VINTE E SEIS - CHIARA

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Acordo com um tapa forte na cara, a dor explodindo em meu rosto e me arrancando do sono. Meus olhos se abrem rapidamente, encontrando o olhar frio e calculista de Dário. O quarto ainda está imerso na penumbra da manhã, mas a realidade cruel é clara como o dia.

— Acorda, Chiara. — Sua voz é um comando duro, sem espaço para questionamentos.

Antes que eu possa responder ou mesmo processar completamente a situação, ele me puxa para fora da cama, me forçando a ajoelhar no chão. Meu corpo ainda dói da noite anterior, mas a adrenalina do momento me mantém alerta.

— Você sabe o que fazer. — Ele diz, abrindo o zíper da calça.

Engulo em seco, minha boca já se enchendo de um gosto amargo de antecipação. Obedeço, porque não há escolha. Começo a chupá-lo, meus movimentos automáticos, tentando desligar minha mente do que está acontecendo. Cada estocada em minha boca é uma humilhação renovada, mas estou determinada a suportar.

Seu telefone toca, interrompendo o ritmo brutal. Ele atende, mantendo-se dentro da minha boca, os olhos fixos em mim com uma satisfação perversa. Tento me concentrar no que ele está dizendo, cada palavra uma pista, uma possível saída para meu inferno.

— Sim, Davide. — Diz ele, sua voz firme. — Tudo está em ordem. Preciso que você verifique a entrega de hoje à tarde.

Minha mente trabalha rapidamente, tentando processar as informações. Entrega... hoje à tarde... Davide. Não sei o que isso significa, mas qualquer fragmento de informação pode ser crucial.

— E quanto à reunião com Fiorentino? — Pergunta ele, sua mão segurando firme minha cabeça, guiando meus movimentos. — Certo. Mantenha-me informado.

Grito em minha mente, tentando guardar cada detalhe. Fiorentino... reunião... Davide. Essas palavras podem ser a chave para algo, mas preciso de mais, preciso entender melhor o contexto.

Dário continua a falar ao telefone, seu tom variando entre firmeza e comando. Cada palavra dele é uma combinação de negócios e poder, uma dança perigosa que ele parece dominar perfeitamente.

— E a situação com os Caputo? — Pergunta ele, sua voz ficando mais tensa. — Mantenha a vigilância. Não podemos nos dar ao luxo de surpresas.

Sinto a pressão aumentar em minha boca, mas me forço a continuar, tentando absorver tudo. Caputo... vigilância... sem surpresas. Cada fragmento de informação é um pedaço do quebra-cabeça que preciso montar.

Finalmente, ele desliga o telefone, voltando sua atenção completamente para mim. Suas estocadas se tornam mais rápidas, mais intensas, e eu sinto que estou prestes a sufocar. Mas mantenho-me firme, determinada a suportar.

— Boa menina. — Ele murmura, sua voz cheia de uma satisfação cruel. — Você aprende rápido.

Ele goza, enchendo minha boca com seu gosto amargo. Engulo, porque não há outra opção, e ele finalmente se afasta, me deixando ajoelhada e humilhada no chão.

— Lembre-se, Chiara. — Diz ele, seu tom um aviso. — Você pertence a mim. E vou usar você como bem entender.

Depois de engolir o gosto amargo da submissão, sinto-me exausta, mas a manhã ainda não acabou. Dário se afasta, seus olhos frios me analisando. Ele parece considerar algo antes de se mover até o armário e puxar uma blusa velha, jogando-a em minha direção.

— Vista isso. — Ordena, sua voz carregada de autoridade.

Pego a blusa com mãos trêmulas, cobrindo meu corpo nu com o tecido áspero e desconfortável. O cheiro de mofo e desuso é um lembrete cruel de minha posição. Dário me observa enquanto me visto, seus olhos avaliando cada movimento meu.

Resgatada pelo mafioso - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora