OITENTA E QUATRO - DANTE

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Chiara ainda dorme profundamente, os fios de cabelo espalhados sobre o travesseiro, e sua respiração calma preenche o silêncio do quarto. Eu me levanto devagar, sem fazer barulho, e saio para o corredor. Minha mente está a mil, e o telefone já está na minha mão antes mesmo de perceber. Disco o número de meu pai, e ele atende no segundo toque.

— Dante — a voz grave dele ressoa pelo telefone, séria como sempre. — Já sabemos o que aconteceu. Foi retaliação pela morte de Diógenes Fiore.

Eu já esperava por isso, mas ouvir a confirmação me deixa ainda mais tenso. Encosto-me na parede fria do corredor, olhando para a porta do quarto, onde Chiara ainda está segura, alheia ao que se desenrola lá fora. Meu pai continua a falar, e cada palavra dele traz mais peças para o quebra-cabeça que estou montando na minha mente.

— Os Fiore estão furiosos, e não é só por Diógenes. Eles perderam mais do que um homem; perderam um ponto de controle importante. Com aquele desgraçado morto, a estrutura deles ficou abalada. E agora, estão sedentos por vingança.

Minha mandíbula se aperta, a raiva subindo dentro de mim. Não é só a questão de perder um peão como Diógenes, é o fato de que mexemos com as bases da operação deles. E, claro, eles querem acertar as contas. O submundo da máfia é assim, sempre foi. Uma morte leva a outra, o ciclo de violência nunca para. Mas desta vez... desta vez, eles mexeram com o que é meu.

— Eles sabem que não vamos deixar barato — digo, minha voz saindo mais fria do que eu planejava. — Se acham que vão sair ilesos disso, estão se iludindo.

Meu pai solta um suspiro pesado do outro lado da linha, e sei que ele compartilha da minha determinação, mas também está preocupado. Ele sabe o que está por vir tanto quanto eu.

— Sei que não vai deixar barato — ele responde, com a firmeza de quem comanda há décadas. — Mas cuidado, Dante. Não subestime o poder de um inimigo com sede de vingança. Especialmente agora que têm mais motivos para nos atingir.

A conversa se encerra com algumas instruções sobre os próximos passos, mas minha mente já está à frente, planejando os movimentos necessários para proteger o que é meu. Eu desligo o telefone e respiro fundo, tentando acalmar o tumulto de pensamentos.

Olho para a porta novamente e decido voltar para o quarto. Abro-a com cuidado, e lá está Chiara, ainda encolhida nos lençóis, serena. A imagem dela contrasta com o caos lá fora, e por um momento, deixo a tensão ir embora. Ela é a razão pela qual estou mais determinado do que nunca. Chiara mudou tudo. Antes, eu faria isso pela família, pelos negócios. Agora, cada movimento é calculado para garantir que ela esteja a salvo.

Me aproximo da cama, e me sento na beira, observando-a. Cada curva do seu corpo, cada traço de seu rosto está gravado na minha memória. Ela é forte, determinada, mas eu sei que ainda carrega cicatrizes do passado, daquilo que Diógenes e Dário Fiore fizeram com ela. E eu... eu não posso permitir que isso volte a acontecer.

Passo a mão de leve pelos seus cabelos, sem acordá-la, apenas sentindo a suavidade entre os dedos. Ela é minha, e ninguém mais vai machucá-la. Nem os Fiore, nem ninguém.

— Eles não sabem com quem estão lidando — murmuro baixinho, mais para mim mesmo do que para ela. — Vou acabar com todos eles, um por um.

Chiara se mexe, um pequeno sorriso brincando nos seus lábios, como se sentisse a minha presença mesmo dormindo. Me inclino e beijo sua testa suavemente, o cheiro dela invadindo meus sentidos. A guerra está apenas começando, mas eu estou pronto.

Ela me deu mais do que um motivo para lutar. Ela me deu um propósito.

*******

Estou sentado no convés, o café ainda quente em minhas mãos, os olhos presos na linha do horizonte enquanto o iate está ancorado em Cagliari. O sol da manhã já começa a aquecer, o mar é calmo, e tudo parece em uma trégua silenciosa. Mas, de repente, tudo ao meu redor desaparece no momento em que Chiara aparece.

Ela se aproxima lentamente, como uma visão hipnótica. O biquíni vermelho minúsculo mal cobre seu corpo escultural, realçando cada curva, cada centímetro de pele dourada. Meus olhos seguem a linha dos quadris, a barriga lisa, até os seios que quase escapam do tecido apertado. Meus músculos enrijecem, e, instantaneamente, sinto meu pau pulsar com uma necessidade que é quase dolorosa.

Os longos cabelos pretos dela caem em ondas soltas pelas costas, contrastando perfeitamente com a pele quente. E quando nossos olhares se encontram, vejo aquele brilho nos olhos castanhos, um brilho de quem sabe exatamente o efeito que causa em mim. É como se ela tivesse planejado cada detalhe, sabendo o quanto eu a desejo, sabendo que minha vontade de possuí-la só aumenta a cada segundo.

Ela caminha até mim com uma confiança que me deixa ainda mais sedento. Cada passo dela parece uma provocação. O leve balançar dos quadris, a forma como o biquíni se ajusta perfeitamente ao corpo... Cada detalhe está me deixando à beira de perder o controle.

— Aproveitando a vista? — ela pergunta, com um sorriso de pura malícia brincando nos lábios, os olhos desafiadores. A voz dela sai suave, carregada de uma provocação velada, e eu mal consigo respirar.

Pouso a xícara de café lentamente na mesa, sentindo o sangue correr com uma velocidade insana por minhas veias. Não desvio o olhar nem por um segundo, observando enquanto ela se inclina levemente para frente, apoiando as mãos na mesa, deixando os seios perigosamente perto de escapar do biquíni.

— Não tenho escolha quando a vista é assim — respondo, minha voz saindo rouca, o desejo evidente em cada sílaba. O calor que emana dela é quase palpável, e sinto meu autocontrole escorrer pelas mãos.

Ela ri, aquele som suave e sedutor que me deixa ainda mais maluco. Chiara sabe o que está fazendo, e está aproveitando cada segundo disso. A tensão entre nós é palpável, o ar ao redor do iate parece vibrar com eletricidade. Tudo que consigo pensar é em puxá-la para mim, sentir sua pele quente contra a minha, marcar cada parte dela como minha.

— Isso é tudo que vai fazer? Só olhar? — provoca, a voz baixando, os lábios se curvando em um sorriso tentador. Os olhos dela percorrem meu corpo, parando um segundo a mais na minha ereção evidente através da bermuda.

Sem pensar, me levanto de repente, o impulso tomando conta de mim. Puxo Chiara pela cintura, seus olhos se arregalando por um segundo com a intensidade do movimento. Nossos corpos colidem, e, por um instante, sinto o calor dela contra o meu. Cada curva, cada milímetro daquela pele quente me enlouquece ainda mais.

— Eu deveria te fazer pagar por essa provocação — murmuro, minha boca quase colada à dela. Minha respiração está pesada, o desejo pulsando entre nós como uma força incontrolável.

Chiara sorri, mas há um brilho de expectativa em seus olhos. Ela gosta desse jogo. Gosta de brincar com fogo, e sabe que está prestes a se queimar. Ela levanta o rosto, os lábios a milímetros dos meus, e murmura:

— Então me faça pagar.

É a última gota. Minha boca cai sobre a dela com uma intensidade crua, faminta. O beijo é urgente, bruto, cheio de desejo contido. Minhas mãos deslizam pela curva dos quadris dela, apertando-a contra mim. Sinto o calor de sua pele, o leve tremor que percorre seu corpo. Ela geme baixo, o som vibrando entre nós, alimentando ainda mais o fogo que já consome cada parte de mim.

Agarro o tecido fino do biquíni, quase o arrancando, sentindo a necessidade crua de tê-la ali, agora. Chiara responde com igual intensidade, suas mãos puxando minha nuca, seus lábios famintos devorando os meus. O mundo ao redor desaparece, tudo o que existe é o calor avassalador dos nossos corpos se fundindo, o desejo explodindo em cada toque, em cada respiração acelerada.

Nada mais importa.

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Resgatada pelo mafioso - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora