpo se contorce e se retorce, um reflexo desesperado da minha tentativa de escapar do que está acontecendo. Cada movimento dele é uma punição, uma demonstração cruel do seu controle absoluto sobre mim. No meio da minha agonia, uma sensação inexplicável de vergonha se infiltra, uma sensação de exposição e humilhação que não posso ignorar.

Dário parece indiferente à minha dor. Seus movimentos são implacáveis, cada estocada envia ondas de agonia pelo meu corpo. Meu choro e gritos parecem apenas alimentar sua determinação, como se ele se alimentasse do meu desespero. É uma realidade brutal e distorcida, um turbilhão de sensações que não consigo compreender completamente.

No meio da minha agonia, uma verdade sombria começa a se infiltrar na minha mente. Uma verdade que estou lutando para aceitar, mas que parece inevitável. Estou completamente sob o domínio de Dário, uma prisioneira da minha própria fraqueza e do prazer perverso que ele extrai de mim. Cada movimento, cada grito, cada lágrima é uma confissão silenciosa do meu status como sua submissa relutante.