SETENTA E DOIS - DANTE

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O silêncio que se instala no escritório é pesado. Meus pensamentos voltam para Chiara por um momento. Porra, toda essa merda está ficando mais complicada do que eu esperava.

Quando volto para o estande de tiro, sinto que algo está diferente. Me aproximo da porta e paro. O ar está carregado, quase palpável. E então, a vejo. Chiara está encostada em uma pilastra, o corpo se movendo de forma sensual, como se estivesse perdida no próprio prazer. Os gemidos baixos que escapam de sua boca me fazem congelar no lugar.

— Dante... — ela sussurra meu nome, como uma prece, e meu sangue ferve.

Meus olhos percorrem seu corpo, seguindo cada movimento lento e desesperado. Seus dedos tocam os seios por cima da blusa, os lábios entreabertos em pura devoção ao prazer. Ela está gemendo, o som me invade, ecoando no silêncio da sala.

— Dante... — ela repete, a voz rouca, carregada de desejo.

Minha mão instintivamente vai até o cinto, mas me forço a parar. Meu pau está duro, pulsando contra a calça, respondendo ao chamado dela, mas me mantenho parado. Observo enquanto ela se arqueia, pressionando a coxa contra a pilastra, como se estivesse buscando o alívio que só eu poderia dar.

— Oh... — o gemido dela se intensifica, e eu sei que está perto. A forma como ela inclina a cabeça para trás, os olhos fechados, os movimentos mais rápidos, mais desesperados. — Dante...

Não posso acreditar na cena à minha frente. Chiara está se masturbando, sussurrando meu nome enquanto busca o próprio prazer. Cada segundo é uma tortura deliciosa, cada som que ela faz, cada gesto. O suor escorre pelo pescoço dela, e os dedos dela se afundam na própria pele, como se tentasse se conter, como se eu fosse o único capaz de satisfazer essa necessidade.

Ela treme, o corpo todo se contorcendo enquanto goza. — Dante! — o nome escapa de seus lábios, mais alto, e vejo o momento exato em que o prazer a toma por completo. É a porra da visão mais linda que já vi.

Meu corpo está rígido, cada músculo gritando para avançar e tomar aquilo que é meu por direito, mas me contenho. Ela precisa vir até mim, precisa estar pronta. Mas porra, a vontade de ouvir meu nome sendo gemido daquele jeito de novo está me matando.

— Chiara... — murmuro para mim mesmo, os punhos cerrados ao meu lado.

Entro no estande de tiro com o pau latejando, duro como pedra. Porra, nunca imaginei que veria uma cena daquelas. Chiara se ajeita rapidamente, a vergonha estampada no rosto, mas não menciono nada. Passo a mão pelos cabelos, respiro fundo e tento fingir que nada aconteceu, mesmo que o calor no meu corpo diga o contrário.

— Desculpa pela interrupção — murmuro, controlando a voz enquanto caminho até ela, o rosto sereno, mas por dentro um inferno de sensações.

Ela me olha com um misto de confusão e nervosismo, ainda recuperando o fôlego. Sei que está tentando entender o que eu vi, o que eu senti. E eu deveria dizer alguma coisa? Talvez. Mas prefiro manter as coisas em ordem. Pelo menos por enquanto.

— Vamos continuar — digo, a voz firme, tentando manter o controle. — Quero que treine mais alguns tiros.

Ela assente, um pequeno aceno de cabeça. Mas eu percebo o tremor leve em suas mãos enquanto pega a arma novamente. Aproximo-me, coloco as mãos sobre as dela, ajustando sua postura. O toque é inevitável, o calor dos nossos corpos se espalhando como uma corrente elétrica.

— Foco, Chiara — murmuro no ouvido dela, sentindo o aroma suave do cabelo dela. — Respira fundo e mantém o controle.

Ela respira fundo, mas posso sentir o leve tremor em sua respiração, e o cheiro da sua pele quente mistura-se ao ar carregado. Meu corpo responde de imediato, e a proximidade só torna tudo mais insuportável.

Resgatada pelo mafioso - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora